Apesar dos receios do mercado asiático, o resultado mostra que o mercado de vinho está retomando seu crescimento
Glaucia Balbachan Publicado em 14/10/2021, às 17h00 - Atualizado em 15/10/2021, às 07h58
A empresa é proprietária de marcas de luxo
A Moët Hennessy Louis Vuitton SE, ou apenas LVMH, alcançou vendas de 44,2 bilhões de euros nos nove primeiros meses do ano, um aumento de 46% em relação ao mesmo período de 2020.
Se comparar com 2019, as vendas do grupo foram 11% maiores. Uma comparação mais justa devido às dificuldades de 2020 com a pandemia.
Já na Asia sob pressão no mês de agosto devido as restrições do Covid-19, alguns países tiveram que se preservar, contudo, a LVMH comentou não ter sentido uma mudança no comportamento dos consumidores chineses.
O presidente da China, Xi Jinping, pediu no mês de agosto uma espécie de “prosperidade comum”, requisitando a redistribuição da riqueza. Isso causou temores que Pequim poderia tentar conter o consumo de alto nível no maior mercado de luxo do mundo - que responde 40% das vendas no mundo.
“Não vemos nenhuma razão para que isso possa ser prejudicial para a classe média alta que é a maior parte da nossa base de clientes”, conta Jean Jacques Guiony, diretor financeiro da LVMH.
Em relação aos vinhos e destilados, Moët Hennessy chegou a crescer 30% nos primeiros meses de 2021. Os resultados englobam as primeiras vendas integradas a Armand de Brignac, na qual a holding de luxo tem participação de 50%.
Para a empresa, o crescimento foi particularmente forte nos Estados Unidos e na Europa, que tiveram o benefício durante o verão da reabertura de restaurantes e da recuperação gradativa do turismo.
Legenda da foto: As vendas orgânicas dos produtos de luxo da LVMH renderam 46% em 2020.
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