A embalagem mais leve ajuda a preservar o meio-ambiente

Redação Publicado em 23/09/2008, às 10h55 - Atualizado em 27/07/2013, às 13h45

        

         Beber vinhos em caixa sempre foi visto como um modo deselegante de consumir a mais luxuosa das bebidas alcoólicas. Porém, um artigo publicado no jornal norte-americano New York Times diz que essa imagem deve mudar, considerando a emissão de CO2 que ocorre no transporte das garrafas de vidro.

         Nos Estados Unidos, a maioria do vinho (90%) é produzida na Costa Oeste, porém é necessário enviá-la para a Costa Leste onde a maior parte dos consumidores da bebida mora. Esse processo de transporte gera uma enorme quantidade de dióxido de carbono lançada no ar. Estima-se que, mudando a embalagem dos 97% de vinhos que são produzidos para serem consumidos dentro de um ano para uma mais leve, os gases do efeito estufa seriam reduzidos em 2 milhões de toneladas ou o equivalente a 4000 carros.

         Além das vantagens para o meio-ambiente do vinho em caixa, ele é também mais econômico por causa do grande volume levado por viagem. Uma garrafa tradicional é capaz de levar 750 ml de vinho e gera em média 2,3 kilos de dióxido de carbono quando viaja de uma vinícola na Califórnia para uma loja em Nova Iorque; já uma caixa de 3

litros gera em média a metade disso.

As caixas são adequadas para vinhos de mesa que não precisam envelhecer. Ela resolve o problema de armazenamento; uma vez aberta, a caixa preserva o vinho por em média quatro semanas, comparado com o um dia ou dois da garrafa.

O maior obstáculo que as caixas enfrentam, além da falta de charme, é que a maioria dos vinhos que vêm nessas embalagens é de qualidade ruim, porém nada que não possa ser resolvido.