Os principais destaques da edição 221 da Revista ADEGA

Conheça os destaques e leia o editorial da edição 221 da Revista ADEGA

Redação Publicado em 07/03/2024, às 14h11

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O mundo do vinho tem, sim, umtempo diferente. Compreender essetempo é fundamental e, muitas vezes, libertador. No vinho, mesmo que o agora continue sendo instante efêmero, ele pode se tornar um momento estendido, pois as sensações evocam memórias.

O vinho é como um arquétipo que congrega, na imagem de uma bebida, toda uma tomada de consciência.

Cada garrafa é um elo com o passado, o presente e até mesmo o futuro. Quando degustamos um vinho, estamos também conectando-nos a toda uma história de produção, às mãos que cultivaram as uvas, às condições climáticas e geográficas daquela safra em particular, a quem partilha a bebida conosco etc.

Uma experiência sensorial que transcende o tempo. A conversa que tivemos com Etienne-Arnaud Dopff nesta edição deixa isso mais claro. São 13 geraçõesde uma família trabalhando com vinho. Séculos de sabedoria transmitida.“Somos transmissores”, ele resume bem.

Essa consciência de que o tempo pode ter uma outra dimensão ao redor do vinho também está presente no perfil da icônica Harlan Estate, no Napa, em que Bill Harlan admite que visitar produtores históricos de Bordeaux e Borgonha “deu-me uma noção diferentedo tempo” ao perceber que “a necessidadede criar uma família e de estabelecer valores e uma cultura é ainda mais importante do que a terra e o negócio”.

Enfim, o vinho é um transmissor, nos mais variados sentidos. Não importa onde, seja na Alsácia, seja no Napa, seja em Pauillac, base de alguns dos principais ícones do Médoc, tema da nossa capa, ele tem a capacidade de revelar os segredos da terra e do homem.

Podemos acompanhar ou não o seu ritmo, mas nosso convite é sempre para que sim, desfrutemos desse harmonioso compasso que rege a vida ao redor do vinho.

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