O Tribunal de Bordeaux condenou a marca Petrus Lambertini por fraude e danos à reputação. A empresa afirma que irá recorrer.
Paula Daidone Publicado em 18/05/2023, às 08h00 - Atualizado às 13h30
Desde o registro da marca francesa Coureau & Coureau Petrus Lambertini Major Burdegalensis 1208, também conhecida como Petrus Lambertini, em 2010, o Chatêau Petrus não perdeu um meio de se opor ao que considera ser o uso abusivo e ilegal de sua marca . No último dia 16 de maio, o Tribunal de Justiça de Bordeaux deu sentença a favor do chateau de Pomerol.
A Primeira Câmara Cível entendeu que a Petrus Lambertini trata-se de uma marca parasitária, causadora de fraudes e dano à reputação da marca Petrus pertencente à família Moueix. Declarando a nulidade da marca Coureau & Coureau Petrus Lambertini Major Burdegalensis 1208. O tribunal condenou os proprietários da Petrus Lambertini a pesadas multas em favor da Petrus: 500.000 euros por danos morais e 680.000 euros pelo lucro obtido.
A defesa de Coureau contestou a sentença, alegando que o montante em dinheiro ultrapassa o lucro obtido com a marca, e já declararam que irão recorrer. Os irmãos Coureau afirmam que o nome faz referência ao primeiro prefeito de Bordeaux (Petrus Lambertini, que assumiu o cargo em 1208) e não ao Château de Pomerol e afirmam que as características do vinho são distintas ao de Pomerol. O Petrus Lambertini é elaborado a partir de blend de Côtes de Bordeaux e vendido por cerca de 15 euros a garrafa, enquanto o Château Petrus é um varietal de Merlot produzido em Pomerol e que chega a custar seis mil euros.