Os segredos do vinhedo de Romanée-Saint-Vivant

O vinhedo de Saint-Vivant produz cerca de 3 mil caixas de vinho por ano

Redação Publicado em 01/02/2019, às 15h00

O sufixo Saint-Vivant vem da abadia de Saint-Vivant. O vinhedo está grudado na vila de Vosne-Romanée e diz-se que apresenta um contraste marcante com os outros vinhedos de Romanée, especialmente seu vizinho Richebourg. Com pouco mais de 8 hectares, Saint-Vivant tem cerca de 10 proprietários e produz aproximadamente 3 mil caixas de vinho por ano. Ele já foi conhecido como Clos Saint-Vivant e pertenceu à abadia de mesmo nome, que fazia parte dos domínios de Cluny, anterior ao período dos cistercienses. O vinhedo era parte do jardim da igreja. Uma parte dele, tida como de qualidade inferior, foi rebaixada para o Premier Cru Croix Rameau. A primeira vez que o prefixo Romanée foi incorporado foi em 1651, graças à proximidade com Romanée-Conti.

A parte mais baixa é conhecida como Les Quatre Journaux. Journal equivale a uma antiga medida de terra, representando um terço de um hectare. Essa parcela costuma receber o nome “cuvée Les Quatre Journaux” de seus proprietários. Duas outras parcelas, conhecidas como Au Plans e Clos du Moytan foram reunidas na Cros des Cloux, que pertence ao Domaine de la RomanéeConti.

O vinhedo tem ondulações gentis entre 255 e 260 metros, com a parte superior tendo mais concentração de calcário crinoidal e a parte mais baixa com mais argila. Diz-se que o vinho de Romanée-Saint-Vivant é o mais delicado e feminino dos Grand Cru de Vosne-Romanée, muito semelhante a Musigny. Um vinho etéreo.

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RomaneeSaintVivant