O mercado de vinhos em 2023 e perspectivas para 2024

Relatório da Liv-ex revela os desafios do mercado de vinhos entre 2023 e 2024

Silvia Mascella Publicado em 25/12/2023, às 09h00

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É sempre bom lembrar que uma quantidade moderada de vinho de qualidade (e para quem não tem problemas relacionados com o consumo de álcool) faz bem para a digestão e dá uma acalmada nos ânimos. Pois a realidade do mercado de vinhos não foi fácil em 2023 e 2024 tem uma perspectiva ainda desafiadora.

Essa é a primeira conclusão do relatório 'The Fine Wine Market in 2023' da Liv-ex, publicado em meados de dezembro. A London International Vintner's Exchange (Liv-ex), é uma plataforma que congrega vários serviços e importantes informações e estatísticas para o trade (preços de negociantes e produtores, marketplace e espaços de armazenamento e distribuição, entre outros serviços).

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O relatório começa afirmando que os revezes enfrentados pelo mercado do vinho não foram isolados e atingiram consumidores e mercados financeiro como um todo. O FMI fez, inclusive, projeções em outubro que revelam uma diminuição do crescimento da economia mundial de 0,5% neste ano.

A insegurança dos mercados tem motivos: alguns efeitos da pandemia, o prolongamento da guerra entre Rússia e Ucrânia (que fez com que os preços de energia e alimentos aumentasse), e o conflito entre Israel e os palestinos na Faixa de Gaza que gera muita insegurança no mercado.

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Entre os países compradores e exportadores de vinhos, há muita diferença em seus mercados enquanto os ingleses passaram a consumir menos por conta da alta do custo de vida, e a economia chinesa (embora ainda crescendo) dá sinais de desaceleração, os EUA consolidam sua forte economia e os países emergentes e em desenvolvimento parecem mais resilientes do que se acreditava.

Esses cenários fizeram, segundo afirma o relatório, com que o mercado de vinhos se mantivesse no limite estável tendendo para baixo. "Os investidores ficaram com medo de investir e a busca ficou sempre nos locais seguros, como os grandes vintages de Bordeaux", afirmou Justin Gibbs, diretor e chefe de conselho da Liv-Ex.

2024 será um ano de desafios para as regiões produtoras mais bem reputadas da Europa e dos EUA. Com uma safra de boa qualidade nos tanques, preços altos para armazenamento e vendas e compradores com altos estoques, vender Bordeaux, Borgonha, Champagne, Toscana e Califórnia será um campo de batalha para os grandes vendedores do mercado de luxo.

Para ler o relatório completo, acesse a página da Liv-ex: www.liv-ex.com