Segundo especialistas, Geração Y vai mudar a cara do vinho no mundo

Segundo especialistas, jovens nascidos no final da década de 1970 até os anos 1990, consumem mais vinho do que a Geração X, que os precedeu

Redação Publicado em 17/10/2013, às 09h05 - Atualizado em 03/12/2014, às 08h04

O mercado norte-americano tem se focado nos consumidores jovens, especialmente na tão falada Geração Y, que representam as pessoas mais jovens a ter idade legal para beber (21 anos nos Estados Unidos). Segundo um estudo de Ronan Stafford, um analista do Canadean Wine Report, essa geração consumiram 25,7% do volume dos vinhos nos Estados Unidos em 2012.

“A Geração Y está transformando a mercado de vinho e eles querem aventura e demandam mais transparência e autenticidade dos enólgos”,diz Rowan Gormley, CEO da Nakes Wines, que acredita que um terço dos seus consumidores pertencem a esse grupo.

“Historicamente, a publicidade do vinho foi feita para gerações mais velhas, mas essa geração está mudando isso. Eles não se importa com um vinho pretencioso, eles querem algo autentico e que fale com eles. Essa é uma grande oportunidade de marketing”, diz Melissa Saunders, proprietária da importadora Communal Brands.

Geração Y representa 62 milhões de potenciais consumidores nos Estados Unidos

Segundo Chris Fehrnstrom, diretor de marketing da Constellation Brands, há 62 milhões de pessoas da Geração Y com idade legal para beber e, nos próximos dois anos, haverá mais 8 milhões. Ele diz que dos consumidores frequentes de vinho, aqueles que bebem pelo menos um vez por semana, a Geração Y representa 30%. “Eles estão adotando o vinho muito mais rapidamente do que qualquer outra geração”, diz o diretor.

Segundo os especialistas, essa geração tem outros hábitos e não dão tanto valor para os críticos de vinho na hora de escolher os rótulos que vão comprar. “Eles estão escolhendo vinhos por causa das histórias que estão por trás deles”, acredita Gormley. Ele diz ainda que esse grupo tem um poder aquisitivo menor do que o das gerações anteriores e, portanto, vão se focar em vinhos de melhor custo-benefício, e o limite seria US$ 20, mesmo nos vinhos de celebração.

Segundo Fehrnstrom, essa geração está mudando a forma de consumo, levando o vinho para lugares além da casa e do restaurante. “Mesmo em jogos de futebol ele é consumido”, diz. Além disso, avisa que os enólogos estão se adaptando ao paladar mais adocicado dessas pessoas.

Para Melissa Saunders, as embalagens também estão fadadas a mudar. Ela diz que essa geração é mais consciente ecologicamente. “Veremos mais vinhos em latas de alumínio, em caixas e outras formas inovadoras”, acredita. “Essa geração quer saber a história do vinho. Você vai ver garrafas com muito mais informações”, finaliza.

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