O mercado de vinhos importados no Brasil

Como se comportou o mercado de vinhos importados no País desde 2000? Quem são os líderes em 2008?

Adão Augusto Morellatto Publicado em 02/02/2009, às 14h08 - Atualizado em 27/07/2013, às 13h45

ADEGA traz uma análise de comportamento do mercado de vinhos importados no Brasil de 2000 a 2008, computando somente o segmento de vinhos finos, de mesa e frisantes, sem contar os espumantes e champanhes.

No ano passado, este mercado no País teve crescimento de 5,81%. Com isso, é possível notar um desempenho preocupantemente inferior aos últimos cinco anos, quando vinha apresentando um crescimento da ordem de 26,79% ao ano. Este é um claro indício das mudanças tributárias, que o principal mercado consumidor teve no primeiro semestre de 2008, e a forte influência cambial, a partir de setembro – período que apresenta os maiores volumes de importação, devido a sua sazonalidade.

Os países exportadores apresentaram o seguinte quadro ao fim de 2008:

1º CHILE
Mais uma vez, mantendo sua hegemonia no mercado brasileiro, com impressionante participação de 34,38% e 30,68% respectivamente em volumes e valores, mais com crescimento de apenas 6,44% sobre 2007.

2º ARGENTINA
Seguindo sua performance de 2007, manteve o segundo lugar como exportador ao Brasil, sendo 26,54% e 22,59% em volume e valor, com um pequeno crescimento de 3,43% sobre o ano anterior.

3º ITÁLIA
Depois de três anos consecutivos na quarta posição em share-value, os italianos findaram 2008 como terceiro maior exportador, tendo participação de 17,91% em volume e 14,73% em valor, e com surpreendente crescimento de 10,64% sobre 2007.

4º PORTUGAL
Apresentou o pior crescimento entre os exportadores, de apenas 0,66% frente a 2007, e sua participação ficou em 11,24% e 14,30%, respectivamente em volume e valores.

5º FRANÇA
Também apresentou um crescimento interessante, de 10,64%, tendência identificada em anos anteriores. Sua participação foi de 4,54% em volume e de 9,81% em valor, observando que o valor médio deste país foi de US$ 6,78 p/ lt – o mais alto valor agregado dos países europeus. Também se deve observar que, em quatro anos, a França aumentou suas exportações para o Brasil em 183,04%.

6º ESPANHA
Surpreendentemente cresceu em 33,98% em relação a 2007, podendo constatar que em seis anos a Espanha aumentou suas exportações em 300,71%. Apesar de uma pequena participação de 1,82% e 3,64% em volume e valor, justifica sua fama de exportador de vinhos de alta qualidade, identificado no custo médio de US$ 6,18 p/lt.

7º URUGUAI
Depois de um crescimento vigoroso em 2007, de 117,56%, em 2008 apresentou queda de 50,12%. Isso pode ser facilmente interpretado pelo aumento do custo médio de 80,30% em lt. Sua contribuição em 2008 foi de 1,70% em volume e 1,26% em valor.

8º AUSTRÁLIA
O pior desempenho de um exportador em 2008, tendo caído 21,23%, depois de quatro anos consecutivos de crescimento a uma média de 47,68% ao ano. Sua participação foi de apenas 0,40% em volume e 0,75% em valor.

9º ÁFRICA SUL
Também apresentou crescimento negativo de 12,76%, embora seu desempenho desde 2000 apresente crescimento 1.424% –, o maior crescimento dos países analisados neste período. Sua contribuição foi de 0,58% de volume e 0,70% de valor.

10º ALEMANHA
Depois de anos em baixa, apresentou, em 2008, o maior crescimento entre os exportadores com 64,23% sobre 2007. No entanto, sua participação ainda está muito aquém dos valores de 2000. Seus índices foram de 0,54% em volume e 0,64% em valor.

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11º ESTADOS UNIDOS
Este país apresenta um dado muito interessante: o custo médio de seus vinhos em 2008 teve aumento de 95,47% em lt. Não tendo razão para isto, seu crescimento também foi bastante surpreendente, com 62,28% sobre o ano anterior. Sua contribuição estabeleceu-se em 0,12% de volume e 0,33% de valor.

12º NOVA ZELÂNDIA
Desde 2004, apresentou crescimento de 400,05%. E, em 2008, cresceu 28,60%. Salienta-se que este país tem o custo médio mais alto entre os exportadores, na faixa de US$ 9,72 em lt.


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