Estudo quer possibilitar uma melhoria no processo de cruzamento das uvas e, consequentemente, a criação de sabores regionais
Redação Publicado em 30/06/2014, às 08h00 - Atualizado em 03/12/2014, às 08h04
Pesquisadores australianos estão analisando os genomas de diferentes uvas para ver como a composição do DNA da vinha afeta o sabor dos vinhos, assim como para tornar mais rápido o processo de seleção colonal.
Para os cientistas da University of Western Australia e do West Australian Department of Agriculture and Food, a pesquisa pode ajudar os produtores a compreenderem melhor suas vinhas, assim como possibilitar a criação de exemplares com claras diferenças de sabor dependendo da região.
De acordo com o diretor sênior da pesquisa, Glynn Ward, o estudo será útil na seleção das videiras e na melhoria do processo de cruzamento. “Por causa da variabilidade natural, você pode descobrir que algumas vinhas têm melhor desempenho do que outras em um mesmo terreno”, explicou. Com isso, pela primeira vez a indústria de vinho poderá indentificar clones diferentes, tendo um "benchmark" do que escolher e, assim, acelerar o processo de seleção clonal.
"Se voltarmos no tempo nas populações de videiras e encontrarmos plantas ainda melhores dentro dos grupos, em vez de um processo demorado, que geralmente leva anos, ter um indicador faz com que o processo seja muito mais acelerado", disse Ward, lembrando que, hoje, pode-se mapear genomas em uma semana e por custos bem mais baixos do que antigamente.