Levantamento Bevtrac aponta recuo da Geração Z em campanhas de abstinência alcoólica e aproximação dos índices de consumo em relação ao público adulto

por Redação
A adesão de jovens adultos a campanhas de abstinência temporária, como Dry January e Sober October, recuou em 2025 em diversos mercados, segundo dados divulgados pela Bevtrac a pedido da IWSR. O levantamento mostra redução consistente entre consumidores da Geração Z com idade legal para beber, após anos de expansão dessas iniciativas.
No Reino Unido, a parcela de jovens que afirmou ter ficado um mês ou mais sem consumir álcool nos seis meses anteriores caiu de 33% em 2024 para 24% em 2025. Em Austrália, a queda foi ainda mais acentuada, de 39% para 24% no mesmo intervalo.
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O padrão de retração se repetiu em França (32% para 24%), Itália (26% para 16%) e Brasil (39% para 35%). Nos Estados Unidos, a variação foi mínima, de 32% para 31%. O único avanço significativo ocorreu no México, onde a taxa subiu de 31% para 35%.
Considerando os 15 mercados avaliados, a participação da Geração Z em campanhas de abstinência caiu de 30% para 28%. A tendência se reflete também no comportamento geral: 39% dos adultos relataram algum período de abstinência em 2025, contra 41% registrados na primavera do mesmo ano.
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Os dados mostram ainda que a distância entre a taxa de consumo da Geração Z e a do conjunto da população continua diminuindo. Em 2025, 74% dos jovens disseram ter consumido álcool nos seis meses anteriores, aproximação gradual dos 77% registrados entre adultos de todas as idades. Em 2023, a diferença chegava a nove pontos percentuais; agora, é de apenas três.
Entre Millennials, grupo ainda mais engajado com bebidas alcoólicas, a participação também recuou: 81% relataram consumo recente, menor índice já registrado pela Bevtrac. A diversidade de categorias consumidas por ocasião também diminuiu, passando de 2,8 em 2023 para 1,8 em 2025. Nos EUA, Millennials têm preferido beber em casa: 36% relataram última ocasião em bares ou restaurantes, ante 41% no ano anterior.
Para o presidente da IWSR, Marten Lodewijks, a moderação permanece relevante, mas períodos performativos de abstinência perderam força. Segundo ele, consumidores têm ajustado hábitos bebendo com menor frequência e em menor volume, influenciados por mudanças culturais e pela redução da renda disponível.
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