Jantar em família

Vinda do Primum Familiae Vini ao Brasil representou um evento histórico

por Arnaldo Grizzo E Luiz Gastão Bolonhez

Roberto Silva
Seletos convidados estiveram no Jockey Club de São Paulo para degustar alguns dos melhores vinhos do mundo em um evento singular

COLEÇÃO ESPECIAL PFV

Pol Roger Cuvée Sir Winston Churchill 1998 - Champagne Pol Roger
Beaune Clos des Mouches Blanc 2007 - Joseph Drouhin
Gewürztraminer SGN S 1989 - Hugel & Fils
Château de Beaucastel Hommage à Jacques Perrin 2001 - Perrin & Fils
Tignanello 2007 - Antinori
Sassicaia 2007 - Tenuta San Guido
Torres Mas La Plana 2007 - Miguel Torres
Vega Sicilia Único 1999 - Vega Sicilia
Château Mouton Rothschild 1986 - Mouton Rothschild
Scharzhofberger Auslese Goldkapsel 2007 - Egon Müller
Graham's 1994 Vintage Port - Symington Family Estate
Chryseia 2007 - Prats & Symington

Fotos: Divulgação

"250", diz uma bela e elegante jovem um em dos cantos do salão. Logo insurgem aplausos até mesmo do cavalheiro sentado em uma mesa do lado oposto da sala, que havia dado o lance anterior. Eles "concorriam" pela caixa contendo alguns dos principais vinhos do mundo. Assim terminou a noite do que tem sido chamado de o evento da década do vinho no Brasil. Sim, a vinda da associação das 11 famílias que compõem o Primum Familiae Vini (PFV) ao Brasil para seu encontro anual foi um acontecimento singular, único, que certamente não teve igual por aqui anteriormente e dificilmente será igualado.

Fotos: Divulgação
Apenas 300 convidados puderam desfrutar de um jantar com os representantes das 11 famílias

Os 250 significavam R$ 250 mil, que foi o valor com que foi arrematada a caixa com a coleção especial da PFV. A bela Luiza Nascimento - filha de Renata de Camargo Nascimento, que por sua vez é filha do falecido Sebastião Camargo, fundador do poderoso grupo Camargo Corrêa - deu o lance final pelos vinhos e pelo passaporte que garante a entrada em todas as 11 prestigiadas casas. Um recorde, pois, desde 1999, quando as famílias começaram a se reunir mundo afora, os maiores valores pagos pela caixa não passavam dos US$ 50 mil.

Como nas edições anteriores dos jantares de gala da PFV, toda a arrecadação do evento foi destinada a uma instituição de caridade. No Brasil, as famílias escolheram a Childhood Brasil para receber os donativos. A organização, que foi fundada em 1999 pela rainha (de origem brasileira) Sílvia, da Suécia, defende os direitos da infância no mundo. Portanto, muito mais do que "pagar pelos vinhos", quem arrematou o leilão da caixa - assim como todos os convidados do evento (que desembolsaram R$ 2.500 cada pelo jantar) - fez uma boa ação sem par.
Diante de convidados ilustres, membros do mais alto escalão social do Brasil, que poderíamos seguramente chamar de aristocracia, a caixa (que não existe para ser comprada fora dos eventos da PFV) foi posta em leilão. Assim que o valor chegou nos R$ 100 mil, apenas dois "concorrentes" seguiram na disputa. E, já que era um evento "familiar", nada mais justo que uma representante da família Camargo Corrêa ter arrematado, já que o grupo é um dos principais mantenedores da Childhood Brasil, com Rosana Camargo de Arruda Botelho a frente das atividades no País.

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Sem igual

Os membros da PFV chegaram ao Brasil no dia 9 de novembro e logo foram a uma degustação seletíssima no Gáveo Golf Club, no Rio de Janeiro. No dia seguinte, já estavam em São Paulo para outra degustação no Hotel Unique. No dia seguinte, um almoço com um grupo exclusivíssimo de imprensa também no Unique, onde foram provados 22 vinhos (todos avaliados em nossa seção Cave), a safra atual e outra safra ícone, por cada uma das 11 famílias, apresentados pessoalmente pelo representante de cada uma delas.

À noite, o jantar de gala, com lugar apenas para 300 ilustríssimos convidados, só poderia ser no Jockey Club de São Paulo, onde sempre ocorrem os principais eventos sociais da cidade desde fins do século XIX. ADEGA teve a honra de participar desse acontecimento.
Relembrando os grandes anos da aristocracia paulistana, o Jockey se tornou novamente palco de algo grandioso, que certamente colocou os eventos de vinho no Brasil em um patamar jamais alcançado. Desde o início da tarde, mesas, garçons e sommeliers já estavam a postos para receber algumas das personalidade mais importantes do País. E, como em um dos clássicos dias de páreo, eles foram chegando aos poucos. Representantes de famílias tradicionais, grandes formadores de opinião, empresários do maior gabarito, estava presente uma parte da nata da sociedade.

O clima ainda ajudou as mulheres - pois, se dias antes São Paulo tinha testemunhado um calor infernal, naquela noite um friozinho agradável se instalou na capital paulista -, que puderam desfi- lar com seus vestidos e echarpes. O frio providencial ainda foi bom para a degustação, pois sete vinhos seriam tintos e provar tintos com muito calor não é tão agradável quanto experimentá-los em dias mais amenos.
Os 300 convidados foram recebidos com Champagne (nada menos que uma Winston Churchill 1998 da casa Pol Roger) e canapés de foie gras, uma harmonização das mais clássicas. Tão logo as taças flüte tilintavam e a conversa num dos grandes salões do Jockey se acalentava, o apresentador e jornalista Renato Machado, um aficionado por vinhos, subiu ao púlpito para dar as boas vindas a todos em nome da PFV. Em seguida, todos foram às suas mesas, cada uma com oito lugares, em outro salão.

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Fotos: Divulgação
Apresentação foi feita pelo jornalista Renato Machado (de cachecol na foto à esquerda). No fim, produtores e anfitriã assinaram a coleção de garrafas
Foto: Divulgação

Vinhos que falam por si

A partir daí, a sequência de vinhos e pratos foi sendo servida para deleite dos convidados. A cada vinho servido, o representante da família que o produzia ia à frente para conceder algumas palavras.
Mas, nem precisariam fazer isso, pois seus vinhos certamente já falavam por eles, e muito. Alguns mais à vontade, outros mais recatados, todos mostraram o espírito da ocasião e, mais do que isso, mostraram por que são verdadeiros porta-estandartes de sua organização e do vinho no mundo. Mesmo divergindo em alguns pontos, como é o caso das famílias Antinori e Incisa della Rocchetta (da Tenuta San Guido) - que "brigam" pelo pioneirismo ao quebrar as regras das denominações de origem na Toscana durante a década de 1970 -, eles formam uma família e defendem suas tradições.

Durante a noite, o êxtase diante de vinhos que são ofertados a reis e rainhas, aos maiores nobres do mundo, era enorme. Mesmo aqueles "não entendidos" ficavam maravilhados ao sorver vagarosamente cada gota dos néctares que lhes eram servidos. Faltaram palavras para descrever cada vinho e o evento como um todo. Porém, mesmo que faltem adjetivos, a vinda da PFV ao Brasil certamente será comentada pelas futuras gerações dos que puderam presenciar tamanho acontecimento.

Fotos: Divulgação
A jovem Luiza Nascimento (ao centro) arrematou a coleção especial por R$ 250 mil, que foram doados à Childhood Brasil

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Os Champagnes de Churchill

O negócio começou em Aÿ, em plena Côte des Blancs, e logo após o crescimento no século XIX, a casa se mudou para Epernay, onde fica situada sua sede. Toda a fruta, Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, provêem da propriedade da família, com 86 hectares, e é complementada com uvas compradas de fornecedores com quem têm contrato de longo prazo. As caves profundas têm condições ideais para um envelhecimento prolongado e contribuem para a famosa "mousse de borbulhas" dos vinhos da Pol Roger. O marco da casa é a enorme substância e o alto potencial de envelhecimento dos espumantes. A partir de 1975, em honra a um dos maiores e mais leais devotos da casa, a família passou a produzir o Cuvée Sir Winston Churchill, com estilo ajustado ao palato e ao caráter do homenageado: robusto e encorpado. Desde a primeira safra de 1975, foram produzidos somente em oito ocasiões, que foram consideradas dignas dessa distinção. Como dizia o grande estadista inglês em forma de piada: "Os meus gostos são simples. Facilmente me contento com o melhor!"

Uma família com a alma da Borgonha

A Maison Joseph Drouhin está nas mãos da família Drouhin há mais de 130 anos. Em 1880, aos 22 anos, Joseph Drouhin, um jovem corajoso e empreendedor, oriundo de Chablis, instalou-se em Beaune e fundou a sua própria empresa. O filho, Maurice, aumentou os domínios da família ao comprar terrenos excepcionais em Clos des Mouches e Clos de Vougeot. Robert Drouhin, que sucedeu Maurice em 1957, comprou mais vinhas principalmente na Côte de Nuits e Chablis. Foi dos primeiros em Borgonha a introduzir "culture raisonnée" (cultivo sem pesticidas ou outros químicos). Hoje, os filhos de Robert e Françoise Drouhin continuam imbuídos da mesma paixão que inspirou o fundador da empresa. A propriedade possui 73 hectares distribuídos nas Côte de Nuits, Côte de Beaune, Côte Chalonnaise e Chablis, ou seja, em quase todas as principais apelações da região. O conglomerado é um dos maiores proprietários da Borgonha, e mais de dois terços das vinhas estão classificadas como "Premiers Crus" e "Grands Crus". Atualmente a Maison Drouhin adota o método biológico e biodinâmico no cultivo de suas vinhas.

Disputa entre França e Alemanha

O negócio de vinho da Hugel & Fils é comandado pela 12ª geração da mesma família. Em 1639, Hans-Ulrich Hugel deixou a Suíça, no meio da Guerra dos Trinta Anos, e decidiu se instalar na linda cidade de Riquewihr, no coração da Alsácia. Todas essas gerações em linha direta têm trabalhado arduamente para restabelecer a reputação do vinho da Alsácia, que no século XVI era um dos mais apreciados na Europa. E a história tem desempenhado um papel chave nos mais 370 anos da saga da família. Depois de quase 50 anos sob o poder da Alemanha, a Alsácia foi devolvida à França em 1918 com a sua vitivinicultura destruída e uma das histórias curiosas da família é relatada no livro "Vinho e Guerra": dois irmãos Hugel estiveram no mesmo dia, no mesmo campo de batalha, um ao lado dos franceses e o outro ao lado dos alemães. Hoje a 12ª geração da família Hugel é composta por Jean-Philippe, Marc e Etienne. A filosofia e o segredo dos vinhos da Hugel permanece fundamentado no fato de que "o vinho já está presente na uva".

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Os reis de Châteauneuf-du-Pape

A família Perrin comprou o Château de Beaucastel em 1909 e desde então tem comprado ou alugado vinhas nas melhores regiões do vale do sul do Rhône, em Châteauneuf-du-Pape. Mais recentemente comprou vinhas em Gigondas, que se juntou a vinhas próprias em Vinsobres, Cairanne, Vacqueyras, Rasteau e Beaumes de Venise. No Château de Beaucastel não são usados produtos químicos, pesticidas ou inseticidas desde 1964. As ervas daninhas são arrancadas manualmente ou com o arado, e os produtos usados nas vinhas para combater qualquer mal é feito a partir de materiais naturais. Desde essa época notase que as vinhas têm desenvolvido a sua própria resistência às agressões. A casa cultiva a filosofia da "Magia do Loteamento". A experiência mostrou que os vinhos são melhores quando produzidos com um loteamento de várias castas em vez de uma casta só. No Châteauneuf-du-Pape tinto esta lógica é levada ao extremo e são utilizadas as 13 variedades autorizadas, sempre com blends diferentes ano a ano.

Mais de 600 anos produzindo vinhos de qualidade

Em 1385, Giovanni di Piero Antinori fundou a casa que hoje é um dos ícones da Toscana, no coração da Itália. Piero sucedeu seu pai Niccólo em 1966 e de lá para cá foi o grande mentor e embaixador do vinho da Toscana. 26 gerações depois a casa é comandada pelas três filhas do marquês, Albiera, Allegra e Alessia. Nesses 600 anos, a filosofia de Antinori baseia-se na combinação da tradição com inovação. Cada enólogo do time do enólogo líder, Renzo Cottarella, tem o desafio e o prazer de descobrir novas alianças. As vinhas da Casa Antinori encontram-se principalmente na Toscana, na região do Chianti Classico, onde suas três propriedades (Tignanello, Péppoli e Badia á Passignano) ultrapassam os 250 hectares. A família expandiu os negócios na Toscana, produzindo outros vinhos das denominações de origem de Montepulciano, Bolgheri e Brunello di Montalcino. Além da Toscana e da Úmbria, a família possui produção de vinhos na Lombardia, Piemonte, Apulia, Califórnia, Washington, Hungria e Malta.

A casa do mais bordalês vinho italiano

Durante o século XIII, os condes della Gherardesca tinham uma propriedade em plena costa da Toscana, em Bolgheri. Em 1930, Clarice della Gherardesca casou-se com o Marchese Mario Piero Incisa della Rocchetta. Um piemontês, cuja família vivia em Rocchetta, terra dos melhores Barberas da Itália. Mario tinha algumas paixões, mas as que mais se destacavam eram os cavalos puro sangue inglês e bons vinhos. Ele fundou, ao lado de Federico Tesio, a maior coudelaria da história da Itália, que gerou dois dos mais importantes cavalos puro sangue de todos os tempos: Ribot e Nearco. Em relação aos vinhos, Mario era apaixonado pelos franceses. Depois de várias tentativas, um dia exclamou sobre um vinho à base de Cabernet Sauvignon, "esse é o buquê que procurava". Após isso plantou alguns hectares dessa casta. Bolgheri fica relativamente perto do mar, e acontece o mesmo com Graves em Bordeaux. E mais, Graves significa "cascalho", e o cascalho é típico do solo na Tenuta San Guido, que por sua vez deu o nome a seu principal vinho, o "Sassicaia", que significa "terra pedregosa" em dialeto toscano.

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Da Espanha para o mundo

Depois de mais de 200 anos produzindo uvas, a família Torres fundou, em 1870, a marca Torres. Hoje, a vinícola - com presença em vários locais do mundo - é gerida pela quarta geração da família. A sede da mega empresa, que produz mais de 3 milhões de caixas de vinho ao ano, localiza-se nos arredores de Barcelona, em Vilafrance del Penedès, norte da Espanha. Miguel Torres, o atual comandante, se orgulha de a empresa ter sido a primeira estrangeira a investir no Chile, em 1979. E, em 1983, foram mais longe. Investiram na prestigiada região de Sonoma, na Califórnia, mais precisamente no Russian River Valley. Não contentes com o domínio na Catalunha, recentemente, a família adquiriu vinhas e construiu também centrais de produção no Priorato, na Rioja e na Ribera del Duero. Atualmente, a empresa possui mais de 1.200 colaboradores mundo a fora, um número impressionante para o negócio dos vinhos.

"Premier je suis, second je fus, Mouton ne change"

Foi com essa frase que o lendário Baron Philippe de Rothschild comemorou, em 1973, a promoção de seu vinho para Premier Grand Cru Classée. Essa merecida e reconhecida promoção do Mouton ao topo dos grandes vinhos de Bordeaux, ao lado do Château Cantemerle (que foi nomeado Cinquième), foram as únicas mudanças da Union des Grand Cru de Bordeaux desde 1855. A história desse Château data de 1853, quando o Barão Nathaniel de Rothschild comprou a propriedade de Brane-Mouton e mudou o nome para Mouton Rothschild. Em 1922, aos 20 anos de idade, seu bisneto, o citado Barão Philippe, assumiu a liderança do negócio e seu reinado foi marcado pelo espírito empreendedor e desejo de inovação, sendo uma das principais o engarrafamento dos vinhos no Château (1924). A família ainda investiu fora da França, com projetos de alta gama na Califórnia (Opus One, em sociedade com Robert Mondavi) e no Chile (Almaviva, junto com a Concha y Toro). Em 1988, quando da morte de seu pai, a Baronesa Philippine assumiu os negócios.

O grande vinho do reino

Essa vinícola foi fundada em 1864 por Eloy Lecanda, que desde então já fazia experimentos com a grande casta da região, a Tinta del País (Tempranillo), com castas "francesas" como Cabernet Sauvignon, Malbec, Merlot e Pinot Noir. O segundo proprietário dessa lendária casa foi a Família Herrero, que lançou vinhos excepcionais. As primeiras safras dos Vega Sicilia e Valbuena eram oferecidas à aristocracia europeia e não podiam ser comprados, só obtidos através de amigos com recomendação específica. Em 1982, a propriedade foi adquirida por David Alvarez e pelos seus filhos e filhas. O trabalho de todos os Alvarez foi árduo. Sob o comando de Pablo Alvarez, a Vega Sicilia fez mais investimentos em Ribera del Duero (Alion) e Toro (Pintia, que catapultou a região), mas também comprou a empresa Tokaj Oremus, na Hungria.

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Extraordinários Rieslings secos e doces

Crê-se que as vinhas de Scharzhofberg tenham sido plantadas pelos romanos e pertenciam ao Mosteiro de "St. Marien ad Martyres", em Trier, desde a sua fundação em 700 a.C. Em 1797, um visionário chamado Jean- Jacques Koch adquiriu a propriedade junto à República Francesa, depois da Revolução Francesa e da ocupação da margem oeste do rio Reno pelo governo revolucionário. Jean-Jacques é o trisavô de Egon Müller. As vinhas estão expostas a um clima sui generis, que depende muito da particularidade de cada safra e de uma minuciosa colheita tardia. Aliado a essas características, ainda temos o fator do botrytis cinerea (podridão nobre). A filosofia da casa é acreditar que os melhores vinhos são os que "se fazem por si próprios". A família Egon Müller-Scharzhof vive na propriedade e gere o dia-a-dia do seu negócio.

Os ingleses do Porto

A família Symington produz Vinhos do Porto há cinco gerações, desde 1882, mas há registros do envolvimento de familiares no comércio do Porto há 14 gerações, desde 1652. A Symington Family Estates é a única grande produtora de Vinho do Porto que se encontra nas mãos de uma só família. Hoje, cinco membros dos Symington trabalham juntos, cuidando da vinha e produzindo vinhos para três das maiores casas de Vinho do Porto: Graham's, Dow's e Warre's. Os Symingtons são também proprietários de cinco pequenas casas especializadas em Porto, incluindo a lendária Quinta do Vesúvio. As empresas de Vinho do Porto da família são responsáveis por 30% das vendas dessa bebida de primeira qualidade no mundo. A família é, de longe, a maior proprietária de vinhas no vale do Douro, com uma coleção extraordinária de 25 quintas, totalizando 1,769 hectares.

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