Quebrando Paradigmas

Muito se discute sobre conservação de charutos. As mais bizarras formas de se tentar manter este nobre bem conservado são sugeridas e, na grande maioria das vezes, tornam-se quase uma lenda urbana. Entre elas estão a colocação de charutos em um banheiro repleto de aromas de sabonetes e shampoos, simplesmente por ser um ambiente úmido, ou no closet e guarda-roupas, por serem ausentes de luminosidade e também úmidos. As geladeiras são uma estrela em meio aos desavisados e as caves de vinho um atrativo à parte para os que querem conservar seus vinhos nobres e ocupar os espaços vagos com charutos que irão complementar momentos lúdicos.

Tão importante quanto escolher um grande charuto é sua conservação, que requer 65% de umidade e uma temperatura abaixo de 21ºC. Dependendo do clima, o charuto resseca em curto espaço de tempo, variando de um a quatro dias, de acordo de sua apresentação (tubo, celofane ou natural). A conservação deve ser feita com critério e cautes Os acessórios são partes fundamentais para os apreciadores la. Claro que existem as condições chamadas de último recurso, quando estes são restritos e as condições precárias.

Mas quando se fala em apreciadores de charutos, os acessórios são partes fundamentais da arte. As caixas humidoras disponíveis no mercado funcionam muito bem e seus custos variam de R$ 200,00 a R$ 6.000,00, em média, perfeitamente viáveis segundo suas categorias de volumes e acabamentos. Hoje em dia, lugares especializados dispõem de espaços em locais apropriados para armazenagem de charutos com umidade e temperatura controladas. Quem realmente se propõe a ingressar neste universo deve ponderar estes fatores, não só pelo requinte de se ter uma caixa ou um estabelecimente em que se é sócio, mas de conservar a originalidade e o padrão de um artigo artesanal nobre, precioso e de muito prazer. A conotação de um charuto é de status e luxo, porém, um produto mal armazenado pode compremeter ambas as condições para quem realmente aprecia a arte.