Bernard Magrez passará a utilizar os recém-desenvolvidos drones em suas propriedades históricas para sobrevoar os vinhedos e fazer análises. Ele crê que o uso do robô voador implicará em redução de custos
Redação Publicado em 17/01/2014, às 09h02 - Atualizado em 03/12/2014, às 08h04
Apesar de ser um produto extremamente tradicional, cujos preceitos respeitam a história, o vinho também evolui. E na mais recente onda tecnológica está o produtor Bernard Magrez, que vai usar drones (veículos aéreos não tripulados) para ajudar a gerenciar suas propriedades em Bordeaux.
A tecnologia, que envolve mini-helicópteros não tripulados equipados com câmeras e outros sensores, pode ser usada para voar sobre os vinhedos medindo os danos em plantas doentes, estresse hídrico, maturação das uvas entre outros parâmetros, incluindo especificidades do solo.
Magrez vai usar os drones inicialmente nas propriedades de Pape Clement, La Tour Carnet, Fombrauge e Haut Peyraguay. Vale lembrar que o Château Luchey-Halde no Pessac Léognan testou o Scancopter 450, em maio de 2011. Além dele, diversos produtores na Califórnia e Oregon começaram a usar tecnologia similar. Os Châteaux Bouscaut e La Dauphine também usaram drones para criar vídeos aéreos de suas propriedades.
Jeanne Lacombe, diretor-técnico das propriedades de Magrez disse que um único drone, ao custo de 50 mil euros, vai começar a trabalhar em abril deste ano. “Fizemos os testes e estamos felizes com os resultados. O drone pode cobrir 1,5 hectare de vinhedo em quatro minutos, então esperamos que, em uma semana, ele cubra a propriedade toda de La Tour Carnet, que tem 120 hectares”, conta Lacombe.
Lacombe espera ainda que a adoção do drone signifique redução de mão-de-obra. “Esperamos fazer reduções significativas também em uso de fertilizantes e outros tratamentos, assim que o drone fizer as medições mais precisamente. Isso também significa diminuir o uso de tratores. No começo, usaremos controles manuais, mas, no futuro, o drone será operado por programas de computador”, conclui.