Rússia é um dos grandes mercados consumidores da bebida e cresce mais de 13% ao ano
André De Fraia Publicado em 24/02/2022, às 09h00 - Atualizado às 09h02
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A guerra entre Rússia e Ucrânia começou.
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Apesar das tentativas de diversos países em evitá-lo, o conflito parecia iminente, e o mercado mundial já reagia e se protegia para o que estava por vir. Com o vinho não foi diferente.
Além da situação de guerra que instabiliza a economia de uma maneira geral, há ainda as sanções econômicas à Rússia, impedindo que o país faça qualquer negociação com outros países que não apoiam a sua causa.
O mercado russo de vinhos é grande e cresce muito anos após ano. Segundo um relatório da Wine Intelligence de 2020, o consumo de vinho na Rússia cresceu a uma taxa de 13,2% ao ano desde 2015, o consumo per capita dobrou em cinco anos e o valor pago por garrafa aumentou em 20,9%.
O resultado foi um salto de 23 posições entre as nações que mais consomem vinho, saindo da 33ª posição para a décima.
Algumas regiões inclusive já são bastante dependentes do mercado russo. É o caso da DO Vinho Verde. Produtores da região relatam que a Rússia representa entre 25% e 30% das exportações de suas vinícolas.
O mesmo acontecendo com regiões da França, Itália, Espanha e Chile, países que junto com Portugal formam os cinco maiores exportadores de vinho para o país de Putin.
A preocupação dos produtores agora é que pedidos já feitos pelos comerciantes russos não possam ser entregues, ou se entregues, não consigam receber com a aplicação das sanções impostas a Moscou. A situação preocupa no momento de forte retomada do mercado de vinho após a pior fase da pandemia de Covid-19.
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