Container de vinho Rutini saia do porto de Santos e ia para o centro de distribuição da Zahil. É possível conferir os lotes para evitar o vinho roubado
André De Fraia Publicado em 02/09/2022, às 05h50
A importadora Zahil, através de um comunicado à imprensa, informou que um container com vinhos da vinícola argentina Rutini Wines foi roubado no trajeto entre o Porto de Santos e o centro de distribuição da empresa em São Paulo.
A ação dos bandidos ocorreu no dia 29 de agosto e uma investigação está em andamento para que a carga seja recuperada. O crime de roubo de cargas de vinhos já ocorria na Argentina para alimentar o fluxo de contrabando de vinhos ao Brasil.
Esta é a primeira vez que isto ocorre em território nacional. Cada vez mais ousados, os bandidos conseguem agora uma carga já nacionalizada e com os contrarrótulos brasileiros. É justo supor que estes vinhos devem ser vendidos com ofertas vistosas pelos mesmos vendedores do vinho contrabandeado.
Abaixo você encontra os vinhos e lotes da carga que foi roubada informados pela importadora Zahil, assim, lojistas e consumidores podem se defender de comprar os vinhos roubados e de alimentar e incentivar o crime.
Aquela vantagem de desconto inacreditável no seu vinho predileto parece cada vez menos inocente.
Apesar da carga já estar desembaraçada fiscalmente, a importadora alerta para que os clientes suspeitem de garrafas cujo contrarrótulo não apresente os dados do importador, estas podem ser fruto do crime.
Confira abaixo o comunicado completo da Zahil:
Uma investigação da Polícia Argentina mostra que uma facção criminosa ligada ao PCC está atuando para contrabandear vinho da Argentina para o Brasil.
Das pessoas presas em 2022 ligadas ao tráfico de vinhos, várias pertencem a grupos criminosos como o Primeiro Comando da Fronteira, o Comando Vermelho e o Bala na Cara, além do Primeiro Comando da Capital.
A investigação na fronteira entre Brasil e Argentina iniciou em 2019 e desde então vem monitorando grupos criminosos que roubam o vinho na Argentina em depósitos, lojas e até mesmo em caminhões que transportam a bebida, depois são levados a galpões onde são escondidos e contrabandeados para o Brasil.
Segundo a Polícia argentina, pelo menos três mortes já foram identificadas em assaltos a galpões ou transportadores de vinho. A investigação continua em sigilo no país vizinho e conta com o apoio de autoridades brasileiras.