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Comitê secreto da era Biden sobre álcool é alvo de crítica no Congresso dos EUA

Congresso pressiona o governo dos EUA por transparência nas diretrizes de álcool de 2025 e contesta recomendações restritivas da era Biden

Congresso denuncia comitê secreto da era Biden que propõe proibição do álcool nas diretrizes de 2025 - AI
Congresso denuncia comitê secreto da era Biden que propõe proibição do álcool nas diretrizes de 2025 - AI

por Redação

O Congresso dos Estados Unidos intensificou os esforços para impedir que as diretrizes dietéticas de 2025 reflitam a postura restritiva do ex-presidente Joe Biden em relação ao consumo de álcool. Segundo reportagem do Wine-Searcher, parlamentares questionam a legitimidade do comitê secreto criado durante a administração Biden, que propõe orientar a população a evitar completamente o consumo de bebidas alcoólicas.

A polêmica gira em torno de duas abordagens distintas. De um lado, o relatório do NASEM (Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina), que reconhece os riscos do consumo excessivo, mas aponta benefícios à saúde associados à ingestão moderada de álcool, como a redução da mortalidade geral. Do outro, está um comitê paralelo criado pelo ICCPUD — órgão voltado à prevenção do consumo de álcool por menores — cuja composição e conclusões têm sido alvo de críticas.

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Esse grupo, formado majoritariamente por especialistas em dependência química e áreas sem vínculo direto com a nutrição, contrariou as evidências científicas predominantes ao afirmar que nenhum nível de consumo de álcool é seguro, apoiando-se em argumentos ideológicos e não científicos.

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O deputado James Comer (R-KY), presidente do Comitê de Supervisão da Câmara, enviou uma carta contundente ao secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., cobrando transparência sobre o processo. Comer exige o envio de documentos, atas e esboços relacionados à elaboração das recomendações sobre o álcool até 12 de maio.

A disputa evidencia um embate entre ciência, política e interesses econômicos. O desfecho pode afetar diretamente não apenas o setor de bebidas alcoólicas, mas também restaurantes, bares e toda a cadeia produtiva associada — além de reacender debates históricos sobre consumo, saúde pública e liberdade individual.

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