Vândalos atacam vinícola francesa durante protesto

Em mais um episódio de protestos no setor vitivinícola da França, uma vinícola do Les Grands Chais de France – maior grupo privado de vinhos do país – foi atacada por vândalos, no final de novembro deste ano, em Aude. Com um depósito incendiado e quatro tonéis abertos, o prejuízo é estimado em € 130 mil (cerca de R$ 807 mil).

De acordo com informações do site Decanter, publicadas na quarta-feira (11.dez.2024), os criminosos estavam encapuzados e deixaram um adesivo com a sigla “CAV” na propriedade – o que indica a respectiva participação no Comité d’Action Viticole. Eles também escreveram “viti en colère”, ou seja, “viticultores com raiva”.

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Até então, o grupo Les Grands Chais de France não havia se pronunciado sobre o caso, que já é investigado pelo Ministério Público da França. Só no mês passado, o país teve dois atos de protesto do setor: no primeiro, os suspeitos quebraram garrafas de vinho ao lado de um mercado; e no segundo, produtores bloquearam rodovias. 

Atualmente, a França enfrenta uma crise de excesso de oferta de vinho e, consequentemente, uma queda no preço das garrafas. Em uma tentativa de reequilibrar o cenário, o governo francês anunciou que removerá mais de 27 mil hectares de vinhedos, por meio de um programa voluntário e de compensação financeira junto aos viticultores.

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Com a retirada e a impossibilidade de replantar as videiras nos próximos anos, o país espera reduzir a área cultivada em 3,4% e diminuir a produção de vinho em território nacional. Trata-se de uma tentativa de estabilizar os preços, diante do menor consumo tanto pelo mercado interno quanto por países importadores.

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