Vinícolas italianas firmam acordo com gigante chinesa de e-commerce

O projeto pretende aumentar em € 2,1 bilhões o lucro de exportações do vinho do país europeu

Redação Publicado em 15/04/2016, às 18h00 - Atualizado às 20h31

Um acordo para promover os vinhos italianos na China foi anunciado, nesta semana, em uma conferência organizada em Verona pelo primeiro-ministro italiano Matteo Renzi e Jack Ma, fundador da loja on-line Alibaba e um dos empresários mais influentes da Ásia.

Primeiro-ministro italiano em jantar com Jack Ma

Ma afirmou que o esforço conjunto tem o potencial de aumentar o desempenho dos vinhos da Itália em solo chinês em até 72% no futuro. "O site Alibaba quer ser a porta de entrada da China para as vinícolas italianas", disse Jack para os 600 participantes da 50º edição da feira de vinhos Vinitaly.

Atualmente a Itália é o maior produtor mundial de vinho, porém sua indústria é muito mais dispersa e fragmentada. Com quase 55 mil produtores da bebida no país, 85% exportam menos de 10 mil garrafas, segundo Denis Pantini da casa Nomisma. As vinícolas que participarão das vendas online ainda não foram divulgadas.

A venda dos vinhos do país mediterrâneo para a Ásia reduziram significativamente em 2015, registrando uma queda de 10%, segundo dados do banco de investimento Mediobanca. A indústria de vinhos italianos quer chegar à marca de € 7,5 bilhões em exportações em 2020, bem acima dos € 5,4 bilhões atuais.

"A Itália perdeu muitas oportunidades no setor de e-commerce. A única maneira para as pequenas empresas se tornarem concorrentes globais é partindo para o mundo digital", disse Matteo Renzi.