Redação Publicado em 15/06/2012, às 08h27 - Atualizado em 27/07/2013, às 13h48
Quatro diretores da famosa casa de negociação de Borgonha, Maison Labouré-Roi, que existe a mais de 180 anos, foram acusados de fraudar vendas de vinhos.
A policia em Dijon prendeu os diretores essa semana, após uma investigação de 18 meses. Diversos arquivos, computadores e imagens foram levados das instalações da empresa em Nuits-Saint-Georges.
Labouré-Roi, é o maior fornecedor de vinhos da região de Borgonha para linhas aéreas, incluindo a British Airwais, Air France e a United Arab Emirates. Também fornece vinhos para comerciantes, entregando 50% da vendas de exportação online.
vinhedos em Borgonha |
O promotor público Eric Lallement disse durante uma coletiva de imprensa feita em Dijon no último dia 13, que o alerta do Escritório Nacional de Fraude (DGCCRF) chamou atenção para possível fraude.
"Era como se a empresa estivesse conseguindo vinificar 100% de seu mosto, o que é impossível", disse ele. Na investigação foram descobertas diversas fraudes como misturar vinhos de mesa ao mosto de vinhos finos. A suspeita é que eles falsificaram cerca de 500 mil garrafas, um valor de 2.7 milhões de euros em vendas.
Há indícios de troca de rótulos também: "Quando a empresa precisava atender os pedidos de um vinho que havia acabado, eles trocavam os rótulos", explicou o investigador. Estima-se que mais de um milhão de garrafa tiveram seus rótulos trocados.
O enólogo, o administrador e os dois proprietários, Armand e Louis Cottian, de 82 e 83 anos respectivamente, foram presos, mas já foram liberados.
O advogado da empresa disse que eles irão cooperar para resolverem os problemas, já que segundas as acusações isso tenha acontecido entre 2005 e 2009: "Sim, fizemos coisas erradas na época, mas já corrigimos todas elas. A empresa irá cooperar totalmente com as investigações".
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