Diante do aquecimento global, a indústria vinícola provençal está mudando de rumo
Glaucia Balbachan Publicado em 30/01/2022, às 08h00
Projeto único prevê grandes mudanças até 2030
Viticultores independentes, vinícolas cooperativas e empresas comerciais da região francesa de Provence concordaram em colocar suas práticas sob o microscópio, desde a gestão de suas videiras até a colocação no mercado de seus vinhos, como parte do projeto EnViProv.
"A quantidade de combustível, pesticidas, consumo de água, embalagens de vinho ou emissões geradas durante o transporte de garrafas move a análise do ciclo de vida que estamos realizando em parceria com a Câmara de Agricultura do VAR e com o Instituto Francês de Videira e Vinho (IFV), que levará a uma avaliação de 360 graus de nossas práticas", explica Eric Pastorino, Presidente do Conselho Interprofissional de Vinhos da Provença (CIVP).
"O objetivo é motivar todo o setor a reduzir seus impactos e manter a qualidade de seus vinhos. Com o objetivo de uma certificação coletiva de Alto Valor Ambiental (HVE) e vinhedos orgânicos até 2030, em um território já certificado HVE em 40%", continua.
Único projeto de vinho validado como parte do Plano de Recuperação Agropecuária, o EnViProv reúne a expertise do IFV, da Câmara de Agricultura do VAR, do sindicato dos produtores da Côtes-de-Provence, mas também do Centro Rosé e do Aglomerado Provence Rosé. Um programa ambicioso que levará a soluções e medidas corretivas aplicáveis a partir de 2023.
"É também com isso em mente que o Centro Rosé, com seu projeto EDGARR (Exploração da Seleção Genômica para Acelerar a Criação de Variedades Resistentes e Qualitativas para o Setor de Vinhos Rosé) lançado em 2014, está trabalhando para criar variedades de uvas a partir de cruzamentos, resistentes a doenças e secas para reduzir o uso de produtos fitossanitários", explica Brice Eymard, diretora do CIVP.
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