Exigências continuam

Rioja autoriza uso de nome de vilas em rótulos

Proposta permitirá que produtores incluam designação de regiões geográficas menores e aldeias específicas nos vinhos, desde que usem letras menores

por Por Maria Bolognese


O Conselho de Rioja aprovou proposta que permitirá que produtores de vinhos incluam o nome de regiões geográficas menores e aldeias específicas nos rótulos. Anteriormente, os produtores podiam fazer apenas o uso do termo Rioja e, desde uma decisão em 1998, ressaltar de eram de Rioja Alta, Rioja Alavesa ou Rioja Baja, ao lado de quatro outras classificações: joven, crianza, reserva e gran reserva.
O movimento de ampliar o acesso à informação foi o ponto culminante de uma longa batalha sobre o terroir espanhol entre o Conselho Regulatório da Denominação de Origem Qualificada (DOCa) e mais de 150 produtores, que argumentaram que o atual sistema de denominação era inconsciente para diferenciação dos níveis de qualidade do solo (e, por consequência, do terroir), pleiteando, assim, mudanças profundas para prezar pelo patrimônio vinícola da Espanha e evitar a valorização da quantidade sobre a qualidade do que é produzido.

Para os produtores, o Conselho deu um grande passo ao acolher as reivindicações e permitir maior especificidade nos rótulos. Segundo eles, destacando a aldeia ou área de origem do vinho e estendendo os privilégios de rotulagem às indicações de um município ou cidade específica, há maior visibilidade a essas regiões geográficas menores, dada a grande diversidade de vinhos oferecidos pela DOCa Rioja.
Para fazer uso da nova rotulagem, o requerente precisará provar um relacionamento de longa data com a propriedade, com o vinhedo, evitando, desta forma, a especulação. Este artifício de proteção faz parte de uma das regulamentações da União Europeia. Outra alteração será no tamanho do texto indicando as áreas menores. Até hoje, as indicações das subrregiões (até então, apenas Rioja Alta, Baja e Alavesa) estavam limitadas à proporção máxima de dois terços do nome Rioja quando descritas nos rótulos. A partir de agora, poderão ser representadas em igualdade de condições, a única condição é que não poderão destacar-se mais que a região principal, Rioja. A exigência de incluir as classificações de amadurecimento (joven, crianza, reserva e gran reserva) permanecerá.
Finalmente, aqueles que fazem Vinos de Pueblo ou "Vinhos da Aldeia" terão que dar ênfase para marcas comerciais desses vinhos. "A Rioja continua a enriquecer sua gama de categorias dentro do processo de melhoria contínua em que está imersa, com objetivo de reforçar sua posição de destaque em qualidade no mercado mundial de vinhos", explicou o Conselho em comunicado à impresa; onde também garantiu que a organzição estabelecerá requisitos específicos para assegurar a qualidade dos vinhos e a veracidade das indicações nos rótulos. As mudanças serão supervisionadas e implementadas por um comitê presidido por Ramón Emilio Muro Aguirrebeña, representante das Cooperativas de Alava.

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