Segundo a ex-funcionária, Didier Chopin utilizava vinho branco a granel com inserção de dióxido de carbono e rotulava como champagne
Redação Publicado em 22/08/2023, às 08h43
A casa de Champagne Didier Chopin está sendo acusada de fraude. Segundo uma ex-funcionária da empresa, os vinhos espumantes produzidos pela vinícola eram, na verdade, vinho branco a granel com inserção de dióxido de carbono.
A denúncia foi feita por Ludivine Jeanmingin, que acusa seu ex-chefe de importar vinhos da região francese de Ardèche e da Espanha e injetar artificialmente dióxido de carbono antes de engarrafar e vender como champagne.
Jeanmingin afirma que a fraude começou em junho do ano passado, depois que a Chopin começou a perder o apoio financeiro de seus bancos. "O Sr. Chopin parou de dormir", disse ela à FranceBleu. "E então, em junho de 2022, ele me telefonou para me dizer que havia conseguido um contrato para 800.000 garrafas de vinho espumante."
Segundo o relatório, isso foi confirmado por outro funcionário, que ainda trabalha na casa de Champagne. Estima-se que cerca de 1,8 milhão de garrafas de champanhe falso foram produzidas dessa maneira. A marca Chopin abrange 22 rótulos.
De acordo com o canal de notícias regional FranceBleu, o grande supermercado francês Leclerc retirou as garrafas do produtor de suas prateleiras, e o departamento antifraude francês, o DGCCRF, foi notificado e está realizando testes nos vinhos em questão.
O Ministério Público em Reims irá abrir uma investigação sobre o caso.