Caderno de avaliação de Adega
por Redação
ESPUMANTES
93 pontos
ARMAND DE BRIGNAC BRUT GOLD
Cattier, Champagne, França (Interfood R$ 1.567). A Maison Cattier criou esta Cuvée Prestige em 2006. Elaborada em partes iguais de uvas Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier advindas somente de vinhedos Grand e Premier Cru, com pelo menos 36 meses sobre as leveduras. Apresenta linda cor amarelo-palha de reflexos esverdeados e perlage fino e intenso. Os aromas são complexos e remetem a frutas brancas maduras, bem como notas florais, tostadas e de especiarias, além de toques minerais, herbáceos e de frutos secos. No palato, é frutado, fresco, equilibrado, sedoso, muito elegante e refinado, mostrando ótima cremosidade, boa acidez e final longo e persistente. Versátil, pode ser bebido sozinho ou na companhia de frutos do mar e carnes brancas em geral. EM
87 pontos
CAVE PERICÓ BRUT 2010
Vinícola Pericó, São Joaquim, Brasil (R$ 35). Elaborado a partir de uvas provenientes de um vinhedo que se encontra a 1.300 metros acima do nível do mar, este espumante apresenta um blend de uvas diferente do convencional. Leva 40% de Cabernet Sauvignon, 28% de Merlot e 32% de Chardonnay. A fermentação ocorre em tanques de aço e o espumante fica em contato com as leveduras durante dois meses, o que confere algumas características perceptíveis na taça, tais como viscosidade, cremosidade e aromas de panificação. Sua cor é amarelo-palha de média intensidade, perlage bem fino e delicado. Outros aromas frutados, principalmente de frutas brancas, exalam da taça. Persistência longa e marcante. Acompanha bem risotos de queijos leves. VS
94 pontos
LA GRANDE DAME BRUT 1998
Veuve Clicquot Ponsardin, Champagne, França (LVMH R$ 670). Foi degustado ao lado de seu irmão mais novo, o La Grande Dame 2004. Este 1998 estava sublime, com a fruta (maçãs e peras) madura muito presente, desprendendo ainda da taça um generoso volume de fermento nos aromas (pão/brioche). O conjunto do buquê é estonteante. Tem um sutil hint cítrico. No palato, é de corpo médio, mas com um excelente e persistente final. Sua mineralidade lhe concede ainda mais elegância. Foi degustado pela última vez em junho de 2008. Esses quase quatro anos fizeram muito bem a esse excepcional Champagne. Muito consistente, notando-se claramente a evolução que um grande Vintage desenvolve em garrafa. Consumo 2012/2020. LGB
94 pontos
LA GRANDE DAME BRUT 2004
Veuve Clicquot Ponsardin, Champagne, França (LVMH R$ 670). Muito mais fino e menos potente que seu irmão, o La Grande Dame 1998. Nota-se que, além da mudança de estilo do enólogo, 2004 foi uma safra que produziu Champagnes mais elegantes, delicados e repletos de finesse. Este é o caso desse grandíssimo exemplar. Por ser jovem demais, as frutas estão ainda em fase de evolução e transformação em garrafa. O peso dos toques de fermento também está no limite inferior. Em boca, é eletrizante, com uma acidez deliciosa. Em termos de elegância, é superior ao irmão mais velho. Um Champagne para guarda. Quando alcançar sua maturidade estará no mesmo nível dos esplendorosos La Grande Dame 1996 e 1998. Consumo 2014/2026. LGB
87 pontos
ORTIGÃO BRUT
Quinta do Ortigão, Anadia, Portugal (Adega Alentejana R$ 58). Em 1893, Justino Sampaio Alegre, bisavô de Pedro Alegre, atual proprietário da Quinta do Ortigão, percebendo a aptidão das uvas brancas da Bairrada, introduziu em Portugal o método clássico de produção de vinhos espumantes e produziu o primeiro espumante português. Seguindo seu exemplo, a família vem se dedicando à elaboração de vinhos espumantes de alta qualidade há quatro gerações. Este espumante de cor amarelo-dourado com perlage fino e persistente e elaborado com cepas da região é um bom exemplo disso. No nariz, traz todo aroma de frutas secas com toque de herbáceo. A acidez média é bem equilibrada com seu corpo. Persistência média. HSK
87 pontos
PONTO NERO BRUT
Domno do Brasil, Garibaldi, Brasil (R$ 36). Bela coloração amarelo-claro com perlage profuso e delicado. Os aromas são frutados como frutas cítricas e há um fundo de tostado discreto, mas presente. O volume em boca é muito bom para um espumante feito pelo método Charmat. Final médio a longo que deixa a boca limpa e fresca. Tem 12% de álcool. SMR
87 pontos
SANTA AUGUSTA BRUT
Vinícola Santa Augusta, Videira, Brasil (R$ 34). O corte deste espumante catarinense leva 54% de Cabernet Sauvignon, 16% de Merlot e 30% de Chardonnay e é feito pelo método Charmat, o que lhe garante muita leveza e frescor. Belas borbulhas finas e persistentes. Seus aromas lembram frutas brancas, com mais acento nas peras verdes. Boa acidez e persistência, com fundo de boca em que a Cabernet Sauvignon deixa seu rastro. Excelente aperitivo com canapés e sanduíches. Tem 13% de álcool. SMR
89 pontos
BELLAVISTA ESTATE SAUVIGNON BLANC 2012
Miolo Wine Group, Campanha, Brasil (R$ 51). Este branco é elaborado com 100% de cepas Sauvignon Blanc da região de Campanha. Apresenta cor amarelo-palha limpa e brilhante, é muito atrativo. No nariz, traz todo aroma de frutas cítricas bem frescas que desperta o olfato. Na boca, acompanhado de sabores de frutas cítricas, a alta acidez traz frescor, obrigando você a salivar cada vez mais. Sua longa persistência faz você buscar mais uma taça. Muito aromático e saboroso, é um ótimo exemplar de Sauvignon Blanc brasileiro para brigar de igual para igual com os outros exemplares do Novo Mundo. Harmoniza com salada e peixes brancos. HSK
87 pontos
CHÂTEAU DE LA MALLEVIEILLE 2009
Château de la Mallevieille, Bordeaux, França (Everest R$ 45). Vinho muito leve e fresco, típico Sauvignon Blanc, com apenas 10% de Sémillon, apresenta um delicado e discreto aroma de frutas brancas e grama recémcortada. A elegância do aroma perpetua na boca e se une à sutileza dos sabores de frutas tropicais e alguns toques minerais. A acidez aparece timidamente e contribui para um equilíbrio perfeito de todos os elementos do vinho. O retrogosto é muito agradável e abre o apetite para os pratos leves, saladas, frutas do mar e peixes em geral. Está pronto, fresco e delicioso. VS
89 pontos
CONO SUR 20 BARRELS SAUVIGNON BLANC 2009
Viña Cono Sur, Vale de Casablanca, Chile (Brown Forman R$ 95). Garrafas numeradas, produção limitada, com separação de vinhedo único em El Centinela, uma das áreas mais importantes de produção de uvas da Cono Sur. Tudo isso resulta num vinho ao qual não se pode ficar indiferente, com aromas muito típicos da cepa, como arruda, sálvia e romãs. Não busca o lado delicado e sutil, e sim a intensidade, que agrada muito quem aprecia um Sauvignon Blanc desse estilo. Com excelente frescor, toda a intensidade de ervas e de fruta ainda é capaz de harmonizar bem com pratos intensos de pescados e carnes brancas. Excelente final. Tem 13% de álcool. SMR
87 pontos
DOM RAFAEL 2010
Herdade do Mouchão, Alentejo, Portugal (Adega Alentejana R$ 55). Cada vez mais encontramos surpresas agradáveis nos vinhos portugueses com suas cepas tão variadas e incomuns. Este branco feito de Arinto e Antão Vaz é uma delas. Originário do Alentejo, apresenta cor amarelo-dourado bem limpo e traz no nariz as notas de frutas cítricas agradáveis e jovens. Na boca, o frescor proveniente de sua boa acidez é a característica principal. Com corpo leve, é um branco muito fácil de beber em qualquer ocasião. Ótimo como aperitivo, harmoniza com peixes brancos e queijos leves. Tente começar uma tarde de final de semana com esse branco, todas as conversas vão fluir bem melhor. HSK
88 pontos
HAAG VIN D'ALSACE 2009
Haag Jean Marie, Alsácia, França (Chez France R$ 49). Considerada como a parte mais alemã da França (ou a parte mais francesa da Alemanha), a Alsácia é a interseção das duas culturas que produzem muitos e bons brancos aromáticos ou florais, de secos a meiodoces. Este branco feito de 100% Pinot Gris é um bom exemplar dessa região. Apresenta cor amarelo-dourado limpo. No nariz, traz aromas de frutas cítricas com mel e notas leves de defumados. Na boca, a presença de doçura surpreende. Será que é meio-doce ou meio-seco? Com corpo médio, a estrutura é bem equilibrada com a alta acidez e doçura. Com longa persistência, a doçura não incomoda, pelo contrário, pede mais uma taça. Tente harmonizar com carnes suínas e com queijos do tipo gorgonzola. HSK
87 pontos
HERDADE PAÇO DO CONDE 2008 BRANCO
Sociedade Agrícola Encosta do Guadiana, Beja, Portugal (Porto Mediterrâneo R$ 45). O famoso enólogo português Rui Reguinga é o responsável pela produção desse típico vinho alentejano. Elaborado com as uvas Antão Vaz (80%) e Arinto (20%), é fermentado em cubas de aço inox com temperatura controlada, o que confere frescor e vivacidade ao vinho. Não é armazenado em barrica. Cor amarelo-palha com reflexos citrinos. Aroma expressivo, com notas de frutas de caroço, e também apresenta mineralidade. Na boca, é leve, sedoso, com acidez na medida e final persistente. É uma boa escolha para acompanhar pratos frios de entrada, tal como uma salada de frutos do mar. VS
91 pontos
MONTEORO VERMENTINO DI GALLURA SUPERIORE 2010
Sella & Mosca, Sardenha, Itália (Interfood R$ 76). Fundada em 1899 por dois piemonteses, o engenheiro Sella e o advogado Mosca, a vinícola atualmente possui 550 hectares de vinhedos e elabora este branco exclusivamente a partir de uvas Vermentino, sem passagem por madeira. Apresenta cor amarelocitrino de reflexos esverdeados e aromas de frutas cítricas e brancas, bem como notas florais, minerais e herbáceas. Em boca, é frutado, estruturado, equilibrado, untuoso, cheio, tem ótima acidez e final persistente e fresco. Elegante e profundo, é um bom exemplo da capacidade dessa uva em produzir grandes vinhos. Frutos do mar e queijos de cabra fresco são sugestões para acompanhá-lo. EM
86 pontos
NEDERBURG CHARDONNAY 2010
Distell, Stellenbosch, África do Sul (Casa Flora / Porto a Porto R$ 40). A Nederburg foi fundada em 1791 por um imigrante alemão, Philipus Wolvaart, e hoje é considerada a vinícola líder da África do Sul. Muito desse sucesso se deve ao premiado enólogo Gunter Brözer, que passou a atuar na vinícola a partir de 1956, introduzindo modernas práticas de vitivinificação. Este exemplar feito com a uva Chardonnay apresenta cor amareloclaro brilhante. No nariz, os aromas estão mais voltados para elementos minerais e frutas frescas. Na boca, tem uma leve estrutura, boa acidez e frescor, características que o tornam descomplicado, fácil de beber e com uma persistência agradável. Acompanha bem pratos leves. VS
BRANCOS
90 pontos
OYSTER BAY SAUVIGNON BLANC 2011
Oyster Bay Wines, Marlborough, Nova Zelândia (Vinci US$ 50). A vinícola Oyster Bay é adepta da agricultura sustentável e elabora este branco exclusivamente a partir de uvas Sauvignon Blanc advindas dos vales de Wairau e Awatere, em Marlborough. Apresenta cor amarelo-citrino de reflexos esverdeados e aromas de frutas cítricas e tropicais maduras, bem como notas herbáceas, florais e minerais. Em boca, é frutado, equilibrado, estruturado, tem acidez refrescante, bom volume de boca e final médio/longo. De boa tipicidade, é fácil e agradável de beber, pedindo mais um gole. Justifica a fama dessa região em produzir ótimos vinhos com essa cepa. Ideal como aperitivo ou na companhia de saladas e peixes brancos grelhados. EM
88 pontos
QUINTA DO SEIVAL ALVARINHO 2011
Vinícola Miolo, Campanha, Brasil (R$ 54). Com deliciosa intensidade aromática, este alvarinho pioneiro na Campanha Gaúcha revela notas florais e frutadas especialmente de damasco, maracujá, pêssego amarelo maduro. Logo também aparecem as delicadas notas herbáceas que enriquecem esse conjunto de aromas e bastante mel, decorrente da vinificação em barricas de carvalho. No paladar, tem estrutura mediana, com 12,5% de álcool e muito frescor, resultante da agradável acidez. A persistência é longa e suculenta, estimulando um outro gole. JTR
88 pontos
SER PIERO CHARDONNAY 2010
Cantine Leonardo da Vinci, Toscana, Itália (W&W Wine, R$ 59). As uvas Chardonnay utilizadas para produzir este vinho vêm de uma região próxima à Florença, capital da Toscana, e são cultivadas pelos produtores que pertencem à cooperativa Cantine Leonardo da Vinci. Com tons amareloescuro, é um vinho com bastante intensidade aromática. Repleto de frutas maduras, como abacaxi e banana, também tem ricas notas de mel, baunilha e carvalho. É um vinho branco encorpado e suculento com acidez e álcool (13%) notáveis e bem equilibrados, com deliciosa persistência final. JTR
88 pontos
TEIXEIRÓ BRANCO 2009
Paço de Teixeiró, Minho, Portugal (Mistral US$ 24). Este branco é elaborado na região demarcada dos Vinhos Verdes pela família Champalimaud, proprietária da renomada Quinta do Côtto, no Douro. Composto de 60% Avesso e 40% Loureiro, com estágio de 15% do vinho em barricas de carvalho francês por três meses. Apresenta cor amarelo-citrino de reflexos esverdeados e aromas de frutas brancas e tropicais maduras, lembrando abacaxi e maçãs, bem como notas florais e minerais. No palato, é frutado, estruturado, equilibrado, tem boa acidez e final médio/longo agradável, oferecendo volume de boca e untuosidade pouco usuais para os vinhos dessa denominação. Frutos do mar e peixes brancos grelhados são sugestões para escoltá-lo. EM
89 pontos
YRNM PANTELLERIA BIANCO DOC 2009
Aziende Vitivinicole Miceli, Sicília, Itália (Prima Vinhos R$ 165). Branco feito a partir de uvas Zibibbo, nome dado na região a Moscato di Alessandria, com estágio de seis meses em tanques de aço inoxidável. Apresenta cor amarelo-palha de reflexos dourados e aromas de frutas tropicais e cítricas maduras, lembrando maracujá, bem como notas florais, minerais e herbáceas. No palato, é frutado, estruturado, fresco, complexo, equilibrado, tem bom volume de boca, ótima acidez e final longo e agradável. De personalidade própria, é uma boa opção para sair da mesmice dos brancos de Chardonnay e Sauvignon Blanc. Peixes mais gordos como salmão e atum devem acompanhá-lo muito bem. EM
ROSÉS
86 pontos
KE ROSÉ 2010
Bodegas Hacienda del Carche, Jumilla, Espanha (Vinissimo R$ 32). Encravada entre as regiões de La Mancha, Andaluzia e Valencia está a Denominação de Origem Jumilla, onde este vinho é produzido. A uva mais plantada na região é a Monastrell e neste vinho ela colabora com 80%. Os 20% restantes são de Syrah. Pelo pouco contato com as cascas no momento da vinificação, o vinho conquistou uma cor rosada suave, com tons de pink. O aroma é bastante atraente, com notas de frutas vermelhas frescas, principalmente morango. Na boca, apresenta muita leveza e os sabores frutados se confirmam deliciosamente. A persistência é media. Petiscos com queijos cremosos devem harmonizar bem com ele, na temperatura de 10°C. VS
87 pontos
VINHA DA DEFESA 2010
Herdade do Esporão, Alentejo, Portugal (Qualimpor R$ 49). Este rosé feito de cepas Aragonez e Syrah é um dos resultados de incessante modernização e investimento feito pela Herdade do Esporão, que está situada no coração de Alentejo, a 180 km de Lisboa. Herdade do Esporão é hoje um dos mais importantes produtores de vinhos e azeites de Portugal. Com cor vermelho-rosado viva e limpa, traz no nariz delicioso aroma de frutas vermelhas, como cereja e framboesa. O corpo médio equilibra muito bem com a boa acidez e o tanino suave. De persistência longa, é excelente como aperitivo. Harmoniza bem com saladas e carnes brancas. É importante servir gelado para poder apreciar tudo o que ele oferece. HSK
TINTOS
86 pontos
ALBAMAR CARMÉNÈRE 2010 2009
William Cole Vineyards, Vale Central, Chile (Ana Import R$ 25). Exuberância de aromas frutados e jovialidade são as características marcantes desse vinho. A linha Albamar corresponde aos vinhos de entrada da vinícola e é muito bem-feita, atendendo ao propósito de produzir vinhos frescos, leves e atraentes. Esse varietal Carménère tem cor rubi vivo, com reflexo púrpura. As frutas vermelhas que mais aparecem no aroma são as cerejas e framboesas. Na boca, está bem equilibrado, o corpo é leve e os taninos estão em harmonia com a acidez. Boa sugestão para acompanhar massas ao molho vermelho, carnes magras ou simplesmente degustá-lo sozinho. O final de boca é curto e convida para um novo gole. VS
89 pontos
AMADO SUR 200
Bodegas Trivento, Mendoza, Argentina (VCT R$ 45). Projeto da gigante Concha y Toro na Argentina, a Trivento, sob a responsabilidade do enólogo Germán di Césare, elabora este tinto composto de 73% Malbec, 15% Bonarda e 12% Syrah. Apresenta cor vermelho-rubi de reflexos violáceos e aromas cativantes de frutas negras maduras, lembrando ameixas e cassis, bem como notas florais e de especiarias doces, além de toques tostados e de chocolate. Em boca, é frutado, estruturado, redondo, tem bom volume de boca, acidez na medida, taninos maduros e final médio/longo. Limpo e sem arestas, é fácil e agradável de beber. Carnes vermelhas grelhadas em geral ou queijos curados são opções para acompanhálo. EM
89 pontos
ANTOINE MOUEIX 2009
Antoine Moueix, Bordeaux, França (Domno R$ 95). Tradicional produtor e negociante de Bordeaux, a família Antoine Moueix está estabelecida em Saint-Émilion desde 1902 e elabora este tinto a partir de Merlot e Cabernet Sauvignon, com estágio em barricas de carvalho francês. Apresenta cor vermelho-rubi de reflexos púrpura e aromas de frutas vermelhas e negras maduras lembrando cerejas, framboesas e cassis, bem como notas florais e de especiarias, além de toques tostados e de eucalipto. Em boca, é frutado, estruturado, equilibrado, cheio, de estilo mais moderno, tem ótima acidez, taninos macios e final médio/ longo. Agradável e gostoso de beber, deve ficar ainda melhor na companhia de queijos curados ou carnes vermelhas cozidas em seu próprio molho. EM
90 pontos
ANTONIO SARAMAGO RESERVA 2005
Antonio Saramago, Península de Setúbal, Portugal (Vinissimo R$ 218). Antonio Saramago é um dos mais respeitados enólogos de Portugal e elabora este tinto exclusivamente a partir de uvas Castelão, também conhecida como Periquita, com passagem por barricas de carvalho francês. Apresenta cor vermelho-rubi de reflexos violáceos e aromas de frutas vermelhas e negras maduras, bem como notas florais, herbáceas e de especiarias doces. Em boca, é frutado, encorpado, equilibrado, potente, concentrado, tem bom volume de boca, ótima acidez, taninos macios e final persistente. Jovem e claramente gastronômico, deve ficar ainda melhor na companhia de carnes vermelhas ensopadas ou queijos curados. EM
90 pontos
BARON DE B. RESERVA 2005
Herdade da Calada, Alentejo, Portugal (Empório Cose R$ 163). A bela Herdade da Calada elabora este tinto a partir de 35% Aragonês, 30% Trincadeira, 20% Cabernet Sauvignon e 15% Alicante Bouschet, com estágio de 18 meses em barricas novas. Apresenta cor vermelhorubi de reflexos violáceos e aromas de frutas vermelhas maduras lembrando cerejas e framboesas, bem como notas florais, herbáceas e de especiarias, além de toques tostados e de tabaco. Em boca, é frutado, estruturado, equilibrado, tem bom volume de boca, ótima acidez, taninos maduros e final longo e persistente. Alia potência, profundidade e elegância. Pernil de cordeiro assado escoltado por batatas com sal grosso e alecrim é uma sugestão para acompanhálo. EM
89 pontos
BENMARCO CABERNET SAUVIGNON 2009
Domínio del Plata, Mendoza, Argentina (Cantu R$ 75). Susana Balbo é responsável por este bem estruturado vinho, feito a partir das uvas Cabernet Sauvignon, em maioria, e completado com Malbec e Cabernet Franc. O cultivo em vinhedo sustentável e a colheita manual demonstram sua preocupação em fazer um vinho de qualidade com respeito à natureza. Este exemplar apresenta cor rubi profundo, com reflexos violáceos e, a princípio, o que chama atenção em seu aroma são as frutas negras maduras. Logo em seguida, toques herbáceos, azeitonas, e, por fim, surgem os aromas terciários de couro e toques tostados da madeira. Na boca, apresenta boa estrutura, maciez, taninos elegantes e final levemente adocicado. VS
97 pontos
BERTANI AMARONE DELLA VALPOLICELLA 2004
Bertani, Vêneto, Itália (Casa Flora / Porto a Porto R$ 348). Essa é uma das mais tradicionais casas produtoras de um dos vinhos mais singulares do planeta, o Amarone. Já tivemos o prazer de degustar esse tinto de safras de cinco décadas diferentes, sempre excelentes. Esse 2004 está entre os grandes, sendo comparado com o inesquecível 1964. Aromaticamente, é mesmo clássico, com as frutas negras e vermelhas maduras em destaque, com toques de especiarias e alcaçuz marcante. Em boca, mostra a exuberância de um Amarone Classico na acepção da palavra. Muito equilibrado e diferenciado. Um tinto para evoluir por muitos e muitos anos. Consumo 2012/2035. LGB
86 pontos
CASA PUNTI SELECCION DE LA BODEGA CABERNET SAUVIGNON 2008
Casa Punti, Mendoza, Argentina (Wine Society R$ 36). Este tinto feito de 100% de Cabernet Sauvignon da região de Mendoza apresenta cor vermelho intenso com toques violáceos. No nariz, traz aromas de frutas vermelhas com leve fundo de chocolates. Envelhecido nas barricas de carvalho francês por oito meses, a acidez e estrutura são médios, mas tem persistência longa. Os fortes taninos são o diferencial deste tinto. Harmoniza perfeitamente com carnes vermelhas e queijos mais duros. HSK
90 pontos
CORDILLERA CARIGNAN 2008
Miguel Torres, Vale de Maule, Chile (Devinum R$ 90). Tradicional e renomada vinícola espanhola, Miguel Torres está no Chile desde 1979 e elabora este tinto a partir de uvas Carignan, Merlot e Syrah advindas de vinhas de mais de 80 anos, com estágio em barricas. Apresenta intensa cor vermelhorubi de reflexos púrpura e aromas cativantes de frutas vermelhas maduras, lembrando amoras, morangos e framboesas, bem como notas florais, minerais, herbáceas e de especiarias doces. Em boca, é frutado, estruturado, equilibrado, profundo, fresco, elegante, tem boa acidez, taninos macios e final sedoso e persistente. Versátil, pode acompanhar embutidos e carnes vermelhas ensopadas. EM
90 pontos
COUDOULET DE BEAUCASTEL 2009
Famille Perrin, Rhône, França (World Wine R$ 136). O Château de Beaucastel é um dos mais emblemáticos produtores de Châteauneuf-du- Pape e elabora este tinto, considerado por muitos como o "baby Beaucastel", a partir de uvas 30% Grenache, 30% Mourvèdre, 20% Syrah e 20% Cinsault. Apresenta cor vermelho-rubi de reflexos violáceos e aromas de frutas vermelhas e negras maduras entremeados por notas de especiarias picantes, bem como notas florais, herbáceas e terrosas, além de toques defumados e de couro. Em boca, é frutado, estruturado, redondo, tem boa acidez, taninos maduros e final médio/longo agradável. Elegante, acessível e gostoso de beber, deve se beneficiar da companhia de carnes de caça ou queijos curados. EM
87 pontos
DON NICANOR NIETO SENETINER BONARDA 2009
Nieto Senetiner, Mendoza, Argentina (Casa Flora / Porto a Porto R$ 55). Se você procura um vinho tinto frutado, com boa acidez, mas com taninos mais suaves, a cepa Bonarda pode ser uma boa opção. Ela chegou na Argentina no final do século XIX e hoje é amplamente plantada. A elaboração de vinhos com esta cepa resulta em tintos mais simples na sua maioria, porém, este tinto não se encaixa nessa categoria. De cor vermelho-rubi intenso, traz no nariz aromas de frutas vermelhas frescas com notas de herbáceos. O sabor de frutas permanece por longo tempo na boca ao lado da alta acidez e frescor. Seu corpo médio é bem balanceado com taninos suaves. Notas de chocolates evidenciam 12 meses de amadurecimento nas barricas. HSK
94 pontos
ELIO GRASSO BAROLO GINESTRA VIGNA CASA MATÉ 2007
Elio Grasso, Piemonte, Itália (Interfood R$ 518). De uma tradicional família de viticultores, Elio Grasso decidiu vinificar seus próprios vinhos a partir de 1978 e, desde então, elabora este tinto de pequena produção - 14 mil garrafas - a partir de Nebbiolo de um único vinhedo de 3 hectares. Apresenta cor vermelho-rubi de reflexos acastanhados e aromas de frutas vermelhas maduras, bem como notas florais, terrosas e tostadas, além de toques de cogumelos, de alcaçuz e de figos secos. No palato, é frutado, fino, equilibrado, tem taninos finos, ótimo volume de boca, acidez refrescante e final longo e profundo. Extremamente elegante e acessível pela sua juventude, tem a virtude de poder ser bebido agora ou envelhecer por décadas. EM
88 pontos
FLOR DE CRASTO 2009
Quinta do Crasto, Douro, Portugal (Qualimpor R$ 35). Os primeiros registros dessa tradicional propriedade do Douro datam de 1615. Desde 1981 é administrada pela família Roquete e com a supervisão dos enólogos Dominic Morris e Manuel Lobo elaboram este tinto composto de Tinta Roriz, Touriga Franca, Touriga Nacional e Vinhas Velhas, sem passagem por madeira. Apresenta cor vermelhorubi de reflexos violáceos e aromas de frutas vermelhas, lembrando framboesas e cerejas, bem como notas florais, defumadas, minerais e de especiarias. No palato, é frutado, estruturado, equilibrado, potente, tem boa acidez, taninos finos e final persistente. Bem feito e sem arestas, deve ir bem na companhia de carnes vermelhas grelhadas, embutidos e até pizzas. EM
97 pontos
GAJA SPERSS LANGHE NEBBIOLO 2007
Angelo Gaja, Piemonte, Itália (Mistral US$ 599). Um vinho fenomenal desde os aromas até o retrogosto. Superlativo. Aromaticamente, tem tudo na medida certa, com a fruta negra madura totalmente integrada com um toque de alcaçuz e uma presença mineral. Quando em boca, além do equilíbrio quase perfeito entre a fruta, o álcool e a acidez, o que se nota é a qualidade de seus taninos. O conjunto em boca é de tirar o fôlego. Um dos mais espetaculares vinhos à base de Nebbiolo. Apesar de ainda muito jovem, está delicioso. Superou o Sperss 2005. Abrir uma garrafa hoje seria quase um infanticídio, mas já está prazeroso. Tem estrutura para continuar evoluindo por mais 30 anos. Consumo 2012/2042. LGB
91 pontos
GIGONDAS "LA GILLE" 2009
Famille Perrin, Rhône, França (World Wine R$ 168). Tradicional produtor do Rhône, a família Perrin é adepta da agricultura orgânica há mais de cinco gerações e elabora este tinto composto de Syrah e Grenache. Apresenta cor vermelho-rubi de reflexos púrpura e aromas complexos e exuberantes de frutas vermelhas e negras maduras, bem como notas florais, de tabaco e de especiarias, além de toques herbáceos, terrosos, defumados e de alcaçuz. No palato, é frutado, suculento, jovem, equilibrado, tem bom volume de boca, ótima acidez, taninos finos e final longo e elegante. Está bom agora, mas pelo menos cinco anos de guarda lhe farão muito bem. Por sua intensidade e profundidade deve ficar ainda melhor com carnes vermelhas ou de caça assadas ou ensopadas. EM
86 pontos
ISLA NEGRA HIGH TIDE CARMÉNÈRE 2011
Isla Negra, Vale Central, Chile (Divina Botella R$ 39). Isla Negra é uma das divisões da Cono Sur. Apesar de não ter centenas de anos de história, pois foi fundada em 1993, Cono Sur vem se destacando no mercado pelos vinhos corretos de qualidade. Este tinto elaborado com cepas Carménère, apresenta cor vermelho-rubi intenso. Seus aromas lembram frutas vermelhas, com notas de herbáceos. De corpo leve, sua acidez é suave e o tanino é médio. Com persistência média, é um vinho fácil de beber e muito gastronômico. Harmoniza com carnes vermelhas e massas com molho vermelho. É indicado para ser bebido jovem. HSK
87 pontos
MASI TUPUNGATO PASSO DOBLE 2009
Vigneti La Arboleda, Mendoza, Argentina (Mistral US$ 28). Masi, um dos maiores nomes do Vêneto, na Itália, elaborou este tinto (no mínimo, muito diferente) com cepas Malbec e Corvina da região de Mendoza, na Argentina, utilizando estilo italiano de produção de Amarone, de desidratar a Corvina parcialmente. O resultado é este tinto de cor vermelho-rubi intenso com aromas intensos de frutas vermelhas, com pequena nota de especiaria. Na boca, a acidez média equilibra bem com o tanino e o corpo médios. É um tinto muito saboroso e gastronômico, versátil na harmonização. Tente com carnes vermelhas e queijos com sabores fortes. Há potencialidade para envelhecer, mas recomenda-se consumir jovem. HSK
86 pontos
MONTE AGUDO CABERNET SAUVIGNON MERLOT 2008
Vinícola Monte Agudo, Santa Catarina, Brasil (R$ 35). Cultivadas a 1.280 metros de altitude, a Cabernet Sauvignon e a Merlot utilizadas para fazer esse corte produzem um vinho intenso e de personalidade. Com coloração rubi brilhante, no nariz, tem muita fruta vermelha em compota, café, couro, madeira e um herbáceo delicado. No paladar, também é intenso e jovem com acidez suculenta, textura densa e taninos marcantes. Ótimo custo-benefício e bom para acompanhar com carnes gordurosas. JTR
91 pontos
MONTECUCCO ROSSO RISERVA COLLE MASSARI 2008
Colle Massari - Grattamacco, Toscana, Itália (Mistral US$ 53). Produzido a partir de 80% Sangiovese, 10% Ciliegiolo e 10% Cabernet Sauvignon da safra 2008, que foi absolutamente sensacional na costa da Itália, com destaque para as DOCs de Bolgheri (Livorno), Montecucco, Morellino di Scansano e Monterregio di Massa Maritima (Grosseto). Super-rico nos aromas com a fruta negra (ameixas e cerejas) exuberante, marca floral, boa presença de carvalho, que lhe concedeu toques de baunilha e canela, e especiarias de sobra. Em boca, é guloso e cheio de estilo. Muito bom. Consumo 2012/2017. LGB
88 pontos
NERO D'AVOLA DI SICILIA 2010
Antonini Ceresa, Sicília, Itália (Ana Import R$ 45). Há mais de meio século, uma família histórica de viticultores criou uma das maiores empresas vinícolas do Vêneto. Hoje a empresa trabalha com uvas produzidas nesta zona e também, para prestar um serviço completo para a própria clientela, selecionou e engarrafou vinhos provenientes de diversas regiões da Itália, principalmente da área mediterrânea, como é o caso deste Nero d'Avola. De cor vermelho-rubi, apresenta aromas de frutas vermelhas e negras, como framboesas e amoras, leves toques florais sedutores. Na boca, tem um corpo leve/médio, alta acidez e taninos redondos e sedosos. Um vinho bastante fácil de tomar. VS
91 pontos
RAINOLDI SFURSAT DI VALTELINA 2007
Casa Vinícola Aldo Rainoldi, Lombardia, Itália (Vínica R$ 199). Tinto feito a partir de uvas Nebbiolo que passam por um processo de secagem de três meses antes de serem vinificadas, semelhante ao que é feito no Amarone. Apresenta cor vermelho-rubi de reflexos acastanhados e aromas complexos de frutas vermelhas maduras, notas florais, minerais e de especiarias doces, além de toques defumados e de tabaco. Em boca, é fino, elegante, frutado, equilibrado, profundo, tem ótima acidez, taninos finos e final longo e persistente. Muito bom vinho, ótimo exemplo de Nebbiolo fora do Piemonte, mas com o mesmo potencial para envelhecer bem e agradar. Carne de cordeiro assada com molho à base de ervas e especiarias pode acompanhá-lo. EM
89 pontos
RIGAL ORIGINAL MALBEC 2010
Rigal, Cahors, França (World Wine R$ 45). Tradicional produtor fundado em 1755, Rigal elabora este tinto, sem passagem por madeira, exclusivamente a partir de uvas Malbec advindas da região de Lot, localizada no coração de Cahors e berço dessa uva tão difundida na Argentina. Apresenta linda e intensa cor vermelhopúrpura, bem como aromas exuberantes de frutas vermelhas e negras maduras, além de notas florais e herbáceas agradáveis. Em boca, é frutado, redondo, estruturado, suculento, tem bom volume de boca, acidez refrescante, taninos maduros e final médio/ longo. Acessível, gostoso de beber e versátil, pode acompanhar desde carnes vermelhas grelhadas até pizzas e embutidos em geral. EM
93 pontos
ROCCA DI FRASSINELLO 2007
Rocca di Frassinello, Toscana, Itália (Vinci US$ 136). A casa é uma joint-venture entre os proprietários de Castellare di Castellina (do centro da Toscana) com os franceses da Domaine Barons de Rothschild- Lafite (Bordeaux). Produzido com fruta de Maremma, costa da Toscana, é um blend de 60% Sangiovese, 20% Merlot e 20% Cabernet Sauvignon. Conjunto aromático sublime com uma massa de frutas vermelhas maduras com madeira e carga mineral muito bem postada. Palato apetitoso, com um equilíbrio perfeito entre a força e a elegância. Seus taninos são muito bem formados, de qualidade impressionante. Final de boca suculento e longo. Consumo 2012/2020. LGB
92 pontos
SAGRANTINO DI MONTEFALCO 25 ANNI 2004
Arnaldo Caprai, Úmbria, Itália (World Wine R$ 508). Arnaldo Caprai e seu filho Marco possuem 90 hectares de vinhedos e são grandes defensores da uva Sagrantino, cultivada na região há mais de 400 anos e usada para elaborar este tinto. Apresenta cor vermelho-rubi de reflexos acastanhados e aromas de frutas vermelhas maduras, bem como notas florais, herbáceas e terrosas, além de toques tostados e defumados. No palato, é austero, potente, equilibrado, tem taninos marcantes, porém finos, ótima acidez e final profundo e persistente. Belo exemplo da capacidade dessa uva em produzir vinhos bons, diferentes e, acima de tudo, originais. Por sua estrutura e intensidade, é indicado para acompanhar pratos de carnes vermelhas ou de caça ensopadas. EM
95 pontos
SASSICAIA 2008
Tenuta San Guido, Toscana, Itália (Ravin R$ 1.198). Agora sim. Esse é o melhor Sassicaia do novo milênio, lembrando os espetaculares 1997 e 1998. Imensamente elegante e equilibrado nos aromas. Seus 13,5% de álcool estão perfeitamente integrados ao conjunto ao lado das frutas negras maduras, do carvalho, do alcaçuz, das especiarias e da marcante marca mineral. Em boca, esbanja finesse e profundidade. Um tinto produzido a partir de 85% Cabernet Sauvignon e 15% de Cabernet Franc, com fruta da costa Toscana, da DOC Bolgheri. 2008 na Toscana está se consolidando como a melhor safra dos últimos 10 anos. O mais francês tinto italiano. Ainda jovem. Mais 2/3 anos em garrafa vão beneficiar esse espetacular tinto. Consumo 2015/2030. LGB
90 pontos
SERRA DAYRES RESERVA 2010
Enoport, Tejo, Portugal (Santar R$ 108). Um dos maiores conglomerados vinícolas de Portugal, o Grupo Enoport, antes conhecido como Caves Velhas, produz este tinto desde 1907. Elaborado a partir de Touriga Nacional, Castelão e Trincadeira, com estágio de nove meses em barricas de carvalho francês. Apresenta cor vermelho-rubi de reflexos violáceos e aromas de frutas vermelhas e negras maduras lembrando cerejas, ameixas e cassis, bem como notas florais e de especiarias doces, além de toques tostados e de mentol. Em boca, é frutado, estruturado, untuoso, tem taninos macios, boa acidez e final médio/longo. Elegante e equilibrado, deve ficar ainda melhor na companhia de carnes vermelhas ou de caça ensopadas. EM
90 pontos
SUZIN ZELINDO 2008
Vinícola Suzin, Santa Catarina, Brasil (R$ 90). A vinícola foi fundada em 2004 pela família Suzin, tradicionais agricultores da região de São Joaquim. Tinto de pequena produção - 2.700 garrafas - feito a partir de uvas 70% Merlot e 30% Cabernet Sauvignon, de vinhedos a 1.200 metros acima do nível do mar, com estágio de 15 meses em barricas novas de carvalho francês. Apresenta intensa cor vermelho-rubi de reflexos púrpura e aromas de frutas negras maduras, notas florais, tostadas e de especiarias, além de toques minerais, de tabaco e de chocolate. No palato, é frutado, concentrado, cheio, equilibrado, tem boa acidez, taninos finos e final persistente. Elegante e muito bem feito, deve ficar ainda melhor na companhia de queijos duros e carne de cordeiro assada ao molho de ervas. EM
88 pontos
TORII CABERNET SAUVIGNON 2008
Vinícola Hiragami, São Joaquim, Brasil (R$ 87). As uvas para este tinto vêm dos vinhedos mais altos do Brasil, a 1.427 metros acima do nível do mar, em São Joaquim. Sua maturação é lenta e muito delicada. Uma pequena parcela de Merlot entra neste vinho, mas é a intensidade da Cabernet que realmente aparece. Sua cor é rubi intensa, com reflexos violeta e seus aromas lembram café, cacau e fumo. É jovem e vai evoluir longamente, pois há estrutura para isso. Na boca é denso, frutado e com boa acidez. Um vinho do frio e para o frio e uma excelente novidade vinda de Santa Catarina. Tem 14% de álcool. SMR
89 pontos
TUPU DE SANTA CRUZ EDICION LIMITADA 2008
Viña Santa Cruz, Vale do Colchagua, Chile (Winelovers R$ 139). A Viña Santa Cruz foi fundada em 2003 e, sob a supervisão do enólogo Sven Bruchfeld, elabora este tinto composto de Carménère, Cabernet Sauvignon, Malbec e Syrah, com estágio de 16 meses em barricas de carvalho francês. Apresenta profunda cor vermelho-rubi de reflexos violáceos e aromas de frutas negras maduras lembrando amoras e cassis, bem como notas florais, herbáceas e de especiarias picantes, além de toques tostados, de chocolate e de alcaçuz. Em boca, é frutado, potente, concentrado, estruturado, redondo, cheio, tem boa acidez, taninos finos e final persistente, confirmando o nariz. Carnes vermelhas ou de caça escoltadas por molhos à base de cogumelos e especiarias são sugestões para acompanhálo. EM
87 pontos
VIVI PRIMITIVO 2009
Ognissole, Puglia, Itália (La Pastina R$ 36). O nome do vinho é uma menção ao verbo viver em italiano. Elaborado exclusivamente a partir de uvas Primitivo, que divide a mesma origem genética com a Zinfandel. Permanece em tanques de aço inox por cinco meses antes de ser engarrafado, mas sem passagem por madeira a fim de preservar a qualidade da fruta. Apresenta cor vermelho-rubi de reflexos violeta e aromas de frutas vermelhas e negras, lembrando ameixas e cerejas, bem como notas florais e de especiarias doces. No palato, é frutado, redondo, tem acidez gastronômica, taninos macios e final médio. Descomplicado, fácil e agradável de beber, é ótima companhia para acompanhar pizzas e massas em geral. EM
DOCES
94 pontos
BODEGAS TRADICIÓN OLOROSO 30 YEARS OLD
Bodegas Tradición, Jerez, Espanha (Vinissimo, R$ 419). Branco fortificado seco feito a partir de uvas Palomino Fino, com envelhecimento certificado de, no mínimo, 30 anos, sendo que, na vinícola, a média de idade dos vinhos é de 45 anos. O oloroso é o tipo de Jerez que tem o processo de envelhecimento oxidativo em contato total com o oxigênio, sem a formação da "flor". Apresenta linda cor âmbar e aromas complexos de frutos secos, características notas oxidativas, minerais, florais, além de toques defumados e de baunilha. Em boca, é exuberante, estruturado, equilibrado, tem acidez viva e final muito longo e sofisticado, confirmando o nariz. Elegante e profundo ao extremo, merece ser provado. Vinho de meditação. EM