O Aston Martin DB6 1970 está com o Rei há mais de 50 anos e roda apenas com um biocombustível produzido a partir de sobras de queijo e vinho
André De Fraia Publicado em 17/09/2022, às 04h05
O novo Rei da Inglaterra, Charles III, talvez não tenha a simpatia da mãe, mas algumas atitudes no monarca sempre chamaram a atenção.
Seu carro predileto um Aston Martin DB6 1970 que foi um presente que ele recebeu no seu aniversário de 21 anos, passou por uma conversão em 2021 e roda com um combustível à base de vinho e queijo.
“Meu velho Aston Martin, que tenho há 51 anos, consegui converter. Agora funciona com resíduos. Você acredita nisso; ele funciona com o excedente de vinho branco inglês e soro de leite dos processos de queijo”, disse Charles à emissora britânica BBC à época da transformação de seu carro.
O combustível é chamado de E85, feito 85% de bioetanol proveniente, como explicou o Rei, de resíduo da vinificação de vinho branco e o soro do leite que seria dispensado da produção de queijo. O restante do produto é um derivado do petróleo sem chumbo, considerado mais limpo e mais eficaz.
A mudança fez parte dos esforços de uma agenda do Rei para conscientização da urgência das mudanças climáticas. Ele, que se diz um simpatizante da ativista Greta Thunberg, disse que a conversão do carro foi um pequeno passo perto do que o país pode fazer para evitar o que ele chamou de “catástrofe”.
O Rei tem um longo histórico de defensor do meio-ambiente, fato que gerou várias críticas para ele principalmente durante os anos 1970 e 1980, e hoje é visto por especialistas como um "homem a frente de seu tempo", por defender há mais de 50 anos que o planeta precisa respirar.
O Rei Charles III é também um grande defensor da agricultura orgânica e sustentável. Muito antes da prática se tornar moda, ainda na década de 1980, o monarca já possuía hortas orgânicas nas suas propriedades.