Redação Publicado em 13/04/2020, às 18h18 - Atualizado em 02/08/2020, às 12h17
Quando comprou o Château Haut-Brion em 1935, Clarence Dillon restaurou-o à sua antiga glória e ao círculo de elite dos vinhos mais lendários do mundo. A sua visão é continua pelas mãos da quarta geração da família
Château Haut-Brion (CHB), em Bordeaux, França, é o veterano e o menor dos Premier Crus Classés de 1855. A menção mais antiga à existência de vinhas na propriedade, onde hoje está o Château, data de 1423. O castelo propriamente dito só viria a ser construído, no entanto, em 1550, por Jean de Pontac. Os Pontac controlaram o CHB entre 1550 e 1746, quando outra família de comerciantes de vinhos, Lumel, comprou a propriedade.
Terroir: a natureza do cascalho no Château Haut-Brion consiste em pequenas pedras de vários tipos de quartzo. Ele é um elemento chave que contribui para o potencial particularmente valioso solo onde crescem vinhas de Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot
Após um período em que pertenceu a um banqueiro (entre 1804 e 1836), o CHB voltou a seus dias de glória pelas mãos dos Larrieu. Joseph-Eugène Larrieu muito fez pelo Haut-Brion e foi premiado com a classificação como Premier Cru Classé, em 1855. Após novo período nas mãos de um banco, André Gibert tentou doar a propriedade para a comunidade de Bordeaux, sem sucesso, e acabou vendendo ao banqueiro norte-americano Clarence Dillon, em 1935. Além da família Dillon (atual proprietária), seus administradores também fazem parte da história deste mítico Château.
A vinícola defende que, se hoje os vinhos do Château Haut-Brion são famosos em todo o mundo, eles devem-no, é claro, ao ecossistema particular de seu terroir, mas também à sucessão de profissionais apaixonados que conquistaram um know how único para a produção de vinhos
A família Delmas dirige o CHB desde 1923, tempos do proprietário André Gibert. Georges Delmas viveu no local entre 1923 e 1961. Seu filho, Jean Bernard Delmas, começou sua administração na gloriosa safra de 1961 e passou a direção ao seu filho, Jean-Philippe Delmas, em 2004. Haut-Brion tem cerca de 51 hectares de vinhedos, sendo aproximadamente 48 plantados com uvas tintas (Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Petit Verdot) e quase 3 hectares são dedicados às castas brancas (Sémillon e Sauvignon).
A biblioteca do Château Haut-Brion é uma joia. No seu acervo com mais de mil obras, há livros anytiquíssimos, muitos sobre vinhos e gastronomia. A mais antiga, de 1516, foi escrita em latim pelo poeta napolitano Francesco Mario Grapaldi
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