Spurrier revela algumas das belezas da comuna francesa em visita a grandes produtores
Por Steven Spurrier Publicado em 13/06/2016, às 11h00 - Atualizado às 14h16
Em visita de cinco dias à Alsácia encontrei essa bonita região vitivinícola com espírito renovado graças a uma floração bem sucedida que lhes dará uma grande colheita (depois de duas safras diminutas), o que é necessário diante do crescente aumento do reconhecimento internacional de seus vinhos.
No Reino Unido, a Alsácia costumava ser conhecida como o “vinho do negociante de vinho”, pois os comerciantes adoravam o lugar e as pessoas, compravam diversos produtos, mas encontravam dificuldade para vendê-los. Então, bebiam-nos eles mesmos.
A gama de preços é acessível e é difícil encontrar garrafa ruim na Alsácia
Hoje, porém, os principais produtores (muitos dos quais visitei) são mencionados no mesmo tom que seus colegas da Borgonha, suas melhores cuvées são tão caras quanto suas alocações. Isso posto, a Alsácia tem tantos produtores ao longo dos 170 quilômetros de rota do vinho de Estrasburgo, no norte, até Mulhouse, no sul, e mais tantas bem dirigidas cooperativas, que a gama de preço é acessível para todo mundo e é difícil encontrar uma garrafa ruim.
No lado nordeste da França, os vinhedos da Alsácia são protegidos pelas montanhas de Vosges e desfrutam praticamente da menor precipitação na França (apenas 500-600 mm ao ano), além de serem abençoados com um clima ensolarado e seco. Situadas no sopé sub-Vosges, a uma altitude entre 200 e 400 metros, as vinhas se beneficiam de soberba exposição, particularmente as plantas conduzidas ao longo dos arames altos. A geologia é um verdadeiro mosaico de solos e subsolos da era jurássica, feitos de granito, cal, gneiss, rocha vermelha vulcânica, arenito e muito mais. Há apenas uma denominação, Appellation Alsace Contrôlée, e os vinhos são reconhecidos pelas variedades de uva. Enquanto indicador de estilo, isso é um fator limitador e muitos produtores evidenciam suas propriedades nos 51 Grand Crus – que logo terá companhia de uma nova gama de Premiers Crus. A Alsácia é muito, muito mais complexa do que à primeira vista (para mais detalhes sobre a região acesse: http://tinyurl.com/docalsacia).
A primeira visita foi a Schlumberger, em Guebwiller, a mais meridional das grandes propriedades, com 140 hectares – a maioria vinhedos em socalcos do período romano e ainda hoje arados por cavalos – dos quais metade são classificados nos Grand Crus Kessler, Kitterle, Saering e Spiegel. Severine Beydon-Schlumberger mostrou o Pinot Blanc e Pinot Gris da safra 2012 e o Riesling e o Gewürztraminer de 2011 dos excelentes rótulos Les Princes Abbes indo até o Riesling Kitterle 2010 (“a melhor safra da minha carreira”), além dos Pinot Gris e Gewürztraminer Kessler e Kitterle 2008 e 2007, antes de terminar com seu benchmark, o Gewürztraminer Cuvée Christine 2008 Vendanges Tardives, um grande vinho, exótico e explosivo. Esses vinhos são incrivelmente gratificantes.
Em seguida fomos ao hotel Maison des Tetes, do século XVII, no centro histórico de Colmar (que, para a Alsácia, é como Beaune para a Borgonha). A casa se orgulha de ter uma sala de jantar com painéis do século XIX e uma carta de vinhos ligeiramente menos enciclopédica do que o renomado Auberge de L’Ill, três estrelas Michelin. Antes do jantar, naquela noite, o Conseil Interprofessionnel des vins d'Alsace apresentou uma degustação de 10 Grand Cru Riesling de produtores que não visitaríamos. Meus favoritos foram: Steinklotz (o mais setentrional dos 51 Grands Crus) 2012 Arthur Metz, Schlossberg 2012 Arthur Mann, Brand 2011 Albert Boxler e Eichberg 2010 Domaine Zinck, o que confirma novamente a grande qualidade de 2010.
Vista de Eguisheim, onde se encontra Leon Beyer, campeão do melhor estilo seco dos vinhos da Alsácia
A manhã seguinte nos viu no produtor Zind-Humbrecht, em Turkheim, uma das únicas três (os outros sendo Domaine Weinbach e Marcel Deiss – também visitados) propriedades a ganhar cinco estrelas do influente guia francês Bettane & Dessauve. Leonard Humbrecht foi uma das primeiras propriedades a se converter para o biodinamismo (todos os que visitamos são “bio”) e seu filho Olivier foi o primeiro Master of Wine francês. Dos 40 hectares em uma miríade de solos e exposições solares, sua gama de vinhos é uma montanha-russa apenas com subidas. Eles têm muito orgulho da “clássica” safra 2012 e minhas principais anotações, além do delicioso Muscat Goldert 2011, foram para o Riesling Clos Urbain Rangen de Thann (o Grand Cru mais ao sul da Alsácia), o Pinot Gris Clos Urbain Rangen de Thann e o Gewürztraminer Hengst. Estes 2012, como muitos dos vinhos de Zind-Humbrecht, tornar-se-ão itens de colecionador.
Então fomos para Josmeyer, em Wintzenheim, um dos meus produtores favoritos devido à elevada pureza e textura leve de seus vinhos. Seu Pinot Blanc mise du printemps 2013 é de uma delícia incomparável, o Riesling Le Kottabe 2011 mostrou um floral contido, o Riesling Hengst (um Grand Cru em solo calcário) 2011 tem bela estrutura e clareza para guarda, enquanto o Pinot Gris Brand 2008 seduziu com seu exotismo de “Turkish Delight” e riqueza. Um almoço leve no jardim da adega mostrou o quão bem esses vinhos vão com comida.
Zind-Humbrecht, em Turkheim. Sua gama de vinhos é uma montanha-russa apenas com subidas
Suficientemente refrescado, a visita da tarde foi a Leon Beyer, em Eguisheim, o campeão do melhor estilo seco dos vinhos da Alsácia, descrito em francês como “nerveux”, com grande potencial para envelhecer. Degustamos três 2007 – Riesling, Pinot Gris e Gewürztraminer – da linha prestigie Comtes d’Eguisheim, a maioria do Grand Cru Eichberg. Antes, provamos um ainda vigoroso Gewürztraminer 1975, e, para finalizar, a riqueza de néctar dos Riesling Vendange Tardive 1995, Gewürztraminer Selection de Grains Nobles 1998 e Pinot Gris SGN Quintessence 1994.
Nenhuma viagem à Alsácia está completa sem uma visita à Hugel (fundada em 1639 em Riquewihr) e Trimbach (fundada em 1626 na vizinhança de Ribeauville), mas, no dia seguinte, nossa primeira visita foi à Domaine Blanck, em Kientzheim, casa dos Grands Crus Schlossberg, Furstentum e Mambourg, que datam de 1575. Philippe Blanck nos levou através dos diferentes solos em seus vinhedos, incluindo três lieu-dits – Rosenbourg, Patergarten e Altenbourg – que estão prestes, como muitos outros, a ser classificados como Premier Cru, fazendo a Alsácia ainda mais parecida com a Borgonha. O Riesling Rosenbourg 2010, de solo granítico, mostrou frutas lindamente estruturadas como pedras, apenas para ser suplantado pelo magnífico Schlossberg 2010, com 20 anos pela frente, e pelo sublime Gewürztraminer Furstentum 2008, com pétala de rosa. Uma propriedade clássica.
Vinhedos do Grand Cru de Schlossberg, capaz de produzir vinhos com mais de 20 anos de guarda
Domaine Blanck, Hugel e Trimbach são visitas obrigatórias
Hugel fez o primeiro Selection de Grains Nobles da Alsácia (as regras do INAO foram estipuladas pelo tio de Etienne, Johnny)
Hugel também não precisa de introdução. Tem uvas de 30 hectares de seus vinhedos próprios e mais 100 hectares sob contrato. Etienne Hugel mostrou algumas poucas marcas registradas da família: o amável “Gentil” 2012, um blend de Riesling, Gewürztraminer, Pinot Gris e um toque de Muscat, o perfeito “vin de carafe”; então três Riesling: Hugel 2012, Jubilee (do Grand Cru Schoenenbourg) 2009 e Jubilee 2004; um suntuoso Gewürztraminer (do Grand Cru Sporen) Vendange Tardive 2007 e dois excepcionais SGNs, um 100% botrytis Pinot Gris 1999, e o primeiro SGN já feito na Alsácia (as regras do INAO foram estipuladas pelo tio de Etienne, Johnny), um – profundamente dourado, mas ainda maravilhosamente vigoroso – Gewürztraminer 1976. Para o almoço, tivemos dois Pinot Noir de clones da Borgonha plantados em 1966, um belo groselha 2009 e um profundamente concentrado 2003 daquele ano da onda de calor.
Já Trimbach é conhecida como “os grandes mestres do Riesling” e o seu 2009 Clos Ste Hune, de apenas 1,67 hectare do Grand Cru Rosacker – calcário e salpicado de fósseis –, justifica sua reputação. Apesar de o 2009 Cuvée Frederic Emile estar bastante próximo. Na verdade, a linha Trimbach começa com “Les Classiques”, vinhos varietais de uvas de 80 hectares que eles possuem sob contrato para complementar seus próprios 43 hectares. São alguns dos vinhos de melhor custo-benefício de toda a região alsaciana. A gama continua com “Vins de Reserve” para terminar no “Reserve Personnelle” e nas cuvées especiais de Vendange Tardive e SGN. A degustação dirigida por Anne Trimbach, agora viajando pelo mundo sendo a 13a geração da família, foi uma aula. Sua descrição do 2011 Gewürztraminer Classique como “disciplinado” resume o estilo do vinho de Trimbach.
Muitos dos produtores da região são adeptos da filosofia biodinâmica
Nossa visita na quarta manhã foi ao Domaine Weinbach, no histórico ex-mosteiro Clos des Capucins, em Kaysersberg, com propriedades nos Grands Crus Schlossberg, Furstentum, Mambourg e Marckrain – fazendo muito dos seus 30 hectares cultivados biodinamicamente. Conheço Colette Faller há 40 anos e essa visita foi muito triste, devido à morte recente de sua filha e enóloga, Laurence. Sua filha mais velha, Catherine, que gerencia a parte comercial, mostrou-nos 12 vinhos e minhas notas foram altíssimas. Quatro vinhos 2013 – safra descrita por Catherine como “gótica” em oposição à “flamboyant” 2011 – marcou o tom com o melhor Pinot Blanc e Muscat da viagem; e um estonteante Riesling Schlossberg. Catherine disse que o “Riesling é para o vinho branco o que o Pinot Noir é para o vinho tinto: nenhum deles pode lidar com a mediocridade”. O Pinot Gris 2012 Ste Catherine e o Gewürztraminer 2011 Cuvée Laurence foram de tirar o fôlego. A degustação terminou com o Pinot Gris 2010 Cuvée d’Or Quintessence de Grains Nobles, com uma incrível concentração e descrito simplesmente como “tarte tatin líquida” por Catherine. Domaine Weinbach representa o auge da qualidade na Alsácia.
Nossa visita da tarde foi ao Domaine Marcel Deiss, em Bergheim. O dono, Jean-Michel Deiss, é conhecido e admirado por seus pares como sendo “completamente louco”. Isso deve vir de sua enraizada crença de que é o Cru (ou o solo, subsolo e exposição do lugar) que produz o estilo do vinho, não a uva. Daí sua recusa em vinificar variedades separadamente. Para Jean-Michel, o “blend de campo” representa a verdadeira expressão e o INAO fez uma exceção para ele, mas só para ele. Sua parceira e enóloga, Marie-Helene Cristoforo, que nos ofereceu talvez a mais fascinante degustação da viagem, desconsiderou as regras administrativas que Jean-Michel derrubou: “os terroir não é limitado, as pessoas é que são”. No Mambourg Grand Cru, Deiss produz um floral e ainda concentrado vinho de todas as cinco Pinot – Blanc, Auxerrois, Beurot, Gris e Noir – plantadas numa densidade de 12.700 vinhas por hectare (contra a média local de 5 mil). Seu Grand Cru Altenberg é um blend de toda variedade de uva permitida na Alsácia, mesmo a rosada Chasselas, uma criação que Deiss descreve como “um marco na minha vida, romper com o domínio da variedade sobre o terroir sob o qual a região da Alsácia sofreu tão duramente nos últimos 100 anos”. Louco ou não, Jean-Michel Deiss merece ser ouvido.
Para Jean-Michel Deiss, o “blend de campo” representa a verdadeira expressão dos vinhos da Alsácia
Em cinco dias, pode-se apreciar um pouco dos grandes vinhos alsacianos
Naquela noite jantamos no Auberge de L’Ill, que teve três estrelas Michelin por mais de quatro décadas. Serge Dubs, o “Meilleur Sommelier du Monde”, estava lá para aconselhar sobre vinhos que complementariam a refeição da mais alta qualidade possível.
Nossa visita final, na manhã seguinte, foi ao Domaine Muré, em Rouffach, onde a família tem produzido vinho desde 1650 e tem orgulho em possuir o Clos St Landelin, de 12 hectares, cujos socalcos podem ser vistos de sua sala de degustação. Veronique Muré começou a degustação com o belo Riesling/Chardonnay Crémant d’Alsace com “zero dosage”, seguiu com o 2012 Clos St Landelin Pinot Noir, uma variedade que sempre foi plantada em seu Clos de face sul – tido como o melhor Pinot Noir da Alsácia. Do mesmo vinhedo, o Riesling 2012 e o Pinot Gris 2012 mostraram equilíbrio impecável de fruta e acidez, enquanto que o humilde Sylvaner 2010 Cuvée Oscar, nomeado em homenagem ao avô de Veronique, mostrou o que grandes terroirs podem trazer.
Minha próxima viagem para a Alsácia pode ser só depois de alguns anos, mas, enquanto isso, muitas garrafas terão sido encomendadas para minha adega.
Por Eduardo Milan
Em junho, ADEGA também esteve na Alsácia acompanhando o evento Millésime d’Alsace, uma feira de vinhos exclusivamente de produtores da região, que este ano contou com mais de 100 produtores, muitos deles adeptos da filosofia biodinâmica, bastante difundida por lá.
Durante a semana, pudemos visitar várias vinícolas e vinhedos, confirmando a impressão que tivemos em 2013: a de que a Alsácia tem um nível geral de qualidade acima média, produzindo, certamente, alguns dos melhores brancos do mundo. Além disso, tivemos a oportunidade de provar e aprovar várias safras da década de 1990 e algumas das décadas de 1980 e 1970, comprovando a tão afamada longevidade desses brancos, sejam eles secos, meio-secos, meio-doces ou doces. Durante esses dias proveitosos degustamos pouco mais de 300 vinhos e selecionamos alguns destaques:
AD 91 pontos
ADAM EMOTION CRÉMANT 2010
Jean-Baptiste Adam, Alsácia, França. Espumante Brut, elaborado pelo método tradicional, com 36 meses de autólise. Direto, fresco, muito gostoso de beber. Mineral, tem ótima textura, acidez refrescante e final persistente. EM
AD 92 pontos
ALBERT MANN PINOT GRIS GRAND CRU FURSTENTUM 2013
Domaine Albert Mann, Alsácia, França. Agradáveis notas florais envoltas por toques herbáceos, florais, de especiarias doces e de aspargos. Ótima textura, cremoso, bom equilíbrio entre acidez e doçura, mostrando um final cítrico, que traz vibração e vivacidade ao conjunto. EM
AD 90 pontos
ALBERT MANN PINOT NOIR LES SAINTES CLAIRES 2012
Domaine Albert Mann, Alsácia, França. Vinhedo de 27 anos. 95% de fermentação com grãos inteiros. Pinot Noir de ótima tipicidade, com frutas vermelhas mais frescas, notas herbáceas, florais e especiadas. No palato, tem mais austeridade e profundidade, tudo envolto por um caráter frutado e de acidez refrescante. EM
AD 92 pontos
BARMÈS BUECHER RIESLING GRAND CRU STEINGRUBLER 2011
Barmès Buecher, Alsácia, França. Frutas brancas e cítricas maduras, com notas florais e minerais. Mostra ótimo frescor e bom volume, além de final profundo e persistente. Consegue ser intenso e delicado ao mesmo tempo. EM
AD 93 pontos
ALBERT BOXLER RIESLING GRAND CRU SOMMERBERG
CUVÉE D 2012
Albert Boxler, Alsácia, França. Mostra um estilo que privilegia mais volume e textura quase cremosa, porém equilibrada por uma acidez refrescante, que traz vibração e intensidade. O final é persistente e cheio de notas minerais. EM
AD 92 pontos
BOTT FRÈRES RIESLING GRAND CRU KIRCHBERG 2010
Bott Frères, Alsácia, França. 2010 foi uma das melhores safras de todos os tempos na Alsácia, um ano mais frio, que transmite isso a esse branco “afiado”, longo e profundo. Mostra ótima tipicidade e o caráter mineral associado a uma nota mais salina, tão característica deste Grand Cru. EM
AD 93 pontos
BOTT-GEYL PINOT GRIS SONNENGLANZ GRAND CRU 2000
Domaine Bott-Geyl, Alsácia, França. Pequeno produtor biodinâmico elabora este Pinot Gris a partir de uvas advindas do Grand Cru Sonnenglanz, de solo predominantemente argilo-calcário. Cremoso, muito mineral, apresenta ótimo volume de boca, tudo equilibrado por uma acidez refrescante. Em plena forma. EM
AD 98 pontos
DOMAINE WEINBACH PINOT GRIS ALTENBOURG
QUINTESSENCE DE GRAINS NOBLES 2010 CUVÉE D’OR
Domaine Weinbach, Alsácia, França. Segundo Catherine Faller este branco é um fragmento da eternidade. Excepcional equilíbrio entre acidez e doçura, tudo num contexto de ótimo volume de boca, textura sedosa e final muito persistente. Obrigatório para se entender a dimensão, profundidade e a finesse que um vinho doce pode atingir. Sublime. EM
AD 92 pontos
DOMAINE WEINBACH PINOT GRIS
CUVÉE STE. CATHERINE 2013
Domaine Weinbach, Alsácia, França. As uvas deste branco vem do Grand Cru Marckeim. Ótimo equilíbrio entre acidez e doçura. Vivo, vibrante, com ótima textura e final persistente e suculento. EM
AD 93 pontos
DOMAINE WEINBACH RIESLING
GRAND CRU SCHLOSSBERG CUVÉE STE. CATHERINE 2013
Domaine Weinbach, Alsácia, França. Segundo a proprietária, Catherine Faller, 2013 teve semelhanças com 2008 e 2010. Super fresco, estruturado, elegante, cheio de toques minerais, de frutas brancas e de caroço. Untuoso, com agradável final salino e de casca de limão, muito persistente. EM
AD 93 pontos
DOPFF AU MOULIN GEWÜRZTRAMINER GRAND CRU SPOREN 1996
Dopff au Moulin, Alsácia, França. Mostra uma curiosa nota defumada e vegetal, além de toques de frutos secos, terrosos, depois aparecem ervas maceradas como arruda e erva-cidreira. Complexo também na boca, esbanjando tipicidade e equilíbrio, com ótimos volume e persistência. EM
AD 92 pontos
DOPFF AU MOULIN RIESLING GRAND CRU SCHOENENBOURG 1996
Dopff au Moulin, Alsácia, França. Mostra um curioso caráter terroso, envolto por notas especiadas, de frutos secos e de flores. Ainda melhor na boca que no nariz, muito vivo, com acidez vibrante e final persistente e mineral. EM
AD 92 pontos
Gustave Lorentz RIESLING
GRAND CRU ALTENBERG DE BERGHEIM 1976
Gustave Lorentz, Alsácia, França. Incrível textura e vivacidade, não aparentando os quase 40 anos. Ótima acidez e volume, mostrando no final de boca sua evolução. Cremoso, tem boa textura e final longo. EM
AD 92 pontos
HANSMANN SYLVANER GRAND CRU ZOTZEMBERG 2008
Hansmann Bernard et Frederic, Alsácia, França. Desde 2006, Zotzemberg é o único vinhedo da Alsácia em que a Sylvaner pode ostentar o status de Grand Cru. A vinícola possui uma pequena parcela de apenas 0,2 hectares de solo predominantemente calcário em Zotzemberg, de onde vem as uvas Sylvaner para elaborar este branco fresco, estruturado, com ótima textura e volume de boca. EM
AD 92 pontos
HENRY FUCHS RIESLING GRAND CRU KIRCHBERG 2012
Henry Fuchs, Alsácia, França. Num estilo mais pungente e vertical, mostrando notas de frutas cítricas e de caroço, além de toques florais. Tem mais volume e mineralidade, tudo num contexto de acidez vibrante. EM
AD 92 pontos
HUGEL GEWÜRZTRAMINER VENDANGES TARDIVES 2007
Hugel et Fils, Alsácia, França. Em geral, Hugel produz ótimos Gewürz, inclusive este, cheio de tipicidade, notas de tangerina, de flores, de especiarias e de mel. Muito equilibrado, mostrando acidez vibrante, que traz vibração ao conjunto. EM
AD 91 pontos
JEAN-BAPTISTE ADAM RIESLING GC KAEFFERKOPF 2010
Jean-Baptiste Adam, Alsácia, França. Fresco, tem ótima acidez e textura. Frutas cítricas, depois uma nota defumada aparecem com mais tempo na taça. Vibrante, mineral, intenso. Puro, limpo, muito agradável, com final persistente e ótimas textura e volume de boca. EM
AD 93 pontos
JEAN-MARIE HAAG RIESLING GRAND CRU ZINNKOEPFLE 2010
Jean-Marie Haag, Alsácia, França. Complexo, mostra notas de frutas cítricas envoltos por traços especiados e minerais. Mas, é na boca que merece atenção, com seu ótimo volume, textura sedosa e perfeito equilíbrio entre intensidade, vibração e concentração. EM
AD 92 pontos
JEAN-PAUL SCHMITT RIESLING RITTERSBERG
RÉSERVE PERSONNELLE 2010
Domaine Jean-Paul Schmitt, Alsácia, França. Os aromas lembram frutas cítricas e brancas de caroço maduras, bem como toques florais, especiados e minerais. No palato, é um branco cristalino, esbanjando frescor, textura e volume de boca. O final é persistente, com um agradável toque salino. Um típico Riesling de solo granítico. EM
AD 94 pontos
JEAN SIPP RIESLING GRAND CRU KIRCHBERG 1985
Jean Sipp, Alsácia, França. Chama a atenção pela textura do conjunto, mostra ótima acidez e cremosidade, com toques tostados, de mel e de especiarias doces. No final, apresenta este mesmo toque salino. Super mineral. Muito fresco e vivo, com quase 30 anos. EM
AD 93 pontos
JEAN SIPP RIESLING GRAND CRU KIRCHBERG 2004
Jean Sipp, Alsácia, França. Alguns anos de garrafa fizeram muito bem a este branco. Notas de erva-doce, frutos secos, maçã em compota, além de toques de botrytis, que trazem complexidade ao conjunto. Fino, delicado, com acidez e doçura em perfeito equilíbrio. EM
AD 92 pontos
JEAN SIPP RIESLING GRAND CRU KIRCHBERG 2010
Jean Sipp, Alsácia, França. Num estilo que privilegia mais complexidade e elegância na boca. Tem ótima textura e uma salinidade agradável no final. Bom volume, cheio de frutas cítricas. Vibrante. EM
AD 91 pontos
JOSMEYER PINOT AUXERROIS VIEILLES VIGNES H 2010
Josmeyer, Alsácia, França. Vem de vinhas velhas de Hengst. Cheio de frutas brancas e de caroço maduras, com notas florais e minerais. Redondo, tem ótima acidez e textura. Cheio de vibração. Complexo. Abundante em frescor e persistência, com final de frutas cítricas. EM
AD 94 pontos
JOSMEYER RIESLING GRAND CRU HENGST 1993
Josmeyer, Alsácia, França. Ainda muito vivo e incrivelmente jovem, apesar dos 20 anos. Mostra muitas frutas brancas, como pêssegos em compota, tudo num contexto de mineralidade e vibrante acidez. EM
AD 94 pontos
LOUIS SIPP RIESLING GRAND CRU KIRCHBERG 1973
Louis Sipp, Alsácia, França. Cheio de especiarias como tomilho e cominho, notas defumadas, terrosas e florais. Sedoso, intenso, tem ótimo volume, tudo num contexto de elegância e finesse. Perdeu um pouco da vibração e intensidade, mas ganhou muito em cremosidade, textura e persistência. EM
AD 93 pontos
LOUIS SIPP RIESLING GRAND CRU KIRCHBERG 1990
Louis Sipp, Alsácia, França. Aqui o mel é dominante, mostra também frutas brancas em compota, frutos secos, especiarias, chá e toques de cogumelos. Mais austero, com menos fruta, com caráter mineral e salino, que trazem vivacidade e frescor ao conjunto. EM
AD 93 pontos
LOUIS SIPP RIESLING GRAND CRU KIRCHBERG 2001
Louis Sipp, Alsácia, França. Super vivo, não mostra que é de 2001. Apresenta notas de maçãs em compota, casca de frutas cítricas, frutos secos e damasco. Persistente e elegante. EM
AD 92 pontos
LOUIS SIPP RIESLING GRAND CRU KIRCHBERG 2010
Louis Sipp, Alsácia, França. Num estilo mais floral e delicado, cheio de notas minerais. Mais longo, “afiado”, com menos volume, mas cheio de frescor e de intensidade, com toques salinos e de limão cativantes no final. EM
AD 95 pontos
MARCEL DEISS GRAND CRU SCHOENENBOURG 1994
Domaine Marcel Deiss, Alsácia, França. Aqui há uma maior porcentagem de Riesling. Branco de ótima textura, estruturado, tem boa acidez, com ótimo volume de boca e final gordo e profundo. Sofisticado, aparentemente simples, mas cheio de complexidade. Puro. EM
AD 93 pontos
MARCEL DEISS GRAND CRU SCHOENENBOURG 2010
Domaine Marcel Deiss, Alsácia, França. Segundo o produtor, o solo de onde vem as uvas para este vinho tem grande quantidade de SO2, o que faz naturalmente com que o vinho resista à oxidação. Muito fino, mineral, num estilo mais magro, com mais acidez, mas também profundidade, mantendo a forma de construção do produtor, fundada em estrutura e potência, sempre com ótima textura. EM
AD 93 pontos
PAUL BLANCK RIESLING GRAND CRU FURSTENTUM 1993
Domaine Paul Blanck, Alsácia, França. Defumado, mineral, com toques herbáceos e de pólvora. Mais cheio, com bom volume e acidez crocante. Gostoso de beber, muito vivo ainda, chamando atenção pela textura e pela finesse. EM
AD 92 pontos
PIERRE FRICK SYLVANER BERGWEINGARTEN 2008
Domaine Pierre Frick, Alsácia, França. Untuoso, estruturado, mostrando ótimo equilíbrio e acidez refrescante, chamando a atenção pela volume e pela textura. Um ótimo exemplo do potencial dessa variedade. EM
AD 92 pontos
ROLLY-GASSMANN RIESLING KAPPELWEG DE RORSCHWIHR VENDANGES TARDIVES 2000
Rolly-Gassmann, Alsácia, França. Aqui aparecem as notas minerais envoltas por notas de frutas brancas maduras e em compota. Tudo num contexto de elegância, equilíbrio e textura. Ótima tipicidade e frescor, com toques de mel e de flores no final. EM
AD 91 pontos
TROIS CHATEAU PINOT NOIR 2011
Kuentz-Bas, Alsácia, França. As uvas vêm de dois vinhedos de alta densidade. Chama a atenção pela qualidade da fruta mostrada tanto no nariz quanto na boca. Mostra bom equilíbrio entre frescor e as notas de cerejas maduras, tudo num contexto de textura sedosa de taninos e final persistente. EM
AD 90 pontos
TROIS CHATEAU SYLVANER 2011
Kuentz-Bas, Alsácia, França. Bom exemplar dessa variedade, que vem de um vinhedo de mais de 70 anos. Mostra frutas brancas e de caroço maduras, com notas minerais e especiadas. No palato, tem boa acidez, é cheio, untuoso e equilibrado. EM
AD 94 pontos
Zind-Humbrecht GEWÜRZTRAMINER GRAND CRU HENGST 2007
Domaine Zind-Humbrecht, Alsácia, França. Os aromas de frutas brancas e de caroço estão envolvidos por notas especiadas, defumadas e de jasmim. No palato, é equilibrado, estruturado, mostrando ótima harmonia, conseguindo ser potente, cheio e profundo, tudo num contexto de complexidade e intensidade. EM
AD 93 pontos
Zind-Humbrecht PINOT GRIS CLOS ST. URBAIN 2001
Domaine Zind-Humbrecht, Alsácia, França. Puro pêssego tanto no nariz quanto na boca. Chama a atenção pelo equilíbrio do conjunto e pela textura untuosa. Mineral e elegante, é gordo e profundo ao mesmo tempo. EM