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Redação Publicado em 23/02/2015, às 00h00 - Atualizado em 17/10/2016, às 12h39
"Gostaria de saber qual é o Château estampado na capa da edição 111 da revista. Creio que seja o La Tour de By, não? A imagem me é familiar, pois já estive lá."
Gerson Pereira
Sim, Gerson, a imagem é do Château La Tour de By, no Médoc.
Caros, leitor permanente da revista ADEGA, passei a proprietário de vinhas e produtor de vinhos em Mendoza, cujas primeiras safras de 2011 e 2012 já importei para o Brasil. Pergunto: como submeter meu vinho à avaliação da revista?
Luiz Eduardo F. Henriques
Luiz, ADEGA faz avaliações mensais dos vinhos que recebe. Para participar, basta enviar uma amostra de cada rótulo para o endereço: Av. Corgie Assad Abdalla, 845 – Vila Sônia, São Paulo, SP – CEP 05622-010
Há algum tempo que não me debruço sobre os vinhos de Bordeaux. Tenho tido dificuldade em selecionar o que comprar e de qual safra. Exceto pelos principais nomes, que quase sempre valem a pena, fico na dúvida em investir em outros. Investir, no meu caso, é comprar para futuramente beber – não vender. Tenho visto os preços subirem muito ultimamente. Lembro de comprar alguns bons vinhos de Bordeaux por menos de US$ 100 a garrafa e agora são raros os que encontro abaixo disso. Gosto de Bordeaux, do estilo do vinho, mas há momentos em que me questiono sobre o real valor. Será que estão mesmo valendo a pena? Talvez sim, talvez não. É nessas horas que me volto a outras regiões e outros países. Tenho então trocado Bordeaux por alguns toscanos mais em conta, assim como alguns norte-americanos também fenomenais que andei provando. Tenho me arriscado também no Rhône, região que até pouco tempo era praticamente desconhecida para mim. Não por que não gostasse dos vinhos, mas por que não havia dado tanta atenção. Ao ler a matéria sobre a safra 2012 em Bordeaux na última edição, voltei a pensar novamente sobre Bordeaux e quais vinhos gostaria de adquirir. Li ainda que há uma possibilidade de os preços baixarem nas próximas safras. Sinceramente, não acredito muito, pois creio que a filosofia capitalista tradicional já não se aplica ao mundo moderno, em que os preços, uma vez estabelecidos, nunca mais baixam. Isso não só no vinho, mas em todos os setores. Isso porque a demanda parece sempre aumentar, nunca diminuir. Mas, enfim, as dicas de compra para 2012 estão anotadas. Quem sabe invisto novamente.
Roger Neves
Não fazia ideia que o tenor Andrea Bocelli vinha de uma família produtora de vinhos na Itália. Adoro a sua voz. Ele é um dos meus cantores preferidos. Tudo fica ótimo na sua voz. Gostei muito da entrevista publicada na edição passada. Ele é mesmo um poeta, comparando o vinho à música. Eu também tenho minhas preferências e sempre gostei de harmonizar vinho e música clássica. Bocelli diz que gosta de ouvir o Intermezzo da Cavalleria Rusticana na colheita, ou então a “Pastoral” do Beethoven. Eu, enquanto aprecio meus vinhos, gosto muito de ouvir óperas também. Tem tudo a ver com vinho, com as emoções que afloram. Opto muito por Puccini (amo!), “Nessun dorma!”, “Che gelida manina”, “E lucevan le stelle” etc. Uma peça que sempre ouço e que acho que tem tudo a ver com vinho (e tem mesmo!) é “Carmina Burana” de Carl Orff, com seus textos medievais repletos de uma filosofia pouco ortodoxa, para colocar nesses termos... Por que vocês da revista não aproveitam e criam uma matéria de harmonização entre vinho e música? Eu ia adorar. Faço isso com cada garrafa que abro.
Angélica Martini
É lamentável mesmo que ainda exista tanta gente sem o mínimo de bom senso para algumas questões simples como levar vinho tranqueira para o restaurante para pagar menos na conta. No fim, quem acaba pagando caro por esses ignorantes existirem é o enófilo que quer levar sua garrafa especial (não precisa ser caríssimo, mas sim especial por algum motivo) e degustar em um lugar especial, na companhia de alguém especial, com um menu especial. De qualquer forma, já enfrentei sommeliers completamente intransigentes quanto a levar uma garrafa para o restaurante. O que também é lamentável. O mais engraçado é que, nesse caso, o restaurante ostentava no bar as garrafas de uísque de seus clientes. Não entendi a lógica, pois muitas daquelas garrafas nitidamente não tinham sido compradas lá, mas levadas por alguém – pois a marca do uísque não estava na carta. Enfim, bom senso é mesmo o que falta em todas as instâncias de nossas vidas hoje lamentavelmente.
César Braga