Edgar Rechtschaffen Publicado em 20/09/2007, às 07h43 - Atualizado em 27/07/2013, às 13h44
RUMO À ARGENTINA
Cresce a venda de vinhedos argentinos para estrangeiros |
CHILE E ARGENTINA II
No recente e longo artigo do San Francisco Chronicle, entitulado "Argentina's and Chile's wines are earning global Kudos (prêmios) and fans", a renomada crítica inglesa Jancis Robinson faz um rasgado elogio aos vinhos destes dois países. No parágrafo final, Robinson diz:"Será interessante ver como estes dois grandes produtores (rivais) comportar-se-ão nas suas tentativas de seduzir os amantes do vinho, no mundo, agora que ambos já produzem vinhos de real sofisticação e valor".
PODE-SE ACREDITAR NO RÓTULO?
DIFERENCIAÇÃO
Estatísticas do CIVB (Conseil Interprofessionel du Vin de Bordeaux) apontam para o crescente emprego de espécies pouco usadas em Bordeaux. Especialmente nas apellations menos conhecidas, refletindo a busca por diferenciação. Assim, a picante Petit Verdot registrou crescimento, no período de alguns anos, de 10% em área plantada. Outras variedades menos usadas, como o Malbec e a branca Muscadelle, também apresentam crescente participação em algumas assemblages. Particularmente nas apellations Cotes de Bourg e Premières Cotes de Blaye. Uma outra razão para isso é o clima mais quente, que diminui o risco de ocorrência de safras ruins destas variedades, bastante delicadas e sensíveis a variações climáticas. Para lembrar, as regras das Apellations de Bordeaux permitem seis uvas vermelhas (Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Petit Verdot, Malbec e Carmenère) e sete uvas brancas (Sauvignon Blanc, Semillon, Ugni Blanc, Merlot Blanc, Mauzac, Odenc e Colombard).
BOM E BARATO?
Variedades pouco usadas ganham terreno em Bordeaux |
Em ação conjunta, as polícias da Alemanha e da Itália desbarataram uma quadrilha internacional que falsificava e vendia vinhos top italianos. Entre eles, rótulos prestigiados do Piemonte, Toscana e Puglia, como Barolo, Brunello di Montalcino, Amarone e Chianti. Dez pessoas estão presas e estima-se que o total dos "negócios" tenha atingido o montante de 750 mil euros. "O destino dos vinhos eram supermercados, restaurantes e a venda pela Internet", declarou uma fonte próxima às investigações. Em alguns casos, vinhos com um custo de dois Euros eram vendidos ao público por 100 Euros. Um dos principais destinos era a cidade de Hamburg, onde "grandes" vinhos podiam ser encontrados a preços muito baratos. Um dos produtores italianos, vítima do esquema, cujos "vinhos" eram comprados por restaurateurs italianos de Hamburg, sem impostos, comentou: "Na Alemanha, a sonegação de impostos dá cadeia, mas, na Itália, infelizmente, essas coisas não são levadas tão a sério.