O ator Luis Gustavo revela que sempre inclui o vinho em momentos especiais com a família e no trabalho
Fernando Roveri Publicado em 25/06/2007, às 11h17 - Atualizado em 27/07/2013, às 13h44
Luis Gustavo ao lado do quadro do artista plástico Gustavo Rosa |
As noites de domingo nunca mais foram as mesmas após o humorístico Sai de Baixo, exibido pela Rede Globo, entre 1996 e 2002. Para espantar a tristeza dos dias de ócio, nada melhor que terminar o final de semana com boas risadas. Um dos personagens de destaque era o simpático Vavá, interpretado por Luis Gustavo. A carreira de Tatá – como é carinhosamente chamado pelos seus amigos – não se resume a esse humorístico. Ele já foi destaque em diversas novelas, filmes e peças de teatro. Seu último trabalho na televisão foi o personagem Piragibe, na novela O Profeta. O que poucas pessoas sabem é que, além de grande ator, Luis Gustavo é apreciador confesso de vinhos. Filho de diplomata espanhol, ele sempre esteve próximo da bebida e a provou, pela primeira vez, quando pequeno. “É um costume da minha família servir um pouquinho no jantar, às vezes no almoço... a verdade é que eu gosto de tomar vinho desde os meus cinco anos de idade”.
#R#O ator possui vários vinhos guardados em casa. “Os melhores vinhos mantenho em uma cave a 14ºC, e o restante guardo na biblioteca, um lugar fresquinho”, diz Luis. Ele não se prende a rótulos específicos, mas busca vinhos variados provenientes de diversos países como Estados Unidos, França, Itália, Espanha, Portugal e Austrália.
Todo enófilo que se preze tem aquele vinho especial guardado na memória, cuja degustação fez com que o tempo parasse por alguns instantes frente a uma taça de vinho. Isso aconteceu com Luis Gustavo ao tomar o “Conde de Valdemar Gran Reserva”. Segundo ele, foi o melhor vinho da Rioja que já passou por sua taça. Além da excelência da bebida, o momento foi muito especial. “Eu estava em Barcelona namorando a Cris, minha mulher, jantando no restaurante Botafumeiro... e nesses momentos o vinho é fundamental. Portanto, esse Rioja ficará eternamente na minha lembrança”, diz o ator, que gosta de receber amigos em casa com um vinho à mão, adequado ao gosto dos convidados. “Procuro servir, principalmente aos meus amigos que apreciam vinho, o melhor que eu tenho”, revela.
Entre os estilos, Tatá prefere o tinto. “Às vezes bebo branco, dependendo da ocasião... Os espumantes e rosés, eu tomo para acompanhar, simplesmente”. Entre os produtores brasileiros, destaca o “Val de Miz”. “Gostei muito, tanto do espumante, quanto dos vinhos tinto e branco”, diz Luis. Vários enófilos que entrevistei para essa seção não gostam dos vinhos do Novo Mundo, focando suas preferências nos europeus. Esse não é o caso de Luis Gustavo, que defende a produção das Américas: “Os vinhos do Novo Mundo vivem um momento primoroso, principalmente os Cabernet Sauvignon chilenos e os Malbec argentinos. Não acredito em guerra de vinícolas, os vinhos do Novo Mundo melhoram a cada safra”. Do Velho Mundo, aprecia os franceses, mas tem uma ligação afetiva com os espanhóis. “Talvez por causa da influência familiar. Aquele gosto da madeira dos Rioja é irresistível para mim!”, explica o ator.