Redação Publicado em 24/04/2012, às 07h37 - Atualizado em 27/07/2013, às 13h48
Uma pesquisa publicada no American Journal for enology and Viticulture sugere que as habilidades para degustação de vinhos sejam determinadas pelos genes e, que por isso, especialistas e sintam o gosto do vinho de forma diferente de pessoas leigas.
O estudo foi conduzido pelo professor John Hayes do Departamento de Ciência dos Alimentos do Estado da Pennsylvania e o professor Gary Pickering, da Universidade de climatologia de Enologia e do Instituto de Viticultura.
Eles escolheram 330 participantes, dentre eles degustadores, críticos de vinhos, pessoas com conhecimento mediano e alguns totalmente leigos, e lhes deram uma pequena amostra do composto 6-n-propliouacil (PROP), perguntando sobre o gosto.
Os professores explicaram que o composto químico é usado para testar a variação genética da percepção do gosto, pois que a sensibilidade ao PROP está ligado ao gene TAS2R38, responsável pela percepção de sabor.
Algumas pessoas acharam a substância completamente sem gosto, enquanto outras acharam amargo em diferentes proporções. "Aqueles que sentiram o PROP intensamente amargo, não só tem uma sensibilidade oral aguçada, mas também podem ser provadores capazes de diferenciar os menores estímulos orais", explicou o relatório.
Baseados nas reações ao elemento os pesquisadores classificaram os participantes em três grupos: "pouco-sensiveis", "sensibilidade-mediana" e "super-sensiveis". Somente 25% dos participantes acharam o componente amargo, desses, 10% eram homens.
"Isso pode sugerir uma possível discordância no julgamento de qualidade entre os leigos e os especialistas", concluiu relatório. Por isso, "os consumidores devem tomar cuidado ao adotar as palavras dos especialistas como verdade absoluta para si".
Mais notícias sobre vinhos...