As grandes safras de Bordeaux do novo milênio

Safra 2009 - apresentada no Brasil pela Union des Grands Crus de Bordeaux - é o destaque dos últimos anos na mais famosa região francesa

por Luiz Gastão Bolonhez

A região de Bordeaux foi abençoada depois do ano 2000. A história recente mostra que a primeira década do milênio, incluindo o ano de 2000, foi a melhor dos últimos 50 anos na região. E a safra 2009 parece querer entrar para a história, se não em todo o mundo, pelo menos no Brasil, já que para apresentar os vinhos, 80 produtores filiados à Union des Grands Cru de Bordeaux vieram ao país para um evento inédito.

O bom momento da economia brasileira certamente vem motivando produtores do mundo todo a investir em nosso mercado. Depois de invadir a China, os bordaleses agora também se voltam para o Ocidente e, pela primeira vez, organizaram uma degustação de apresentação da safra em solo brasileiro. O evento principal, com a participação de todos os 80 Châteaux, foi disputadíssimo e cercado por outros menores e mais privativos organizados por importadores que possuem contatos diretos com alguns dos produtores.

Depois de provar esses vinhos de que os bordaleses tanto se orgulham, o que dizer dessa safra?

Safras de 2000, 2003, 20005 e 2009 foram excelentes em Bordeaux

Histórico de safras
Voltando no tempo, a década de 1970 foi boa em Bordeaux, mas não excepcional, não trazendo nenhuma safra superlativa. Tivemos 1975 com vinhos muito vigorosos, seguidos de 1976 e 1978 com muito bons vinhos. Já nos anos 80, tivemos resultados excelentes como um todo, com 82, 85, 86, 88 e 89 nos trazendo vinhos espetaculares. Sem dúvida, 1982 e 1989 foram safras fabulosas. A década de 1990 foi muito boa, com 90 como o maior destaque. 1991, 1992 e 1993 foram safras médias, com poucos vinhos se sobressaindo. Depois vieram 1995 e 1996, com vinhos sublimes. 1996 foi a grande safra da década ao lado de 1990.

Assim, quando chegamos ao ano 2000, os indícios já mostraram um bom começo. Naquele ano, tudo deu certo e tivemos uma safra excepcional. Incríveis tintos foram produzidos tanto na margem direita quanto esquerda. As duas safras subsequentes não foram clássicas, mas, de maneira geral, tivemos vinhos muito bons e outros excelentes. O ano de 2003 foi fabuloso, se não melhor, pelo menos no mesmo patamar que 2000. 2004 foi um ano bom, sem muito alarde. Dessa forma, quando chegamos a 2005, mais uma alegria para os viticultores e vinificadores da região. Mais uma safra excepcional, a terceira em seis anos.

Com esses resultados já tínhamos o indicador promissor para os novos tempos. 2006, 2007 e 2008 foram safras muito boas, mas, na média, inferiores as três anteriormente citadas. Dessas três, 2006 foi a que melhores resultados alcançou. Assim chegávamos a 2009. Nesse ano, tudo deu certo e tivemos uma safra reluzente, muito, mas muito perto da perfeição, que superou as maravilhosas safras de 2003 e 2005. De quebra e para manter a escrita, em 2010, o clima ajudou e, mais uma vez, tivemos grandes vinhos.

Os primeiros resultados das degustações en primeur mostraram uma safra com vinhos espetaculares.

Essa abordagem visa destacar que, em 11 anos, de 2000 até 2011, tivemos cinco grandíssimas safras em Bordeaux (2000, 2003, 2005, 2009 e 2010), com 2009 como maior destaque, principalmente no quesito elegância, suculência e fruta de sobra, com vinhos mais acessíveis ainda jovens. Realmente uma safra especial.


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2009 - A grande safra do século?
Em 2009, o clima foi sensacional e tudo aconteceu no tempo certo, com as uvas chegando a uma maturação perfeita tanto na margem direita quando na esquerda. O verão seco e uma ensolarada colheita contribuíram para produzir vinhos com excelente estrutura e exuberante fruta. Se formos mais a fundo e levarmos em consideração os fatores climáticos ao pé da letra, o Médoc e Graves/ Pessac-Léognan, na margem esquerda, foram superiores a Saint-Émilion e Pomerol, sendo que, na margem direta, Pomerol teve uma colheita superior em qualidade de fruta se comparada com Saint-Émilion. Essa última Appellation d'Origine Contrôlée (AOC) foi a que menos brilhou com os resultados finais em toda a região de Bordeaux, mas, mesmo assim, com muitos vinhos fabulosos.

Essa safra ficou conhecida pelos especialistas como "a safra do Cabernet Sauvignon", pois essa casta atingiu grau de açúcar, acidez e maturação fenólica muito perto do que todos os agricultores e enólogos sonham. Quando afirmamos que é um ano espetacular para a Cabernet Sauvignon, significa que o Médoc foi quem mais brilhou. Saint-Estèphe, Pauillac e Saint-Julien foram abençoadas e os resultados são mesmo de uma alta quantidade de vinhos clássicos, outros marcantes e alguns com "o melhor vinho de todos os tempos". Margaux e Graves/Pessac-Léognan também se sobressaíram, com maior destaque para a primeira, mas deixando claro que também em Graves tivemos verdadeiras joias.

Uma safra para provar
Uma grande prova de que a safra 2009 era especial mesmo foi quando Jean Guillaume Prats, do Château Cos d'Estournel, esteve no Brasil no início de 2011. Ele fez uma vertical de seu Gran Vin com as safras 1985, 2003, 2005 e 2009. Este último ainda terminava seu estágio em barrica. Assim, ninguém poderia imaginar que um vinho que não estava finalizado poderia se equiparar a grandes marcos como 2003 e 2005. Contudo, pudemos confirmar que a safra de 2009 está trazendo ao mercado os mais acessíveis tintos da região, mesmo quando muito jovens.

Então, se a safra 2009 fala algo especial para você, aproveite e já comece a estudar a compra de um grande vinho de Bordeaux. O estudo em questão deverá ser mesmo profundo, pois os preços dos Bordeaux 2009 estão muito altos - de certa maneira fora de propósito -, mas, pela qualidade dos vinhos, deverão só valorizar com o passar dos anos. Todos os indícios e as "provas técnicas" nos levam mesmo a uma safra histórica.

Todos os indícios e as "provas técnicas" nos levam mesmo a uma safra histórica em 2009

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2009 VISTA PELOS PRODUTORES
Os sinais de que 2009 seria mais um grande ano em Bordeaux começaram cedo. Antes mesmo de colher as uvas, diversos produtores já previam um ano fenomenal. "A natureza tem sido extremamente generosa, ela é suntuosa. É difícil achar comparações, é preciso olhar para a climatologia da década de 1940 para encontrar, talvez, condições comparáveis", disse o enólogo Denis Dubourdieu na ocasião, falando sobre a especial combinação de dias quentes e noites frias que houve pouco antes da colheita. "Isso é extraordinário, ninguém consegue sonhar com algo melhor", acrescentou.

Alfred Tesseron, proprietário do Château Pontet-Canet, em Pauillac, pouco antes de colher suas uvas daquele ano afirmou: "É óbvio que ainda é muito cedo para ter certeza, mas já em 2005 eu pensei que era um homem sortudo por ver tantas uvas excepcionais na minha vida. Agora, parece que terei sorte novamente. Os padrões climáticos dos dois anos foram muito similares, mas, se há algo de diferente, posso dizer que foram as noites frias de setembro, que podem fazer de 2009 um ano ainda melhor".

Nas primeiras provas en primeur, Robert Parker disse que "de cima a baixo, 2009 não é tão consistente quanto 2005, mas os picos de qualidade de 2009 podem se tornar históricos". "Talvez seja a maior safra dos meus 32 anos cobrindo Bordeaux", acrescentou. Na época, James Suckling apontava que "algumas pessoas em Bordeaux estão tratando 2009 como a mãe das safras modernas. Embora os vinhos jovens ainda estejam envelhecendo nas caves dos Châteaux, o ano já foi comparado com safras clássicas como 2005, 1990, 1989 e 1982.

Algumas pessoas vão mais longe ainda, citando 1961, 1945, 1929 ou mesmo 1899". Tempos depois, ele escreveu: "Muitos dizem que os vinhos dessa safra se comparam com 1982. Devo concordar em partes, mas, honestamente, acho que eles são melhores".

Antes disso, Christian Moueix, da família proprietária do Petrus, já havia dito: "Nunca via algo assim em toda a minha carreira (ele começou a fazer vinhos em 1971)". Jean-Charles Cazes, do Château Lynch-Bages, falou: "Os vinhos são ricos e potentes, e ainda suaves e elegantes ao mesmo tempo. A acidez é muito boa". Seu pai, o lendário Jean-Michel Cazes, comparou a safra com 1982.

Durante o I Encontro Grands Châteaux de Bordeaux, promovido pela importadora Wine Stock, Jean-Luc Zuger, proprietário do Château Malescot St. Exupéry, atestou que 2009 só se compara com 1961: "Foi uma safra ideal, a maturação das uvas e tudo mais aconteceu em um bom momento. Nenhum a outra safra desse milênio teve as mesmas condições".

Grande degustação de Bordeaux

O editores de vinho de ADEGA, Luiz Gastão Bolonhez (LGB) e Eduardo Milan (EM) avaliaram 30 vinhos de diferentes safras de 10 dos principais Châteaux que estiveram no Brasil em março durante o evento Encontro Grands Châteaux de Bordeaux (promovido pela importadora Wine Stock). Para a degustação, os Châteaux trouxeram não somente seus vinhos 2009, mas também duas garrafas de anos anteriores, o que proporcionou um panorama mais amplo para poder analisar o potencial da safra recém-lançada. Assim, trazemos aqui a avaliação dos 30 vinhos.


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Château Angélus - St. Émilion

2009
98 pontos

Um blend de 60% Merlot com 40% de Cabernet Franc. Monumental em tudo. Fruta avassaladora. Encorpado, fino e delicioso. Final de boca duradouro e encantador. O Melhor Saint-Émilion 2009 provado. LGB
? 1.100

2006
94 pontos

Aromas exuberantes de ameixas, notas tostadas e de especiarias, além de toques florais e de café e chocolate. Sedoso, refinado, naturalmente profundo, rico e elegante. Ótima acidez permeada por taninos maduros e finos. Muito longo e complexo. Menos exuberante e opulento que o 2009, mas mais fino, mais sutil e delicado. EM
? 840

2003
92 pontos

Aromas mais fechados, talvez uma fase em que se encontra agora. Apresenta notas herbáceas, florais e de grafite, além de toques defumados, tostados e de chocolate. Taninos maduros e marcantes, mas não tão finos como o 2006 ou 2009. Potente, intenso, tem boa acidez que traz um frescor ao conjunto. Consistente e de longo final. Num estilo mais austero que o 2006 e o 2009. EM
? 865

Château Gruaud-Larose - St. Julien



2009
93 pontos
Um dos mais clássicos dentre todos 2009. É mais formal, mas cheio de estilo e caráter. Um Saint-Julien tradicional, com riqueza de sobra. Sua impressionante acidez lembra a estrutura do 1988 e seu sabor nos remete ao do inesquecível 1982. Um vinho para décadas. LGB
? 265

2004
91 pontos
Aromas de frutas negras maduras permeados por notas defumadas, tostadas, herbáceas e de grafite, típicas da Cabernet Sauvignon. Potente e elegante ao mesmo tempo. Menos concentrado e cheio, porém com ótima textura, acidez refrescante e taninos bem integrados. Mais clássico, menos opulento e mais fino. EM
? 200

1996
92 pontos
Aromas de cerejas e groselhas, bem como notas herbáceas e florais permeadas por um tostado agradável, além de toques de alcaçuz e eucalipto. Redondo, classudo, está em plena forma e vai longe ainda. Tem boa acidez, taninos finos e um final longo e agradável. Um Bordeaux clássico da margem esquerda. EM
? 325


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Château Haut-Bailly - Pessac-Léognan



2009
97 pontos
Em 2009, os vinhos de Pessac- Léognan brilharam. Esse Château está se transformado em um dos mais espetaculares dentre todos dessa AOC. Composto por 60% Cabernet Sauvignon, 37% Merlot e 3% Cabernet Franc. Explosão de aromas, com um toque rústico que concede ao conjunto muita finesse. A fruta negra madura está sobrando. Final de boca incrível. Inesquecível e colecionável. LGB
? 475

2006
94 pontos
No início estava fechado, mas depois mostrou aromas de cerejas e groselhas, notas florais, de eucalipto e de especiarias doces, além de toques de grafite. Taninos muito finos, ótima acidez e longo e intenso final. Não é exuberante e opulento como o anterior, mas esbanja elegância e finesse. É austero, equilibrado e bastante profundo. EM
? 210

2003
90 pontos
Aromas de frutas vermelhas e negras maduras, lembrando cassis e groselhas, bem como notas de grafite e especiarias doces, além de toques defumados e de sous bois. Mais sutil, discreto e com menos corpo e volume de boca que os dois anteriores. Frutado, estruturado, tem acidez refrescante, taninos macios e final longo e sedoso. EM
? 235

Château La Conseillante - Pomerol



2009
95 pontos

81% de Merlot com o restante de Cabernet Franc. Muito sedutor nos aromas, com uma impressionante massa de frutas maduras (negras e vermelhas) entrelaçada com uma excepcional madeira. Esbanja charme e classe. Vigoroso e delicioso. LGB
? 865

2004
90 pontos

Aromas de cassis e cerejas maduras, bem como notas herbáceas, florais e de especiarias, além de toques de alcaçuz e de eucalipto. Muito bom, bem construído, porém num estilo menos opulento, mas com taninos finos, boa acidez e final persistente. Profundo e longo. Austero, sutil e elegante. EM
? 375

2003
91 pontos
Aromas de cerejas e amoras, bem como notas florais, herbáceas e de especiarias, além de toques tostados, minerais e de alcaçuz. Sedoso, elegante, classudo e delicado, mas sem comprometer sua estrutura e concentração. Taninos finos e macios, entremeados por uma boa acidez e uma fruta sedutora. EM
? 390


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Château Lafon-Rochet - St. Estèphe



2009
93 pontos

Uma surpresa. Super-rico e cheio de vida, com muita presença e um estilo mais para o clássico. Um Saint- Estèphe que vem melhorando a cada ano. 70% Cabernet Sauvignon, 25% Merlot. 10% Cabernet Franc e 2% Petit Verdot. LGB
? 175

2006
90 pontos

Ricos aromas de ameixas e cerejas, bem como notas minerais, florais e de alcaçuz, além de toques especiados e de hortelã. Suculento, intenso, tem taninos firmes e maduros, fruta de ótima qualidade, acidez na medida e final longo, untuoso e muito profundo. EM
? 140

1996
92 pontos
Aromas de frutas negras maduras, notas herbáceas, florais, além de toques especiados, de grafite e de alcaçuz. Está em plena forma, vivo, rico, com acidez refrescante e taninos finos, esbanjando elegância, profundidade e finesse. Mostra um lado mais sutil, austero e classudo, sem perder em estrutura e concentração. Deve se manter assim, no auge, por pelo menos 8/10 anos. EM
? 200

Château Malescot Saint Exupéry - Margaux

2009
97 pontos

Mais uma grata surpresa. Talvez a mais superlativa dentre todos os 2009 degustados. Um Margaux clássico, fino, rico, elegante e sensual. A fruta é deliciosa e o equilíbrio entre acidez, álcool e madeira é impecável. Tão jovem e tão encantador. Imagine em cinco anos. Em 10 anos pode chegar à perfeição. LGB
? 310

2003
92 pontos

Aromas de ameixas e cassis, bem como notas terrosas e de cogumelos, além de toques florais e de especiarias. Redondo, encorpado, tem taninos macios e final rico e persistente. Aqui há menos concentração e opulência em comparação ao 2009, mas continua sendo um vinho muito bem construído, equilibrado e elegante, num estilo condizente com Margaux. EM
? 190

2000
94 pontos
Aromas de frutas vermelhas e negras maduras, bem como notas florais, minerais e de especiarias doces, além de toques de alcaçuz. Muito equilibrado, bem construído, tem taninos finos, acidez na medida e final longo, complexo e profundo. Consegue brilhantemente aliar elegância, finesse e sutileza com concentração, intensidade e profundidade. Safra que faz jus à fama que possui. EM
? 490


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Château Pichon-Baron - Pauillac



2009
97 pontos

Maravilhoso em todos os sentidos. Uma obra de arte líquida. Um dos mais explosivos 2009 de todos provados. Sua riqueza aromática é estonteante. Em boca, é exuberante. Retrogosto muito persistente. Um tinto inesquecível, que já está delicioso. Tem estrutura para evoluir em garrafa por mais 40 anos. 67% Cabernet Sauvignon com 33% Merlot. LGB
? 475

2006
91 pontos

Aromas pronunciados de frutas negras maduras, bem como notas florais, herbáceas, tostadas e de chocolate. Estruturado, equilibrado, concentrado, potente, tem boa acidez, taninos firmes e final intenso e profundo. Untuoso e com ótimo volume de boca. Deve ganhar em finesse e sutileza nos próximos cinco anos. EM
? 420

2004
93 pontos
Aromas de cassis e de ameixas maduras, bem como notas minerais, florais e de chocolate, além de toques de cogumelos e alcaçuz. Sedoso, fino, delicado, com acidez refrescante, taninos macios e final longo e profundo. Está mais acessível agora que o 2006. Exprime um lado mais elegante mesmo sendo concentrado, rico e untuoso. EM
? 390

Château Pichon-Lalande - Pauillac



2009
95 pontos
Ficou um pouco atrás do irmão Pichon- Baron, principalmente nos quesitos equilíbrio, alegria e elegância. Sua fruta é de tal maneira exuberante que precisa se ajustar ao conjunto. Taninos de boa formação, mas ainda bem duros. Construído para longa guarda. Conjunto opulento e explosivo. Talvez com mais alguns anos de garrafa mereça uma pontuação maior. Um Pauillac na acepção da palavra. LGB
? 735

2008
91 pontos

Aromas de cerejas e amoras, bem como notas herbáceas, minerais e florais, além de toques especiados e de cogumelos. Estruturado, potente, tem boa acidez, taninos aveludados e longo final. Não tem o volume de boca do 2009, mas oferece mais maciez agora. EM
? 420

1998
90 pontos
Aromas de frutas vermelhas frescas, notas herbáceas, florais e de especiarias, além de toques de tabaco e de madeira. Estruturado, com taninos marcantes, boa acidez e um final longo e elegante. Apesar de não ter a profundidade e a concentração dos dois anteriores, está bem construído e equilibrado. EM
? 490


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Château Prieuré-Lichine - Margaux



2009
91 pontos

Uma essência de tão frutado. De certa maneira um pouco sobremaduro, mas repleto de alegria e força. Talvez um pouco mais de tempo em garrafa faça bem para esse tinto. Muito bom. LGB
? 170

2006
90 pontos
Aromas de frutas vermelhas e negras maduras, bem como notas herbáceas, terrosas e especiadas, além de toques de pimenta e chocolate. Suculento e encorpado, está bem agradável e acessível agora, mostrando taninos maduros, ótima acidez e final persistente. EM
? 140

2005
93 pontos
Aromas complexos de cassis e amoras envoltos por notas florais, herbáceas e de alcaçuz, além de toques especiados e defumados. Alia muito bem sutileza e elegância com opulência e concentração, virtude de uma safra especial como essa. Os taninos são muito finos e o final é longo, intenso e amplo. Apesar de muito jovem, já pode ser bebido agora. EM
? 200

Château Suduiraut - Sauternes



2009
95 pontos
Degustado ao lado de seus irmãos 1997 e 2007. Esses três vinhos compõem uma "aula de Sauternes". Esse 2009 é um primor de branco doce. Seus aromas são de uma complexidade retumbante. Tem de tudo. De frutas secas, passando pelo abacaxi, cítricos e um mel aprofundado. A vontade é de deixá-lo no nariz por horas. Em boca, é virtuoso e eletrizante. Mais um tempo em garrafa lhe fará bem para melhor integração. LGB
? 285

2007
95 pontos

Aromas de abacaxi, de casca de laranja e de doce de marmelo, bem como notas minerais, de frutos secos e de mel. Poderoso, intenso, concentrado, potente e untuoso, mas tudo isso permeado por uma ótima acidez que traz frescor e equilíbrio ao conjunto. Vinho longo e profundo que está bem acessível agora, apesar de ter vida longa pela frente. EM
? 220

1997
89 pontos

Aromas de abacaxi e peras maduras, notas de manteiga, de mel e de frutos secos. É mais sutil e delicado que os outros dois, mas sem comprometer sua estrutura, complexidade e untuosidade. O equilíbrio entre a doçura e a ótima acidez proporciona uma sensação ainda maior de frescor e elegância. Talvez tenha ficado ofuscado pela exuberância e concentração dos mais jovens. Frutado, equilibrado, sutil e elegante. Destaque para frescor e finesse. EM
? 185

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