Néctar das Oliveiras

Redação Publicado em 18/04/2006, às 12h09 - Atualizado em 27/07/2013, às 13h43

Extremamente saboroso, indispensável na cozinha, faz muito bem para a saúde e de quebra, é receita de beleza. Sabe do que estou falando? É sobre o azeite, uma gordura líquida extraída do fruto da oliveira e consumida nas mesas de todo o mundo.

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Você sabia que para extrair 1 litro de azeite são necessários, em média, 5 a 6 kg de azeitonas? E que em média, uma oliveira dá 20 kg de azeitonas? Só para se ter uma noção, entre os anos de 1999 e 2000, Portugal produziu cerca de 50.000 toneladas de azeite. Dá para imaginar quantas oliveiras foram necessárias para atender essa produção? Cerca de 2,5 milhões de pés de oliveiras. Atualmente, cerca de 95% da superfície de plantações de oliveira mundial está concentrada na Bacia Mediterrânea, sendo que os países produtores da União Européia (Espanha, Itália, França, Grécia e Portugal) são responsáveis por 73% da produção no mundo.

Em Portugal, as primeiras manifestações de importância para a cultura da oliveira, aparecem nas províncias da Estremadura e Alentejo. Resistente à seca, de fácil adaptação aos terrenos pedregosos, a oliveira enfrentou a nova verdade dos mercados seletivos e deixou de ser simplesmente o azeite do diaa- dia, para assumir seu berço de origem e tera sua própria identidade.

A importância do azeite na economia do país foi tanta, que em 1976, Portugal criou a Associação dos Armazenistas, Refinadores e Exportadores de Azeite (AREA), que desde 1994, tornou-se A Casa do Azeite - Associação do Azeite de Portugal, constituída para defesa e promoção do famoso Azeite de Marca.

Entre os mercados de destino das exportações nacionais, destaca-se o mercado brasileiro que absorve cerca de 63% do total das exportações nacionais de azeite, fazendo com que este produto seja igualmente o produto português mais exportado para os brasileiros.


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É bom e faz bem a saúde!
O Azeite é muito apreciado desde a antiguidade pelo seu valor gastronômico, pelas suas características químicas, biológicas, mas também porque as suas propriedades preventivas e terapêuticas fazem dele uma gordura absolutamente insubstituível.

Na antiga Grécia, a oliveira era considerada símbolo de sabedoria, paz, abundância e glória. As mulheres, quando queriam engravidar passavam longos períodos na sombra das oliveiras. Mas sua importância não é grandiosa só na mitologia grega.

Estudos realizados provaram que países, onde a dieta é tradicionalmente rica em azeite, têm uma incidência muito menor de doenças cardiovasculares em comparação com aqueles onde se verifica um consumo elevado de gorduras de origem animal. O azeite é uma gordura do tipo monosaturada, rica em vitamina E e outros antioxidantes naturais, que ajudam o nosso organismo a defender-se dos "radicais livres" responsáveis pelo envelhecimento celular, prevenindo os efeitos nocivos da idade sobre as funções cerebrais e o envelhecimento dos tecidos e órgãos em geral.

Além disso, especialistas apostam no azeite como um grande aliado à beleza. Não é difícil encontrar nas prateleiras uma gama de produtos tendo o azeite de oliva como matéria-prima. Loções e cremes hidratantes, condicionador, xampu, sabonetes, todos elaborados com extratos de folha e frutos de oliveira prometem combater o ressecamento de pele e cabelos.

Vinhas e oliveiras
Assim como os vinhos, os azeites são objetos de degustações entre profissionais ou apreciadores, que definem as características e a personalidade de cada produto. O ritual lembra o do vinho, principalmente nos quesitos paladar e olfato. Os aromas provenientes dos azeites são classificados em positivo e negativo. Entre os positivos, você consegue perceber notas de banana, maçã e folhas verdes, por exemplo. Já nos aromas negativos, você pode se deparar com desagradáveis notas de mofo e ranço. Na hora de degustar, agradáveis sabores amendoados e um leve toque picante podem aparecer. Em contrapartida, há sabores negativos como o de podridão e avinagrado.

O Azeite deve ser armazenado em recipientes de vidro, de preferência escuros, ou em recipientes de folha de flandres ou de aço inox. Deve ser mantido em local fresco, sem luz e longe de produtos com cheiros intensos para evitar que os absorva, como numa adega.

O azeite, ao contrário do vinho, não melhora com o tempo, o ideal é consumi-lo o quanto antes. Quando bem acondicionado, pode conservar-se sem alteração das suas características, durante 18 meses a partir da sua extração.

* Fonte: www.casadoazeite.pt