Colecionador português possui 18 mil garrafas de vinho às margens do rio Reno

Redação Publicado em 30/03/2009, às 12h47 - Atualizado em 27/07/2013, às 13h45

Na cidade de Dusseldörf, Alemanha, conhecida por sua paixão pela cerveja, uma cave do século XVII junto à margem do rio Reno abriga um "tesouro" para outros paladares: nada menos que 18 mil garrafas de vinho português.

O seu proprietário é Carlos Quintas, um economista português radicado em Dusseldörf, que assinalou este fim-de-semana o décimo aniversário do início da sua coleção com provas de vinhos que tiveram uma convidada muito especial, a especialista britânica Jancis Robinson, uma das "autoridades" mundiais na matéria.

A prova esteve longe de ser uma novidade para a colunista do Financial Times, que em 1999 publicou o livro "Jancis Robinson prova os melhores vinhos portugueses", a obra que inspirou Carlos Quintas para iniciar a sua coleção nesse mesmo ano.

"Comecei a colecionar por força do acaso, porque encontrei uma cave muito bonita em Dusseldörf, de fato extraordinária, com condições de armazenamento espetaculares, e hoje, penso que, poderei dizer, uma das caves mais significativas de vinhos portugueses no mundo", disse Carlos Quintas à Agência Lusa.

Dez anos depois de ter publicado o seu livro sobre vinhos portugueses Jancis Robinson mostou-se impressionada com a evolução dos vinhos, pelo que constata nas garrafas.

"Acho que a qualidade do vinho português aumentou enormemente em 10 anos. Conseguiu certamente acompanhar o aumento da qualidade do vinho", diz ela, acrescentando que continua válida uma observação que fez há alguns anos, quando escreveu que os vinhos portugueses podem realmente oferecer estilos e sabores distintivos que não podem ser encontrados em mais nenhum lugar. O segredo, diz, é os produtores dos vinhos não ser "influenciados por modas internacionais".

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