Historiador classifica vinho como "pilar da existência" do povo galego

Redação Publicado em 19/03/2010, às 12h20 - Atualizado em 27/07/2013, às 13h46

Após lançar seu segundo livro sobre o vinho, o historiador Xavier Castro destacou a importância do vinho na cultura galega e o classificou como "um pilar da existência e um alimento muito peculiar".

Segundo Castro, na Galícia (ou Galiza) o vinho era um alimento muito importante - uma fonte de calorias baratas - e um remédio presente numa infinidade de receitas da medicina popular.

Numa época em que a população tinha poucas roupas, de tecidos finos, e alguns morriam de frio, o vinho também era usado para aquecimento interno, uma vez que o álcool causa sensação de calor no corpo humano.

Desde a Idade Média, o vinho já era ligado a festas e celebrações. Mas naquela época, segundo Castro, as taças eram compartilhadas, tornando-se um elemento socializador. Beber fazia parte da vida social dos homens.

O tipo de vinho mais popular na "Idade das Trevas" galega era o tinto. Muitos se esforçavam para produzi-lo, a fim de ganhar um espaço na baixa sociedade. Já os brancos, mais escasso e difícil de elaborar, era privilégio dos ricos, e caracterizava a classe.

Por fim, outra das muitas utilidades do vinho - agora não mais usada - era acalmar crianças. "A maioria da população pensava que o vinho era um alimento estupendo para os pequenos, e essa prática durou muito tempo", sustenta o historiador. Algumas, inclusive, chegavam à escola tontos por terem bebido vinho pela manhã.

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