Associação local analisou 25 amostras, enviadas por dez vinícolas da região gaúcha
por Redação
A Aprovale (Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos) analisou 25 amostras de vinhos e espumantes, em um exame sensorial realizado na quarta-feira (4.dez.2024). Ao final, 19 foram recomendadas para receber o selo da DO (Denominação de Origem) Vale dos Vinhedos, conforme resultado divulgado na terça-feira (10.dez.2024).
Para essa etapa, dez vinícolas enviaram amostras. Dentre as recomendadas, destaque para oito elaboradas com Merlot e sete feitas a partir de Chardonnay – as duas castas mais emblemáticas da região. Também foram recomendados varietais das uvas Malvasia de Cândia, Malbec e Ancellotta. Assim como um blend tinto.
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A comissão de avaliadores é composta por enólogos da Aprovale, da Embrapa Uva e Vinho e da Associação Brasileira de Enologia (ABE). Toda a avaliação é feita sem que os degustadores saibam de qual vinícola é cada amostra, que é identificada apenas por um código que só um técnico da Aprovale sabe a que se refere.
Antes do exame, os fabricantes tiveram que comprovar a procedência das uvas, que devem seguir diversas condições, como serem cultivadas somente na área da DO. Outra etapa ainda vai fazer uma análise físico-química de 30% das amostras enviadas, definidas por meio de um sorteio, para checar o laudo emitido pela vinícola.
Conforme determinação do Caderno de Especificações Técnicas, os vinhos brancos podem ir ao mercado com o selo da DO Vale dos Vinhedos depois de seis meses da respectiva elaboração. Já no caso dos tintos, o prazo é de 12 meses. Por isso, os recomendados nesta análise precisarão passar por uma nova degustação antes de serem comercializados.
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As vinícolas cujos vinhos não foram recomendados nesta etapa receberão um laudo com os comentários dos avaliadores e terão uma semana para solicitar um recurso. Nesse caso, uma nova amostra é coletada e avaliada por especialistas. Amostras de seis espumantes ainda serão avaliadas, totalizando 32 amostras da safra 2024.
Na comparação com o ano passado, são nove amostras a menos. “O clima desafiador desta safra refletiu na menor quantidade de amostras recebidas, mas a qualidade e o potencial dos vinhos foram reconhecidos”, afirmou Moisés Brandelli, diretor do Conselho Regulador da Indicação Geográfica, Técnico e de Pesquisa.
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