Menos de seis meses depois de vender garrafas raras para levantar dinheiro e renovar a adega presidencial, governo francês pretende gastar apenas 10% do que foi arrecadado com novos vinhos
Redação Publicado em 23/10/2013, às 09h05 - Atualizado em 03/12/2014, às 08h04
Em maio, o governo francês colocou à venda 1.200 garrafas de vinho de sua adega, entre elas, rótulos como Pétrus, Latour e outros tantos. A venda foi feita para “renovar a adega, que deveria se autofinanciar”. Na ocasião, o leilão alcançou mais de 500 mil euros.
Agora, menos de seis meses depois, o governo francês vai às compras e decidiu gastar apenas 10% do valor arrecadado para renovar a coleção. O presidente François Hollande busca vinhos do Languedoc, Alsácia e Gasconha (cujos preços costumam ser mais convidativos que os de Bordeaux, Borgonha e Champagne, por exemplo). “O dinheiro da venda será investido em vinhos mais modestos e o equilíbrio vai voltar ao orçamento governamental”, disse uma assessora.
A sommeliere do governo, Virginie Routis disse que a adega presidencial consiste de 30% Grands Crus e 30% de bons vinhos. Os 40% restantes devem ser reservados para “produtores que merecem ser melhor conhecidos”. “Não podemos mais colocar garrafas que custam 2 ou 3 mil euros na mesa”, apontou.