Leite materno com vinho

Primogênito de dez irmãos, com pais brasileiros e avós italianos que imigraram em 1892, o vinho chegou cedo na vida de Lírio Parisotto, presidente da Videolar, dono de três adegas e enófilo desde sempre

Tatiana Fraga Publicado em 11/11/2005, às 14h51 - Atualizado em 27/07/2013, às 13h43

Nascido no interior do Estado do Rio Grande do Sul, em Nova Bassano, pequena cidade cuja população descende de italianos da região do Veneto (Norte do País), o empresário Lírio Parisotto é um grande amante dos vinhos. "Em casa, sempre se tomava vinho no almoço e no jantar. Minha família produzia seu próprio vinho, e eu ajudava a pisar as uvas. O vinho era simples, feito com uma uva não vinífera, a Isabel". Com simplicidade e simpatia, Lírio conta que conheceu o vinho "junto com o leite materno".

Com o passar dos anos, o empresário foi naturalmente se interessando pela cultura da bebida e participou de cursos, palestras e degustações. "Além de me informar mais, encontrei muitas pessoas boas. Os amantes do vinho em geral são gente muito boa", brinca.

Sobre o melhor vinho de sua vida, Lírio diz que seria uma pretensão escolher o melhor. "Tudo depende do momento, da hora do dia e do prato de comida. Eu tenho várias preferências mas, se o orçamento não for problema, escolho o Château Latour". Se orçamento for problema, o empresário indica os vinhos genéricos da região de Bordeaux: "que têm um custo benefício fantástico". Outras sugestões são Barolos e qualquer vinho de Angelo Gaja, da Itália, e entre os vinhos do Novo Mundo, Lírio sugere os californianos. Quanto a harmonizações inesquecíveis, diz que nada se compara à sutileza de um Pinot Noir com uma perdiz; também sugere uma carne de cordeiro combinada com um bom Bordeaux e um churrasco ao lado de um californiano ou um vin de garage.

Lírio Parisotto é dono de três adegas e diz que o importante para quem realmente é amante dos vinhos é saber armazenálos bem. Em sua residência em São Paulo, sua adega de 30 m2 guarda 10.000 garrafas, a temperatura entre 12º e 15ºC. Em Florianópolis, SC, outra adega guarda 4.000 garrafas. Nos EUA, Lírio optou por uma adega de aluguel, em uma wine store, onde armazena garrafas para importação própria ou entre amigos. "Tudo o que possuo em minhas adegas é comprado em primieur, de safras especialmente boas, para que eu consiga um preço interessante".

Lírio Parisotto é dono de três adegas e diz que o importante para quem realmente é amante dos vinhos é saber armazenálos bem. Em sua residência em São Paulo, sua adega de 30 m2 guarda 10.000 garrafas, a temperatura entre 12º e 15ºC. Em Florianópolis, SC, outra adega guarda 4.000 garrafas. Nos EUA, Lírio optou por uma adega de aluguel, em uma wine store, onde armazena garrafas para importação própria ou entre amigos. "Tudo o que possuo em minhas adegas é comprado em primieur, de safras especialmente boas, para que eu consiga um preço interessante"

O empresário faz questão de salientar ser a favor do prazer de beber e não do status: "me lembro da primeira vez que levei minha esposa para conhecer minha família na roça, em Nova Bassano. Tânia chegou em casa e disse à minha mãe que estava com sede. Minha mãe voltou da cozinha e colocou uma garrafa de vinho na mesa com um copo ao lado. Eu venho dessa cultura, onde o vinho era usado como água".