Drones serão usados para detectar doenças nas vinhas

Em uma parceria com engenheiros da Airbus, produtores de Bordeaux e da Borgonha aceitam financiar o projeto de colocar drones nas colheitas para detectar doenças nas vinhas

Redação Publicado em 10/11/2014, às 18h16 - Atualizado em 03/12/2014, às 08h04

 

Demonstração do drone dentro da propriedade de Bernard Magrez, em Bordeaux. 

O conselho do vinho da Borgonha, o magnata Bernard Magrez, produtor de Bordeaux, e engenheiros da gigante Airbus começaram uma parceria para desenvolver drones que possam ser usados nas colheitas para detectar doenças fatais nas vinhas. Chamado de Damav, o projeto pode demorar até 36 meses para ser concluído e está sendo financiado em parte pelo governo francês, com os drones providos pela empresa Novadem.

 

“Não é ficção científica. As imagens obtidas pelos drones serão interpretadas por um sofisticado sistema de análise para o desenvolvimento de resultados que, no futuro, serão peça-chave para o trabalho dos produtores”, declarou o grupo que financia o projeto.  Em Janeiro deste ano, alguns desses drones foram testados no Château Pape Clement, uma das propriedades de Bernard Magrez, colaborador do projeto. Magrez declarou em entrevista que os drones estão sendo testados agora em mais quatro propriedades dele, na região de Bordeaux.

As doenças mais comuns que atingem a colheita das uvas são a Flaverscência dourada, relativamente nova e que vem arrasando as plantações, e a esca, responsável pelo apodrecimento das uvas. Ambas as doenças são muito difíceis de receberem qualquer tipo de tratamento, por isso os desenvolvedores do projeto afirmam que a chave para a cura está prevenção. Além disso, a detecção das doenças pelo uso de drones pode poupar os funcionários da colheita de terem que verificar as vinhas uma a uma, além de fornecer diagnósticos mais confiáveis e eficientes. 

Colheita vinhas drone doenças