Consumidores de vinho tem até 40% menos chance de desenvolver adenoma hipofisário, aponta pesquisa
André De Fraia Publicado em 09/06/2022, às 13h00
Uma pesquisa concluiu que quem consome vinho tem até 40% menos chance de desenvolver um adenoma hipofisário, tumores benignos e não cancerosos que podem causar dores de cabeça, deficiência visual e outros sintomas graves quando seu crescimento pressiona os nervos próximos abaixo do cérebro.
De acordo com a American Cancer Society, mais de 10.000 adenomas hipofisários são diagnosticados a cada ano, e 1 em cada 4 pessoas pode ter tumores hipofisários não diagnosticados.
O artigo, publicado na Cancer Causes & Control e de autoria de pesquisadores da Universidade de Harvard e do Brigham and Women's Hospital, foi apoiado por dados de três estudos que totalizaram 290.000 participantes, a maioria mulheres, com idades entre 25 e 75 anos, e os dados foram coletados a cada quatro anos a partir de 1980.
De acordo com o co-autor Dr. Meir Stampfer, os resultados mostraram um risco reduzido de 30 a 40 por cento de adenoma hipofisário entre os consumidores moderados de vinho (um a dois copos por dia) em comparação com os não consumidores da bebida. Os mesmos resultados não foram indicados entre os bebedores de cerveja ou destilados.
O estudo diz ainda que a relação pode ser explicada pelo conteúdo antioxidante do vinho e as propriedades da bebida que promovem a saúde vascular, incluindo “menor risco de doenças cardiovasculares, diabetes, derrame, câncer renal e mortalidade por todas as causas”.
No entanto, devido à natureza observacional do estudo, sua demografia limitada (principalmente mulheres já no sistema de saúde), a frequência com que o adenoma hipofisário não é diagnosticado e a falta de pesquisas pré-existentes, é muito cedo para tirar conclusões.
“Nada em nosso estudo deve ser a causa de qualquer mudança de comportamento”, disse Stampfer ao portal Wine Spectator. “Principalmente, esperamos que isso lance alguma luz sobre as causas dessa condição comum. Mas os amantes do vinho podem se consolar com o fato de estarem diminuindo o risco de adenoma hipofisário”.