Depois do sucesso dos vinhos Malbec no exterior, os argentinos querem fazer o mesmo trabalho com a uva Bonarda
Redação Publicado em 15/08/2013, às 12h10 - Atualizado em 20/02/2019, às 16h56
Os vinhos argetinos feitos com a uva Malbec, originalmente do sudoeste da França, conquistaram o mundo nos últimos anos e se tornaram sinônimo do país.
Agora a Comissão de Vinhos Varietais da "Bodegas de Argentina" e o Centro de Proprietários de Vinícolas e Vinhedos do Leste se uniram com 60 representantes da indústria num seminário em San Juan para discutir o presente e o futuro dessa variedade.
Vale lembrar que essa variedade ocupa mais de 18 mil hectares em toda a Argentina, tendo crescido 21% desde 2002. A região de Mendoza concentra 84% dessa produção e San Juan tem 12%.
O seminário focou nos aspectos primordiais necessários para transformar a Bonarda numa 'marca' argentina de alta qualidade. Esses aspectos incluem mudanças nos vinhedos, colheita e vinificação, a necessidade de criar vinhos de alta gama em volume suficiente para serem apresentados ao mercado que, segundo os palestrantes, está ávido por esses vinhos que a Argentina tem terroir para fazer.
A uva Bonarda causa muita confusão entre os especialistas por não ser uma uva, mas na verdade três de origem italiana de diferentes regiões (Piemonte, Lombardia/Emilia Romagna, Colli Piacentini) e alguns pesquisadores chegam a dizer que o parentesco da Bornarda cultivada na Argentina estaria mais ligado à uma variedade californiana, chamada Charbono. Mas mesmo em meio a controvérsia, o potencial dessa uva no país é considerado alto.
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