Dupla infalível

Jesus transformou a água em vinho, e as duas bebidas estão presentes em muitos rituais, de diferentes crenças e religiões. A verdade é que é uma dupla perfeita, e tomar uma taça de vinho desacompanhada de uma de água é quase uma heresia.

Tatiana Fraga Publicado em 22/05/2006, às 05h25 - Atualizado em 27/07/2013, às 13h43

A origem
Diz a mitologia, que Poseidon, Deus do Mar, num ataque de fúria, secou todas as fontes de água da Grécia. Porém, encantado com a formosura de uma jovem sedenta que lhe pedia ajuda, ele mesmo, tocando seu tridente sobre uma rocha, fez nascer ali uma tripla fonte de água cristalina.

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O que é a água mineral?
O Brasil sempre teve grande cuidado com a qualidade de suas águas minerais, que estão entre as melhores do mundo. Pelo Código Brasileiro de Águas Minerais, de 1945, "Águas Minerais são aquelas provenientes de fontes naturais ou artificialmente captadas, que possuem composição físicoquímica definidas e constantes, com propriedades distintas das águas comuns e características que lhe confiram uma ação medicamentosa". O Brasil, assim como alguns países da Europa, mantêm uma tendência de crescimento do consumo de água mineral natural engarrafada.

A formação
Quando a água que aflora do subsolo chega à superfície, ela já passou por todo um processo de transformação na própria natureza. A água mineral é fabricada no momento em que as águas das chuvas penetram no solo e vão atravessando diversas camadas até chegar às camadas impermeáveis, onde estacionam. Nesse trajeto por baixo do solo, a água passa por várias rochas cheias de substâncias minerais como, por exemplo, o Carbonato e o Sulfato de Cálcio, que se diluem na água enriquecendo-a e gerando propriedades medicinais valiosas. Quando a água acumulada no subterrâneo sofre pressão de um novo volume d'água, ela sobe para a superfície e surge em locais específicos - a nascente. Para valer-se dos benefícios terapêuticos das águas minerais é necessário saber, em primeiro lugar, que tipo de água está tomando. Cada água mineral tem sua exclusiva composição físico-química. Não existe uma água igual à outra; mesmo com a mesma marca, se a fonte não for a mesma, ela jamais será igual.

Mercado Consumidor
Na década de 60, a produção brasileira de água engarrafada manteve-se estável até 1968, ano que marcou o início de uma nova fase no mercado, com lançamento do garrafão de vidro de 20 litros, que possibilitou a ampliação do mercado, nele inserindo um novo consumidor: a empresa. Joanna Kopik e Gaston Thauvin /Stock.Xchng

Em 1970, outra novidade da indústria de águas minerais a conquista do consumidor, as garrafinhas plásticas, uma agradável surpresa que facilitou o transporte e até o manuseio do produto pelo consumidor final. Esses fatores contribuíram para o boom que se verificou no setor a partir de 1972. O ritmo de crescimento ganhou velocidade com a produção do garrafão de plástico em 1979. Com esta evolução, a indústria engarrafadora brasileira chegou aos anos 90 produzindo algo além de água mineral ou potável de mesa: o binômio embalagem/ produto. Os garrafões respondem hoje por 55% do volume total de águas minerais comercializadas no país.

Vinho e água
Tomar vinho acompanhado de água é, para muitos, uma regra. A principal razão para isso é que o vinho pode ser refrescante, mas não é hidratante. "Eu particularmente gosto de água com gás, mas a água com gás possui mais sal e pode alterar o gosto do vinho", afirma nosso editor de vinhos Luiz Gastão Bolonhez.

¨É recomendada a ingestão de água quando se está bebendo vinho; além de saudável, ela limpa o paladar para melhor observarmos os sabores do vinho", afirma Gastão. Outro motivo é limpar da boca o sabor da comida, quando se deseja sentir separadamente o sabor de um vinho especial.