Forte demanda de vinhos bordaleses na China faz com que investidores comprem propriedades na região francesa. Estima-se que chineses hoje são donos de mais de 60 Châteaux
Redação Publicado em 15/01/2014, às 09h02 - Atualizado em 03/12/2014, às 08h04
Bordeaux tem recebido vários novos investidores, sejam eles ingleses, holandeses, alemães, americanos ou japoneses. Porém, na última década, foram os chineses que se tornaram os investidores estrangeiros dominantes da região, embora seja difícil calcular com precisão quantas propriedades eles compraram.
Karin Maxwell, diretor de vendas da corretora de imóveis Maxwell-Storrie-Baynes, estima que mais de 60 Châteaux estejam em mão de proprietários chineses atualmente. Ainda segundo Maxwell, houve mais de 20 transações com os chineses durante os últimos 12 meses.
O vinho Bordeaux é um investimento atraente para os asiáticos, especialmente porque a demanda, mesmo para os vinhos de baixo preço, continua forte na China. Os Châteaux também são um ativo atraente para os líderes empresariais chineses bem sucedidos, que visam investir em imóveis fora de Hong Kong.
Nas últimas quatro semanas de 2013, duas propriedades – Domaine Adron (AOC Haut-Médoc) e Château Mylord (AOC Bordeaux Superieur) – foram vendidas para dois investidores chineses não revelados. A Adron tinha 17 hectares, uma produção de 30 mil garrafas e estava sob comando de quatro holandeses. Acabou sendo vendida em novembro para um empresário chinês não identificado. A Mylord, com 108 hectares de vinhas e uma mansão do século XVIII em Grézillac, tem um novo proprietário que também é desconhecido.
No que diz respeito às transações, elas são normalmente feitas em segredo, pois de acordo com Michael Baynes, sócio executivo da Maxwell-Storrie-Baynes, a filial exclusiva para imobiliário internacional da Christie’s no sudoeste da França, locais de negócios ou as fontes geográficas dos fundos de compra nem sempre são os mesmos que os proprietários.