Pesquisa mostra que os rótulos vedados com rolhas de cortiça aumentaram mais que o dobro do que os que usam screw cap
Glaucia Balbachan Publicado em 09/11/2021, às 17h00
Vinhos com rolha de cortiça saem na frente na escolha do consumidor jovem em vez de garrafas com rolha de rosca
Um relatório encomendado pela APCOR – Associação Portuguesa de Cortiça – apresentou dados analisados os 1.500 rótulos mais vendidos no Reino Unido e constatou que os vinhos vedados com cortiça natural continuam a aumentar em comparação com aqueles fechados com tampa de rosca, a famosa screw cap.
A análise mostra um aumento de valor de 29% para garrafas com rolha de cortiça contra um aumento de 10% para vinhos com screw cap nos últimos 4 anos.
Segundo João Rui Ferreira, vice-presidente da APCOR, há um interesse inerente em optar por vinhos de tampa de cortiça, especialmente os millennials. “É um produto 100% renovável, 100% natural e 100% reciclável. As rolhas de vinho usadas viram uma segunda vida em revestimentos, roupas, sapatos e muito mais”.
As florestas de sombreiros (árvore que produz a cortiça), possuem algumas das maiores biodiversidades e agricultura sustentável da Europa, retendo até 14 milhões de toneladas de CO₂ por ano.
E esse é um cenário que não se limita à Europa.
Os vinhos do novo mundo com rolha de cortiça tiveram um aumento de 19%. A Argentina está impulsionando essa tendência com 40% dos novos vinhos mundiais com a vedação, em seguida está a Austrália com 24% de aumento e África do Sul com 16% mais rótulos vedados com cortiça.
No velho mundo a rolha de cortiça ainda é a escolhida na gigantesca maioria dos casos com 81% de participação de mercado.
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