Expovinis 2014 mostra que produtores de todo o mundo querem uma fatia do mercado brasileiro
Por Arnaldo Grizzo Publicado em 23/05/2014, às 00h00 - Atualizado às 05h06
"É um novo mercado, mesmo que alguns desses produtores já estejam sendo importados. Mas há mais de 300 vinícolas na região e ainda muitas possibilidades para elas”, aponta Lucia Boarini, gerente de comunicação do Consorzio Vino Chianti, ao explicar o porquê de a maior entidade dos vinhos de Chianti ter optado por vir para a Expovinis pela primeira vez. E essa crença de que o mercado brasileiro oferece grandes oportunidades é o que atraiu boa parte dos expositores à feira nos dias 22, 23 e 24 de abril em São Paulo.
Com consumidores que, aos poucos, estão aprendendo cada vez mais sobre vinho e incorporando a bebida em seu dia a dia, o Brasil é visto pelos estrangeiros (e também pelos produtores nacionais) como um bom investimento. Assim, mesmo vinícolas de regiões já consagradas, como Chianti, resolveram aportar aqui. Segundo Lucia, o consórcio decidiu apostar fortemente nos países BRICs, pois quer rejuvenescer a imagem de seus vinhos, “alcançar os jovens, mostrar que são vinhos para o dia a dia, capazes de combinar com uma infinidade de pratos, mas, ainda assim, servirem de aperitivo e, inclusive, poderem ser bebidos resfriados”. Ou seja, querem conquistar os novos consumidores brasileiros mostrando a versatilidade de seus vinhos.
Juntamente com Chianti, uma série de produtores italianos das mais variadas regiões também estiveram na 18a edição da Expovinis. Entre eles, um grupo de Brunello di Montalcino, reunidos sob o nome “The faces of Brunello”, que veio mostrar, pelo segundo ano consecutivo, os diferentes estilos de seus vinhos.
Aliás, a vontade de ingressar no mercado brasileiro fez com que alguns produtores – que já haviam estado aqui em 2013 – não desistissem depois de uma primeira tentativa sem êxito de conseguir um importador e voltassem para a Expovinis este ano novamente. Um deles foi a Bodega Luzón, de Jumilla na Espanha. De acordo com seu representante, Dinart Martins, a empresa decidiu voltar à feira, pois acredita no mercado do Brasil e pretende ingressar nele de alguma forma (através de um importador ou, em último caso, montando uma operação própria). Caso similar ao do Champagne Dom Caudron, por exemplo, cujo gerente de exportações, Bastien Jacques, revelou que a marca quer investir no Brasil mesmo se não encontrar um importador em um primeiro momento. Ao final do evento, ambos estavam negociando com possíveis importadores.
E para mostrar que essa insistência em nosso mercado vale a pena, no portentoso estande da Federación Espanhola del Vino – que agrupou 16 produtores das mais variadas denominações da Espanha – estava, por exemplo, a Bodegas e Viñedos Tobelos, cujos vinhos chegaram há pouco tempo no País através da importadora RM do Brasil. Em 2013, a Espanha exportou para o Brasil 3,5 milhões de litros de vinho, chegando a R$ 38,4 milhões, um aumento de mais de 5% em volume e quase 20% em valor. Dessa forma, tanto Tobelos quanto outras vinícolas tradicionais da Espanha (como Torres, por exemplo) estiveram na feira apresentando seus produtos, acreditando no evento como caminho para crescer ainda mais no Brasil.
Mais do que uma chance de procurar importadores, a Expovinis tem mostrado aos expositores que pode ser uma ferramenta para educar e ajudar a formar novos consumidores. Franceses e portugueses parece que incorporaram isso. A França contou novamente com um espaço enorme para produtores de regiões tradicionais como Bordeaux, Borgonha, Alsácia e Loire, mas, além disso, realizou aulas com especialistas para explicar ao público as nuances dos vinhos franceses. O mesmo se passou nos espaços reservados para os produtores portugueses. Além de congregar as inúmeras vinícolas (mescladas entre as que buscavam distribuidores no Brasil e as que já possuem), houve palestras sobre denominações tradicionais e outras menos conhecidas do público, assim como sobre possibilidades de harmonizações, nos três dias de feira. Da América do Sul, Argentina, Chile e Uruguai reuniram vinícolas, a maioria ainda sem importador, em seus estandes e também promoveram palestras.
A Expovinis segue na direção de se fixar como uma feira de negócios
Assim como tem sido nos últimos anos, a Expovinis 2014 serviu de espaço para produtores em busca de negócios no Brasil. Mesmo as importadoras que não montaram estandes na feira enviaram representantes que ficaram rodando o evento em busca de novos produtos. Jones Valduga, gerente administrativo da Domno Brasil, por exemplo, chegou no segundo dia do evento para reuniões pré-agendadas com produtores com os quais vinha conversando no exterior. “Aproveitamos que eles estão vindo ao Brasil para nos conhecermos pessoalmente e tentar fechar algum negócio”, afirmou.
Entre os importadores presentes na feira, destaque para a Adega Alentejana – cujo estande não teve um minuto sequer de tranquilidade, com o público buscando as principais novidades do extenso portfólio de delícias portuguesas –, assim como a VCT Brasil – que lançou o Devil’s Collection, da linha Casillero del Diablo – e também a jovem importadora Job Total, focada em vinhos portugueses.
No entanto, a busca por novos negócios e por novos consumidores não se resumiu aos estrangeiros. Os produtores nacionais estiveram em peso na Expovinis, ocupando provavelmente o maior espaço da feira. Uma parte estava reunida pelo Ibravin e pela Acavitis (associação de produtores de Santa Catarina), mas, outros, como Aurora, Garibaldi, Salton, Pericó e Pizzato investiram em estandes próprios, uma demonstração de que as vinícolas brasileiras também estão dispostas a brigar pelo mercado que está atraindo os olhares do mundo.
O evento seguiu na direção de fixar-se como uma feira de negócios e aspectos positivos foram a não realização do evento na sexta-feira e a qualificação do público que incluiu sommeliers, lojistas e restaurateurs. O desafio é trazer de volta os importadores, pois o trade, para fazer negócios, precisa de vinhos que estão no mercado. Com isso, a Expovinis pode, de fato, posicionar-se como o grande evento de vinhos do país.
Durante a Expovinis, a equipe de degustadores de ADEGA (Eduardo Milan, Sílvia Mascella Rosa, Hong Sup Kim e Vanessa Sobral) percorreram toda a feira em busca das melhores novidades. Depois de provarmos mais de 1000 vinhos, segue aqui a nossa seleção.
O chef Olivier Anquier visitou o estande da Revista ADEGA para provar, ao lado de Luciano Vian e Carlos Abarzúa, alguns dos vinhos premiados no Concurso Internacional de Vinhos do Brasil
AD 88 pontos
Dedicato Champenoise Brut 2012
Irmãos Basso, Farroupilha, Brasil (R$ 55). Amarelo quase dourado, com belas borbulhas profusas. No aroma, o abacaxi fresco aparece com mais destaque e há um toque de levedura de fundo. Bom volume em boca, com corpo marcado, sabor de fruta fresca e cítrica que garante o próximo gole. SMR
AD 93 pontos
DOM CAUDRON CUVÉE MILLESIMÉE 2007
Dom Caudron, Champagne, França (Sem importador € 26). Este Champagne de cor amarelo ouro é elaborado com 50% de Pinot Meunier e 50% de Chardonnay, ambos fermentados em barricas de carvalho. O perlage fino e contínuo já mostra a elegância desse espumante. A base de aromas é de frutas cítricas com toques de baunilha. Mas a sua complexidade leva um pouco de tempo para aparecer provocando uma bela explosão de aromas – frutas cítricas, café, tostado etc –. Sua alta acidez, sua cremosidade untuosa e seu corpo médio estão muito bem balanceados. HSK
AD 89 pontos
Perini No1 2008
Perini, Farroupilha, Brasil (R$ 150). Primeiro espumante Brut safrado da empresa, o lote de 700 garrafas aproveitou a boa safra de Pinot Noir e Chardonnay de 2008 e mostra agora o potencial de evolução deste espumante produzido pelo método tradicional. Aroma concentrado de frutado doce e fermento, com excelente volume em boca e acidez bem marcada. Raro e saboroso. SMR
AD 91 pontos
ROGER GOULART CAVA EXTRA BRUT 2006
Roger Goulart, Penedès, Espanha (Sem importador € 8). Com cinco anos de autólise, este espumante de cor amarelo ouro intenso é elaborado com 35% Xarel-lo, 20% Macabeo, 15% Parellada e 30% Chardonnay. Por ter mais corpo e complexidade aromática, além dos aromas de frutas cítricas e tropicais, que trazem frescor, é muito gastronômico, harmonizando com frutos do mar. HSK
AD 88 pontos
Salton Intenso Edição Especial Brut
Salton, Tuiuty, Brasil (R$ 30). As uvas Chardonnay, Pinot Noir e Riesling são combinadas neste Charmat longo (passou 18 meses sobre as leveduras) resultando num espumante muito fácil de beber e agradável. Amarelo claro com belas borbulhas, tem bom equilíbrio em boca com acidez refrescante e ligeiro frutado que aparece no nariz e permanece no palato. SMR
AD 91 pontos
TERRAS DO DEMO BRUTO 2009
Adega Cooperativa de Távora, Távora-Varosa, Portugal (Job Total R$ 190). Esbanja elegância e frescor, com ataque cremoso e delicado. Num estilo mais sutil e frutado, mas sem perder os toques de pão, manteiga e frutos secos. Uma opção distinta, de uma região pequena, situada entre o Douro e o Dão, muito propícia para a produção de espumantes. EM
AD 89 pontos
BOUZA ALBARIÑO 2013
Bouza, Montevidéu, Uruguai (Decanter R$ 108). Elegante Albariño, leve e delicado, com aroma de pera, maçã e pêssegos. Estagiou parcialmente em barricas de carvalho e permaneceu três meses em contato com a leveduras proporcionando textura sedosa em boca. VS
AD 89 pontos
BRANCO DE TEMPRANILLO 2013
Pago del Vicario, Castilla, Espanha (Sem importador € 3,20). Este branco pertence a um grupo de vinhos chamados de “blanc de noir”, uma vez que é elaborado a partir de uma cepa tinta, nesse caso, a Tempranillo. Apresenta cor amarelo claro e traz no nariz aromas de frutas muito interessantes. Na boca, a combinação do sabor abacaxi e os toques herbáceos é algo singular. HSK
Além de lugar para realizar negócios, a feira também teve concorridos lançamentos de vinhos, como os da nova linha da Casillero del Diablo, da Concha y Toro, por exemplo
AD 89 pontos
CAVE DU ROI DAGOBERT
PINOT BLANC SELECTION 2012
Cave du Roi Dagobert, Alsácia, França (Sem importador € 4). Este branco é elaborado com 100% de Pinot Blanc e apresenta cor amarelo palha. Extremamente aromático com notas florais e de frutas cítricas, que deixam qualquer um apaixonado por este vinho. Sua alta acidez está bem balanceada com seu corpo leve, permanecendo por longo tempo na boca. HSK
AD 87 pontos
DONA ERMELINDA BRANCO
Casa Ermelinda de Freitas, Palmela, Portugal (Orion Vinhos R$ 25). Um branco direto e sem arestas, cheio de frescor, fruta branca madura, boa acidez e final agradável. Elaborado a partir de Fernão Pires, Arinto, Antão Vaz e Chardonnay, surpreende por ter esse volume de boca e tamanha qualidade nessa faixa de preço. EM
AD 89 pontos
DONNA ENNY SAUVIGNON BLANC 2013
Villaggio Bassetti, São Joaquim, Brasil (R$ 85). Surpreendente Sauvignon com passagem por madeira, que por sinal está muito bem integrada. Fresco, mineral, equilibrado e muito gostoso de beber. EM
AD 90 pontos
GARZÓN ALBARIÑO 2013
Bodegas Garzón, Maldonado, Uruguai (World Wine R$ 52). Excelente Albariño, de aromas minerais e de frutas de polpa branca como maçã, peras e pêssegos. Em boca, possui acidez cortante e sabores cítricos que lembram melão e abacaxi. VS
AD 91 pontos
LA CHATELLENIE SANCERRE 2012
Joseph Mellot, Loire, França (Empório Mundo R$ 160). Branco elaborado com 100% de Sauvignon Blanc da região de Sancerre. Apresenta aromas cheios de mineralidade, o que diferencia este Sauvignon dos de outras regiões do mundo. Sua alta acidez e seu médio corpo estão muito bem equilibrados, permanecendo por longo tempo na boca. HSK
AD 90 pontos
PIZZATO LEGNO 2013
Pizzato, Vale dos Vinhedos, Brasil (R$ 61). Em sua terceira safra, este Chardonnay barricado mostra ótimo equilíbrio e madeira muito bem integrada ao conjunto, aportando textura, cremosidade e estrutura, tudo envolto por frutas tropicais e uma acidez refrescante. EM
AD 88 pontos
San Isidro VERDEJO 2013
Bodega San Isidro, Jumilla, Espanha (Sem importador € 3). Cor branco-palha, aromas de frutas cítricas com nuances florais. Alta acidez e corpo leve fazem este branco se destacar pelo seu frescor. Frutado e fácil de beber, ótimo com aperitivos ou entradas leves incluindo saladas. HSK
AD 91 pontos
SAINT SIDOINE COTES DE PROVENCE ROSÉ 2012
Saint Sidoine, Provença, França (Del Maipo R$ 38). Rosé de cor salmão claro elaborado com Grenache, Cinsault e Syrah. Aromas de frutas vermelhas e toques florais muito elegantes. A gostosa acidez traz vivacidade e alegria para esse rosé delicado. HSK
AD 91 pontos
SIGNATURE ROSÉ 2010
Château de Brigue, Provença, França (Sem importador € 3,20). Este rosé é elaborado com 50% de Cinsault, 30% de Cabernet Sauvignon, 10% de Syrah e 10% de Grenache da Provença. Apresenta linda cor salmão claro transparente e tem aromas minerais com toques florais. Com sua alta acidez, traz frescor na boca. Extremamente balanceado, tem corpo delicado e fica na boca por um longo tempo. HSK
AD 91 pontos
1918 PRIME SYRAH CABERNET 2010
Casa Verdi, Vale do Curicó, Chile (Sem importador US$ 11). Deliciosa mescla de textura macia e aveludada. Tem aromas de madeira elegantes e sofisticados. Na boca, é rico em frutas vermelhas e negras, incrementado por especiarias, como pimenta preta. VS
AD 90 pontos
ADEGA DE PENALVA TOURIGA NACIONAL 2009
Adega de Penalva, Dão, Portugal (Job Total R$ 103). Dominam as frutas vermelhas e negras mais frescas, como ameixas e cerejas, tanto no nariz quanto na boca. Mostra taninos finos e de ótima textura, acidez refrescante e final suculento e redondo. EM
AD 91 pontos
ANTINORI CHIANTI CLASSICO RISERVA 2009
Antinori, Toscana, Itália (Winebrands R$ 159). Este tinto é elaborado com 90% de Sangiovese e 10% de Cabernet Sauvignon, além de outras variedades tintas. Envelhecido em barricas de carvalho de 2º e 3º usos durante 14 meses, apresenta cor vermelho rubi e aromas pronunciados de frutas vermelhas com toques de chocolate. Sua alta acidez e sua estrutura encorpada estão bem equilibradas com seus taninos marcantes, mas sedosos, mantendo-se por longo tempo na boca. HSK
AD 89 pontos
APOGEU 2012
Bodega A16, Mendoza, Argentina (Sem importador R$ 130). Num estilo mais maduro, porém com fruta de ótima qualidade. É suculento, estruturado, tem bom volume de boca, taninos finos, boa acidez e final médio/longo, com agradáveis toques de ameixas e cassis. EM
AD 90 pontos
Aurora Millésime Cabernet Sauvignon 2011
Aurora, Bento Gonçalves, Brasil (R$ 61). Sétima edição do vinho ícone da Aurora, feito apenas em anos especiais, este Cabernet pode aguardar ainda vários anos na garrafa. É rubi brilhante com aromas frutados potentes e madeira já em franca integração. Taninos finos e delicados, com toque mentolado no retrogosto. Para guardar com carinho e provar sua evolução ano a ano! SMR
AD 89 pontos
CASILLERO DEL DIABLO
DEVIL’S COLLECTION RED 2012
Concha y Toro, Vale do Rapel, Chile (VCT R$ 45). Lançamento da Concha y Toro. Corpulento, suculento e estruturado, este tinto mostra notas de frutas negras como ameixas e cerejas, além de toques florais, tostados e de chocolate. Mas, é na boca que merece atenção, com sua boa acidez, taninos finos de boa textura e final persistente, tudo num contexto de equilíbrio e suculência, pedindo mais um gole. EM
Produtores de todo o mundo vieram para a Expovinis 2014, como o Consórcio de Chianti, que esteve aqui pela primeira vez
AD 89 pontos
CAVAS DON NICASIO BONARDA 2011
Bodega Iaccarini, Mendoza, Argentina (Sem importador US$ 20). Apresenta bela cor violeta, com aromas semelhantes à mesma flor e toques tostados de madeira. As frutas negras também aparecem tanto nos aromas como em boca. Os taninos estão jovens e o final de boca é seco e texturizado. VS
AD 90 pontos
CAVE DU CHÂTEAU CHENÁS 2012
Cave du Château Chenás, Beaujolais, França (Sem importador € 5). Este tinto é elaborado a partir de 100% de Gamay da região de Chenás. Apresenta linda cor vermelho-rubi com reflexos granada e tem delicados aromas de frutas vermelhas com toques de especiarias. Sua alta acidez e estrutura encorpada sugerem um vinho de guarda, além de apresentar taninos marcantes que estão muito bem equilibrados. É um vinho alegre, delicado e, ao mesmo tempo, potente. HSK
AD 92 pontos
COLLEMATTONI
BRUNELLO DI MONTALCINO DOCG 2009
Az. Agr. Collemattoni di Bucci Marcello Montalcino, Toscana, Itália (Prosecco Express R$ 289). No nariz, este Brunello clássico exibe aromas terciários que remetem a pelo de animal, seleiro, com nuances de tabaco. Já no paladar, apresenta boa estrutura, corpo macio e sedoso, taninos adocicados de longa persistência. VS
AD 91 pontos
COSME PALACIO VENDIMIA RESERVA 2008
Hijos de Antonio Barcelo, Rioja, Espanha (Sem importador € 8). Elaborado com 100% de Tempranillo, passa por envelhecimento em barricas de carvalho francês por 18 meses. Apresenta cor vermelho granada intenso. Sua complexidade aromática é tão provocante que deixaria qualquer um intrigado, tudo suportado por frutas negras e toques de baunilha muito agradáveis. Sua estrutura mais encorpada e a alta acidez estão muito bem equilibradas com os taninos finos e firmes, permanecendo por longo tempo na boca. HSK
AD 89 pontos
CRIADO EN ROBLE TANNAT 2011
Montes Toscanini, Canelones, Uruguai (Casa Flora R$ 65). Sofisticados aromas de madeira chegam ao nariz, com toques de charuto, grafite e frutas negras frescas. Em boca, é sedutor, com taninos elegantes e de boa textura. Alta qualidade e preço acessível. VS
AD 92 pontos
GLORIOSO GRAN RESERVA 2005
Bodegas Palacio, Rioja, Espanha (Sem importador € 8). 100% de Tempranillo de vinhas altas na região de Rioja Alavesa, este vinho apresenta cor vermelho-rubi com halo granada. A sua complexidade aromática com base nas frutas negras é impressionante, além dos toques defumados e de especiarias. Com extrema persistência, sua alta acidez, corpo médio e taninos firmes, porém sedosos, estão muito bem equilibrados. HSK
Estande da Espanha reuniu produtores das mais variadas denominações de origem
AD 93 pontos
LM LAZZARETTI BRUNELLO DE MONTALCINO 2009
L.M. Lazzaretti, Toscana, Itália (Sem importador € 14). Linda cor rubi, com reflexos acobreados, convida a degustar este moderno Brunello. Os aromas lembram figos e frutas maduras. Seu corpo é extremamente macio, com taninos finos e doces. Final rico em especiarias doces, como cravos. VS
AD 92 pontos
MALHADINHA 2011
Herdade da Malhadinha Nova, Alentejo, Portugal (Épice R$ 303). O nome e o rótulo são divertidos, mas o vinho é bastante sério. As frutas negras, em evidência nos aromas, ganham vigor extra, proporcionado pelo álcool na casa dos 15%. A madeira fica em segundo plano, muito bem colocada. VS
AD 93 pontos
MARQUES DE MARIALVA CONFIRMADO 1991
Adega de Catanhede, Bairrada, Portugal (Santar R$ 400). Excepcional tinto, que comprova a capacidade da Baga em produzir grandes vinhos, extremamente longevos, na Bairrada. Esta é uma reserva da casa em que as garrafas foram provadas uma a uma e, as que estavam em condições de serem comercializadas, foram fechadas novamente com novas rolhas, daí o nome confirmado. Muito vivo em boca, com exuberante acidez, taninos muitos finos e final profundo, com toques medicinais. Não aparenta a idade que tem, com mais de 20 anos. Um belo achado. EM
AD 88 pontos
Minerato 2011
Pericó, São Joaquim, Brasil (R$ 70). Com 75% de Merlot e 25% de Cabernet Sauvignon, este lançamento da vinícola catarinense é rubi intenso, com bons aromas em que predominam as especiarias e boca elegante e complexa, com toque de café em grão. É elegante sem ser austero, tem final fresco e muito delicado. SMR
AD 92 pontos
NARBONA PINOT NOIR 2012
Bodega Narbona, Carmelo, Uruguai (Devinum R$ 72). Sua cor é rubi translúcida com toques acobreados. Os aromas, muito elegantes e complexos, lembram chão de bosque e frutas vermelhas, como groselhas e framboesas. Possui taninos lisos e sedosos. Um Pinot requintado, para connoisseurs. VS
AD 89 pontos
PEDRA CANCELA SELEÇÃO DO ENÓLOGO 2010
Lusovini, Dão, Portugal (Lusovini R$ 100). Elaborado a partir de Touriga Nacional, Tinta Roriz e Alfrocheiro, este tinto chama a atenção não só pelo equilíbrio do conjunto, mas também pela acidez refrescante, a fruta vermelha de ótima qualidade, a textura sedosa de seus taninos e o seu final persistente, cheio de notas minerais. EM
AD 92 pontos
QUELÉN 2010
Pérez Cruz, Vale do Maipo, Chile (Almeria R$ 250). Um corte de Petit Verdot, Carménère e Cot, chama a atenção pelos aromas herbáceos e florais que envolvem as notas de ameixas, cassis e cerejas negras. Os taninos de grãos finos e sua ótima acidez conferem austeridade e finesse ao conjunto. Um tinto com longa vida pela frente. EM
AD 90 pontos
QUINTA DOS TERMOS RESERVA
TALHÃO DA SERRA 2009
Quinta dos Termos, Beira Interior, Portugal (Galeria dos Vinhos R$ 95). Tinto elaborado exclusivamente a partir da casta Rufete, mostra notas de frutas vermelhas mais frescas envoltas por notas terrosas e herbáceas. No palato, surpreende pelo frescor e mineralidade, tudo permeado por gostosa acidez e taninos de ótima textura. EM
AD 86 pontos
RANCHO LAS TIZAS CARMÉNÈRE 2013
InVina, Vale do Maule, Chile (Wine&Co R$ 37). Vinho essencialmente frutado, sem passagem por barrica. Nuances herbáceas completam, discretamente, o aroma. O corpo é leve e os taninos estão um pouco marcantes, mas se favorecem da companhia de carnes. VS
AD 89 pontos
Salton Septimum 2009
Salton, Tuiuty, Brasil (R$ 100). Um corte ousado de sete variedades vindas da Campanha Gaúcha fermentadas juntas em barricas pequenas. Complexo e denso, passou 12 meses em barricas novas e ainda segue evoluindo em garrafa. Um vinho elegante e saboroso. SMR
AD 93 pontos
SCALA COELI 2010
Fundação Eugênio de Almeida, Alentejo, Portugal (Adega Alentejana R$ 550). Tinto elaborado nesta safra somente a partir de Syrah, com estágio de 15 meses em barricas. Impressiona pela qualidade da fruta e textura muito fina de seus taninos. É estruturado, suculento e profundo, tem ótima acidez e final longo, lembrando especiarias picantes. EM
AD 88 pontos
SORELLI CHIANTI RISERVA DOCG 2010
Vino Sorelli S.P.A., Toscana, Itália (Sem importador € 2,80). Frutas vermelhas maduras, com um toque animal, dominam a taça. Como é de se esperar, a acidez é vibrante. Morangos e framboesas doces marcam o sabor deste típico Chianti, de corpo sedoso e saboroso. VS
Mais do que apresentar vinhos, entidades também aproveitaram para dar palestras educativas sobre sua vitivinicultura
AD 89 pontos
TOBELOS TINTO 2009
Tobelos Bodegas y Viñedos, Rioja, Espanha (RM do Brasil R$ 70). Suculento e gostoso de beber, é frutado, fresco, redondo, cheio, tem boa acidez, taninos finos e final persistente. Um belo Tempranillo 100%. EM
AD 88 pontos
Traços 2012 Gran Reserva
Don Guerino, Serra Gaúcha, Brasil (R$ 98). A combinação das uvas Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, Teroldego e Ancellotta neste primeiro blend da vinícola resulta num vinho encorpado e potente, feito para ser guardado por mais uns dois anos. Tem aromas frutados com toque de madeira e violetas e boca em que os taninos já estão se integrando bem. Sua qualidade merece um tempo de guarda. SMR
AD 91 pontos
VIGNA ALLE NICCHIE 2009
Pietro Beconcini, Toscana, Itália (Prosecco Express R$ 250). Com 15,5% de álcool, este 100% Tempranillo apresenta corpo robusto e suculento, repleto de frutas negras maduras. Os taninos são redondos e adocicados. Possui boa acidez e longa persistência. VS
AD 88 pontos
VILLASEÑOR ENSAMBLAJE 2009
Villaseñor Wines, Vale Central, Chile (Sem importador US$ 6). Blend formado por 40% Carménère, 25% Merlot, 20% Cabernet Sauvignon e 15% Syrah. Bem equilibrado e vivaz, possui aromas de frutas negras frescas, com toques tostados e de especiarias, principalmente pimenta preta. VS
AD 90 pontos
VIÑA MAYOR RESERVA 2009
Bodegas Viña Mayor, Ribera del Duero, Espanha (Sem importador € 6,50). Elaborado com 100% de Tempranillo, apresenta cor vermelho-rubi intenso com leve halo granada. Complexos aromas baseados em frutas vermelhas com toques defumados são muito interessantes. Sua alta acidez e sua estrutura encorpada estão otimamente equilibrados com seus taninos firmes e finos, permanecendo por longo tempo na boca. HSK
AD 90 pontos
VINHAS VELHAS TANNAT 2012
Miolo Wine Group, Campanha Gaúcha, Brasil (R$ 93). Safra após safra, este Tannat vem mostrando por que é um dos melhores do país. Pode ser bebido agora, mas sua potência e estrutura de taninos indicam que vai evoluir muito bem. Pura fruta negra madura envolta por notas especiadas, tostadas e florais. EM
AD 90 pontos
VITICOLTORI SENESI ARETINI
CHIANTI RISERVA DOCG 2009
Viticoltori Senesi Aretini, Toscana, Itália (Sem importador € 4,85). Delicioso Chianti, com aromas típicos de terra, seleiro, pelo de animal, mas também rico em frutas vermelhas e negras. Seu corpo é médio, com alta acidez e taninos finos. O final de boca lembra alcaçuz. VS
AD 92 pontos
WINEMAKER’S SELECTION 2011
Herdade Paço do Conde, Alentejo, Portugal (Porto Mediterrâneo R$ 240). Frutado, suculento e estruturado, tem como principal qualidade a ótima textura de seus taninos, tudo envolto por uma refrescante acidez, que traz intensidade ao conjunto. Os aromas são agradáveis e lembram ameixas e cerejas negras, além de notas especiadas, florais e tostadas. EM
AD 93 pontos
FAMÍLIA HORÁCIO SIMÕES BASTARDO 2010
Casa Agrícola Horácio Simões, Península de Setúbal, Portugal (Adega Alentejana R$ 250). Tinto licoroso doce de pequena produção elaborado exclusivamente a partir da uva Bastardo. Ótimo equilíbrio entre doçura e acidez. Muito complexo, mostrando notas de figo, compotas e frutos secos tanto no nariz quanto na boca. Profundo e intenso. Surpreendente. EM
AD 91 pontos
QUINTA DO NOVAL LBV 2007
Quinta do Noval, Douro, Portugal (Adega Alentejana R$ 179). As frutas negras como cassis e ameixas envoltas por notas especiadas, de chocolate e de alcaçuz, dominam tanto o nariz quanto a boca. Chama a atenção pelo equilíbrio, pela intensidade, potência, além do final cheio e suculento. EM