Redação Publicado em 17/02/2009, às 11h44 - Atualizado em 27/07/2013, às 13h45
Vinhas na região do rio Tejo, Portugal
A mudança da marca foi tomada num Conselho Geral da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Ribatejo (CVR) com os principais produtores da região, depois de um estudo de mercado que indicou a designação Tejo como sendo a que traria mais notoriedade, tanto a nível nacional como internacional.
A campanha de promoção da marca terá um orçamento previsto de 1,3 milhoes de euros. Os principais alvos serão os mercados nacional, europeu e países como Brasil, China, Rússia e Angola.
A nova designação visa limpar a imagem dos vinhos ribatejanos, que não é muito positiva em Portugal, pois remete a uma imagem que vem do passado, quando o vinho da região era vendido a granel, fazendo com que a grande evolução que este vinho sofreu na última década acabe sendo esquecida.
Além disso, levou-se em conta o nome, pois ribatejano é de pronúncia difícil e grande, o que dificulta a entrada no mercado externo, enquanto Tejo é de pronuncia muito mais fácil e traz uma associação à região, a do próprio rio Tejo.
Na área abrangida pela CVR Ribatejo existem atualmente cerca de 60 produtores ativos com vinhos classificados, sendo sete adegas cooperativas. A área de vinha da região é de 19 mil hectares, registrando-se um decréscimo nos últimos anos, devido ao abandono das castas de menos qualidade e também ao abandono de atividade de produtores mais velhos.
O objetivo da CVR Ribatejo é, em cinco anos, duplicar o número de certificações, que em 2008 foi de 9,3 milhões de garrafas, afirmou.
Produtores como a Quinta da Alorna, Casal Branco e Fiúza (Almeirim), Lagoalva (Alpiarça), Vale d´Algares (Cartaxo), Encosta do Sobral (Tomar), Casal Coelheira (Abrantes), Companhia das Lezírias (Benavente) e as cooperativas de Cartaxo e Almeirim são alguns exemplos de vinhos do tipo Ribatejo com aceitação no mercado, alguns deles premiados, tanto em Portugal quanto no exterior.
Fonte: Agência Lusa