Redação Publicado em 28/10/2011, às 11h21 - Atualizado em 27/07/2013, às 13h48
O selo de controle fiscal nos vinhos importados comercializados no Brasil deixará o preço do produto 15% mais caro para o consumidor.
"O selo visa aperfeiçoar o controle e possibilitar uma competição mais justa", disse superintendente da 3ª Região Fiscal da Receita Federal, Moacyr Mondard Jr. sobre a utilização do selo e a competição com o mercado nacional.
O representante da VCT, Paulo Elias, falou sobre os problemas que a colação do selo traz para as importadoras: "O problema é ter que retirar uma carga de 12 mil garrafas que vem em contêiner resfriado e ter que selar uma a uma noutra temperatura". Além disso, ele afirmou que "só o pagamento com carregamento e descarregamento gira em torno de R$ 1.500".
Elias e Bastos, outro representante da importadora em Fortaleza, destacam que a manipulação prejudica a qualidade do vinho por causa do choque de temperatura.
O representante da VCT Brasil diz que já existe atraso para entrega de cerca de sete vinhos diferentes que estão aguardando a liberação nos portos. "Essa situação tende a piorar com a chegada das festas de fim de ano", observa, defendendo a revisão da norma.
Outros empresários e especialistas também já se manifestaram contra a medida, como o proprietário da importadora Casa Flora e atual presidente da Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (ABBA), Adilson Carvalhal: "Medidas deste tipo sempre prejudicam mais os pequenos. O dono das importadoras Mistral e Vinci, Ciro Lilla, já declarou que este selo fiscal seria "o maior retrocesso que já assistimos no mundo do vinho fino no Brasil" .
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