Redação Publicado em 18/09/2012, às 10h08 - Atualizado em 27/07/2013, às 13h48
Uma semana depois do anuncio da nova classificação de St. Emilion, a comissão começa a receber reclamações de produtores insatisfeitos. Pierre Carle do Château Chateau Croque Michotte, que se recusou a mudar sua classificação de Grand Cru para Grand Cru Classé, está ameaçando abrir um processo contra o INAO, alegando que o julgamento foi inconsistente, com conclusões contraditórias.
Outra reclamação, não só dele, é que os viticultores não tiveram o direito de decidir os critérios usados na avaliação, e que só tomaram conhecimento deles em 8 de junho, quando a INAO enviou cartas avisando quem havia sido reprovado. "Quando descobri que não havíamos sido aceitos, fiquei muito bravo", disse Carle. "Nós investimos tanto nos últimos anos, tudo com a intenção de conseguir essa classificação. Mas ficou óbvio que a metodologia usada não é transparente". Uma das maiores preocupações é o efeito que não-classificação pode ter nas vendas, ele acredita que pode haver uma queda de 30%.
Franck Binard, diretor do Conseil des Vins de Saint Emilion, se defende: "todos os vinhos foram submetidos às mesmas avaliações, todos os châteaux que não atingiram a nota necessária para entrar na classificação, receberam uma carta que lhe dava a oportunidade de se defender, e ganhar pontos perdidos durante o processo, se isso for justo"
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