Em plena Big Apple

Jovens enólogos plantam parreiras no centro de Nova York

Localizada no topo de um pequeno edifício do Brooklyn, vinífera urbana promete dar primeiros frutos já em 2017

por Redação

Vinhedos em plena cidade de Nova York? Sim, acredite. Em 2017, já será possível provar um vinho produzido em um terraço. A nova adega, batizada Rooftop Reds, quer ser a primeira empresa a plantar a tradicional uva Bordeaux em um avarandado no bairro Brooklyn Navy Yard.

Devin Shomaker

Chris Papalia

Os enólogos e sócios Devin Shomaker, 31, e Chris Papalia, 23, esperam colher sua primeira safra neste outono e colocar os vinhos à venda em 2017. A ideia dos dois começou quando eram uma dupla de estudantes no programa de Viticultura e Tecnologia de vinhos em Finger Lakes Community College, norte do estado de Nova York em Canandaigua. Shomaker estava mudando seus caminhos profissionais depois de ter obtido experiência em empresas de startup em Washington D.C. Ele tinha apenas 20 anos quando se formou a partir do programa. Papalia foi o enólogo mais jovem treinado em Finger Lakes.

Na procura de uma nova empreitada, eles arrecadaram dinheiro para uma vinícola no Brooklyn pelo site Kickstarter, que promove ações para ajudar financeiramente inúmeros projetos pelo mundo. Buscaram também uma amizade com Michael Coutryman do Point of Bluff Vineyards, uma vinícola localizada em Figer Lakes

A amizade formada pelos três se tornou uma parceria para que a Rooftops Reds fosse criada. A empresa produziu seus primeiros vinhos em 2015 com uvas provenientes da vinícola de Point of Bluff.

A futura vinha dos rapazes está acordando de um rigoroso inverno no telhado de um prédio com 10 andares na vizinhança de Dumbo. Com a ajuda de Alan Lakso da Universidade de Cornell e seu programa de vinicultura, Papalia e Shomaker criaram plantações customizadas e um sistema de drenagem que lhes permite ditar irrigação. O solo profundo implantado pela dupla dispõe que as videiras fiquem totalmente dormentes durante o inverno.

Enquanto seus vinhedos não são terroir, o par está otimista sobre o potencial da sua localização industrial. Eles argumentam que há mais de terroir do que somente solo em sua vinha.

Mas Shomaker diz, independentemente de possíveis contratempos, eles não irão deixar a cena da cidade produtora de vinho em breve. Para ele, nas próximas décadas, mais e mais da população mundial estará vivendo em centros urbanos.

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