Redação Publicado em 29/11/2012, às 11h34 - Atualizado em 27/07/2013, às 13h48
O Chile aprovou três novas denominações regionais - Costa, Andes e Entre Cordilheiras - que cobrem as atuais regiões vinícolas, a fim de mostrar internacionalmente sua grande diversidade no que diz respeito à produção de vinhos de qualidade. As novas denominações vão desde o Vale de Malleco, a área vinícola mais ao sul do país, até o Vale de Elqui, no norte chileno. Porém, a decisão já está gerando descontentamento.
Aconchagua |
Costa engloba apelações do oeste como Limari, Casablanca, San Antonio, Colchagua e Itata. Já Andes cobre as apelações leste, como Elqui, Choapa, Maipo, Cachapoal, Curicó e Maule, enquanto em Entre Cordilheira estão as apelações centrais, onde esta localizada 60% da produção.
"As pessoas não conseguem se lembrar de todas as apelações do mundo. No Chile elas se lembram de Colchagua, Apalta e Casablanca, mas não muito mais que isso", disse Aurelio Montes, da vinícola Montes Wines. "Entre Cordilheiras e é um nome comprido e difícil. Apalta, por exemplo, é uma das mais prestigiadas apelações dentro da denominação, mas eu nunca vou usar essa descrição no meu rótulo. Ninguém vai", lamenta ele.
Michael Cox, diretor da Wines of Chile no Reino Unido, concorda com Montes. "Entre Cordilheiras não é distintiva o suficiente. Por exemplo, Peumo, em Cachapoal, é a melhor região para a Carménère, então os produtores irão usar essa nomenclatura, e não Entre Cordilheiras", explica. A Viña Errazuriz também já afirmou que não irá aderir a nova nomenclatura "Não vemos razão para isso, uma vez que nossos vinhos já estão bem estabelecidos".
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