Pesquisas feitas pela Universidade de Harvard mostram que beber sem exageros reduz risco de danos cardíacos enquanto excessos podem prejudicar o coração
Redação Publicado em 02/06/2015, às 16h59 - Atualizado às 17h04
Um estudo, realizado pela Escola de Medicina de Harvard, analisou o consumo semanal de álcool de 4.466 pessoas com idade acima de 70 anos, comparando o tamanho, a estrutura e o movimento de várias partes de seus corações. Os pesquisadores descobriram que o consumo moderado de bebidas alcoólicas ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares, mas, em contrapartida, conforme as pessoas se excediam, maiores eram as alterações na estrutura e na função do coração.
“Os resultados mostraram que mulheres são mais suscetíveis que os homens aos efeitos cardiotóxicos de álcool, o que pode potencialmente contribuir para um maior risco de cardiomiopatia alcoólica, para qualquer nível de ingestão de álcool”, disse Scott Solomon, autor sênior do estudo e professor de medicina na Escola de Medicina de Harvard.
Entre os homens, beber mais de 14 bebidas alcoólicas por semana estava ligado com o alargamento da câmara de bombeamento do coração. Entre as mulheres, as que bebiam mais que três doses por dia tiveram pequenas reduções nas funções cardíacas.
“Apesar das vantagens potenciais da baixa ingestão de álcool, nossos resultados destacam os possíveis riscos para a estrutura e função cardíaca por aumento da quantidade de consumo de álcool em idosos, especialmente entre as mulheres. Isso reforça as recomendações norte-americanas afirmando que aqueles que bebem devem fazê-lo com moderação”, acrescentou Alexandra Gonçalves, principal autora do estudo.
O consumo moderado de álcool é definido por dois drinques por dia (cerveja, vinho ou licor) para homens e uma dose por dia para mulheres.